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sexta-feira, 16 de outubro de 2009

Martinismo


Em 1754, quando Martinès de Pasqually [teósofo do século XVIII - (1710-1774)] criou a Ordem Iniciática dos Elus-Cohen. A base do trabalho iniciático era a reintegração do homem mediante a prática teúrgica. Essa Teurgia, em última instância, apoiava-se no relacionamento do homem com as hierarquias angélicas, única via, segundo Pasqually, para sua reconciliação com a Divindade. O Martinismo, contudo, não é uma extensão da Ordem dos Elus-Cohen, e com o falecimento de Pasqually, em 1774, seus ensinamentos tomaram caminhos distintos. Dois discípulos de Pasqually sobressaíram-se e impuseram orientações esotéricas específicas para o pensamento original de seu Mestre: Jean-Baptiste Willermoz (1730-1824) e Louis-Claude de Saint-Martin (1743-1803) conhecido sob o Nome Iniciático de PHILOSOPHE INCONNU.

Willermoz, adepto da Franco-Maçonaria e da teurgia, apesar de não ter transmitido àquela Agremiação as práticas teúrgicas dos Elus-Cohen, fez com que, em 1782, os ensinamentos de Martinès de Pasqually fossem incorporados aos graus de Professo e de Grande Professo da aludida Fraternidade.

Louis-Claude de Saint-Martin renunciou à Teurgia - senda externa - em proveito da senda interna. Considerava a teurgia perigosa e temerária. Reputava, outrossim, arriscada a invocação angelical quando operada pela via externa. O caminho era o interior. Saint-Martin desejava: entrar no coração da Divindade e fazer a Divindade entrar em seu coração.
A iniciação transmitida por Saint-Martin perpetuou-se até o final do século XIX. Mas não foi ele próprio o fundador de uma associação com o nome de Ordem Martinista. Havia, entretanto, uma Sociedade dos Íntimos (Círculo Íntimo) formada de discípulos que recebiam a iniciação diretamente de L.C. de Saint-Martin. No final do século XIX, dois homens eram os depositários desse conhecimento e dessa iniciação: Gérard Encausse e Pierre-Augustin Chaboseau. Foram esses dois homens, Gérard Encausse, mais conhecido como PAPUS, e Augustin Chaboseau que, em 1888, decidiram transmitir a Iniciação de que eram depositários a alguns buscadores da verdade e fundaram a ORDEM MARTINISTA. É a partir dessa época que se pode efetivamente falar em uma Confraternidade Martinista.
Em 1891 a Ordem Martinista foi dotada de um Conselho Supremo, e Papus foi escolhido Grande Mestre da Ordem. O coração do Martinismo fixou-se em Paris, e, imediatamente, foram criadas quatro Lojas: Esfinge, Hermanubis, Velleda e Sphinge. Cada uma com características específicas, mas todas fiéis ao pensamento de seu inspirador: Louis-Claude de Saint-Martin – o FILÓSOFO DESCONHECIDO.


Depois das duas grandes Guerras e de uma verdadeira Caça as Bruxas, em 1945 Augustin Chaboseau (Sâr Augustus), incansavelmente, reativou a Ordem pela última vez, pois veio a falecer em 2 de Janeiro de 1946. Na Europa, com a morte de Chaboseau, o movimento martinista passou mais uma vez por grandes dificuldades. Sua sustentação deveu-se a Ralph M. Lewis (Sâr Validivar), então Imperator da Ordem Rosacruz e Grande Mestre Regional da Tradicional Ordem Martinista que, com seu incansável trabalho e acurado senso de organização, sedimentou a agremiação na Europa. Foi eleito Soberano Grande Mestre da Ordem e dirigiu-a por 48 anos até o momento de sua Grande Iniciação, em 12 de Janeiro de 1987.
Apesar de todas as adversidades, a Tradicional Ordem Martinista sempre conseguiu manter e transmitir sua Luz ao longo do tempo. Os martinistas - Servidores Incógnitos - sabem e concordam com Victor Hugo quando afirmou: A revolução muda tudo, menos o coração do homem. Por isso, como preconizou Saint-Martin, não é no exterior que se deve produzir a mudança, mas sim no coração de cada homem. É esse conceito que os martinistas denominaram (e denominam) de SENDA CARDÍACA.


Fonte www.rdpizziga.pro