Algumas palavras e sapientes opiniões fazem credo á Filiação maçónica de Bocage, irmão «Lucrécio» da loja Fortaleza.
Perseguido pelo Intendente Inácio Pina Manique, Bocage acabaria “vítima” nas mãos do Santo Ofício, ao Palácio de Estaus e condenado em 17 de Fevereiro de 1789 a um curso forçado de doutrinação no Mosteiro de São Bento.
Tendo como seu protector um beneditino do Mosteiro abandona este a 24 de Março do mesmo ano.
Já no seu termito de vida, em meados de 1800, Manuel trabalha com afinco e gosto, na Oficina Tipográfica do Arco do Cego. Mas Bocage era um Homem de encruzilhadas e um ano depois encontra-se novamente desempregado. Foi enterrado no dia 22 de Dezembro de 1805. Alguns Sonetos do Poeta, reflectem alguma inspiração maçônica:
Perseguido pelo Intendente Inácio Pina Manique, Bocage acabaria “vítima” nas mãos do Santo Ofício, ao Palácio de Estaus e condenado em 17 de Fevereiro de 1789 a um curso forçado de doutrinação no Mosteiro de São Bento.
Tendo como seu protector um beneditino do Mosteiro abandona este a 24 de Março do mesmo ano.
Já no seu termito de vida, em meados de 1800, Manuel trabalha com afinco e gosto, na Oficina Tipográfica do Arco do Cego. Mas Bocage era um Homem de encruzilhadas e um ano depois encontra-se novamente desempregado. Foi enterrado no dia 22 de Dezembro de 1805. Alguns Sonetos do Poeta, reflectem alguma inspiração maçônica:
Turba esfaimada, multidão canina,
Corja, que tem por deus ou Momo, ou Baco,
Reina, e decreta nos covis de Caco
Ignorância daqui, dali rapina:
Colhe de alto sistema e lei divina
Imaginário jus, com que encha o saco;
Textos gagueja em vão Doutor macaco
Por ouro, que promete alma sovina:
Círculo umbroso de venais pedantes,
Com torpe astúcia de maligna zorra
Usurpa nome excelso, e graus flamantes:
Ora mijei na súcia, inda que eu morra
Corno, arrocho, bambu nos elefantes,
Cujo vulto é de anões, a tromba é porra!
A origem deste soneto, conta-se que tendo Bocage
sido iniciado numa das lojas maçônicas, que naquela época existiam em Lisboa (de que era Venerável Bento Pereira do Carmo, e Orador José Joaquim Ferreira de Moura, ambos deputados às Cortes de 1821 e 1823) freqüentara durante alguns meses aquela associação, assistindo às suas reuniões, até que desavindo-se um dia com os Irmãos por qualquer motivo
que fosse, em um acesso de cólera rompera extemporaneamente neste soneto, que rasgou depois de escrito; não se sabe quem foi o autor do plágio e da veracidade do mesmo.
Doutor macaco: José Joaquim Ferreira de Moura tinha uma fisionomia simiesca e gaguejava um pouco.
Corja, que tem por deus ou Momo, ou Baco,
Reina, e decreta nos covis de Caco
Ignorância daqui, dali rapina:
Colhe de alto sistema e lei divina
Imaginário jus, com que encha o saco;
Textos gagueja em vão Doutor macaco
Por ouro, que promete alma sovina:
Círculo umbroso de venais pedantes,
Com torpe astúcia de maligna zorra
Usurpa nome excelso, e graus flamantes:
Ora mijei na súcia, inda que eu morra
Corno, arrocho, bambu nos elefantes,
Cujo vulto é de anões, a tromba é porra!
A origem deste soneto, conta-se que tendo Bocage
sido iniciado numa das lojas maçônicas, que naquela época existiam em Lisboa (de que era Venerável Bento Pereira do Carmo, e Orador José Joaquim Ferreira de Moura, ambos deputados às Cortes de 1821 e 1823) freqüentara durante alguns meses aquela associação, assistindo às suas reuniões, até que desavindo-se um dia com os Irmãos por qualquer motivo
que fosse, em um acesso de cólera rompera extemporaneamente neste soneto, que rasgou depois de escrito; não se sabe quem foi o autor do plágio e da veracidade do mesmo.
Doutor macaco: José Joaquim Ferreira de Moura tinha uma fisionomia simiesca e gaguejava um pouco.