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quinta-feira, 29 de outubro de 2009

Skull & Bones - O que eles dizem...


Quem são os Skull and Bones
Tanto Bush como Kerry frequentaram Yale, uma das instituições da "Ivy League", a elite das universidades americanas. Mas não só os dois estiveram em Yale, ambos fizeram parte do clube mais misterioso e influente dentro de Yale: a Skull & Bones, uma sociedade secreta que entre os seus membros conta três presidentes dos EUA. E tanto Bush como Kerry mantêm ligações à Skull & Bones.
Alexandra Robbins, autora de "Secrets of the Tomb", um livro sobre as origens e ramificações do clube, disse à Pública: "Desde que se tornou Presidente, Bush instalou membros da Bones em posições proeminentes da sua Administração. Provavelmente não é coincidência que este seja o governo com mais secretismo desde pelo menos a era de [Richard] Nixon.
" A Skull & Bones foi fundada em 1832. Era uma espécie de "filial" de uma organização semelhante na Alemanha. Ao longo de mais de século e meio, passaram por lá algumas das figuras mais importantes da história americana (ver texto mais pequeno). A lista de "Bonesmen" inclui três residentes da Casa Branca: William Howard Taft, George H. Bush e George W. Bush. Mas também há outros políticos de renome, diplomatas, banqueiros, empresários, artistas e académicos. Os membros da Skull & Bones são todos "seniors" - estudantes de Yale no seu último ano. Todos os anos, os 15 membros escolhem os seus 15 sucessores, entre os cerca de 1400 estudantes da classe seguinte.
Ser membro da Skull & Bones é pertencer a uma elite dentro de uma elite. Yale é uma das universidades mais prestigiadas do mundo; pertencer à Skull & Bones é uma distinção dentro de Yale. Mas para que é que serve o clube? Isso depende das opiniões. Para uns, a Skull & Bones é pouco mais do que o equivalente americano a uma das repúblicas universitárias de Coimbra, uma tertúlia de amigos relativamente inocente. Para outros, é uma rede de influências - um meio de formar contactos úteis para a vida profissional futura. Para outros ainda, é uma cabala sinistra cujos membros controlam a política, a economia e os "media" dos EUA.
Esta teoria da conspiração deu origem a uma pequena indústria de livros, "sites" na Internet e até filmes de Hollywood ("The Skulls", de 2001, retrata uma misteriosa e maligna sociedade secreta claramente inspirada na Skull & Bones; o argumento foi escrito por um ex-estudante de Yale). O que é certo é que o próximo Presidente dos EUA será um membro da Skull & Bones. John Kerry fez parte da sociedade secreta em 1966; George W. Bush em 1968. Como é que este clube tão restrito conta nas suas fileiras com os dois principais candidatos à Casa Branca?
Há outras sociedades secretas em Yale nos mesmos moldes que a Skull & Bones. Por exemplo, a Scroll & Key (que incluiu membros da família Rockefeller ou o célebre pediatra Benjamin Spock) e a Book & Snake (que incluiu o filho do magnata Henry Ford e o jornalista Bob Woodward). Todos estes clubes têm elementos em comum. O principal é a ideia de exclusividade: pertencer a uma sociedade secreta é uma forma de um estudante de Yale ganhar credenciais sociais. Só determinados indivíduos é que são escolhidos para um clube como a "Skull & Bones": os que se destacaram no desporto (a S&B costuma incluir o capitão das equipas de basebol ou futebol de Yale), os líderes no activismo político estudantil (será o caso de John Kerry), os estudantes que se destacam particularmente a nível académico, ou os filhos de "boas famílias" que tenham ancestrais na S&B (será o caso de George W. Bush). Outro elemento das sociedades secretas é um certo misticismo pagão, com elementos quase folclóricos que chegam a lembrar o "black metal". Por exemplo, a sede da Skull & Bones (o nome quer dizer "caveira e ossos") no "campus" de Yale é designada como "o túmulo".
Na sua origem, o clube venerava Eulogia, a deusa grega da oratória. O símbolo ou "código" da Skull & Bones é o número 322 - uma referência a Demóstenes (o grande orador grego, que morreu em 322 A. C.) ou à sua data de fundação (1832; o outro "2" seria uma referência ao facto de a Skull & Bones ser uma filial de um clube alemão). Todos os membros da Skull & Bones ganham uma alcunha - normalmente tirada de figuras mitológicas ou literárias (Zeus, Thor, Sancho Pança), normalmente descritivos da personalidade de cada membro. Por exemplo, o membro com mais experiências sexuais é Magog; o mais inexperiente é Gog (George H. Bush era um Magog; o seu filho, George W., nunca chegou a escolher uma alcunha e ficou conhecido como "Temporário").

Alguns membros célebres da "Skull & Bones":

William Howard Taft - Presidente dos EUA, 1909-1912
George H. Bush - Presidente dos EUA, 1989-1993
George W. Bush - Presidente dos EUA, 2001-?
Prescott Bush - senador
John Kerry - senador, candidato à presidência
Averell Harriman - diplomata
Henry Luce - fundador das revistas "Time" e "Life"
Dean Witter Jr. - banqueiro
John Chaffee - senador
McGeorge Bundy - Conselheiro de Segurança Nacional de John Kennedy
William Donaldson - actual presidente da SEC (comissão de valores imobiliários dos EUA) William F. Buckley - escritor, intelectual de direita
Frederick Smith - fundador da firma Federal Express

Parte Noticia in Público

quarta-feira, 28 de outubro de 2009

Carbonária em Portugal


Como em quase toda a parte, também em Portugal a Carbonária foi muitas vezes uma associação paralela à Maçonaria (embora nem todos os maçons fossem carbonários). "Sociedade secreta essencialmente política", adversa do clericalismo e das congregações religiosas, tendo por objectivo as conquistas da liberdade e a perfectabilidade humana, impunha aos seus filiados "possuirem ocultamente uma arma com os competentes cartuchos". Contribuía directa e indirectamente para a educação popular e assistência aos desvalidos. "Tinha uma hierarquia própria, em certos aspectos semelhante à maçonaria, tratando os filiados por "primos". Os centros de reunião e aglomerações de associados chamavam-se, por ordem crescente de importância, "choças", "barracas" e "vendas". A Carbonária Portuguesa, à qual pertenceram pessoas da mais elevada categoria social, parece ter sido estabelecida em 1822 (ou 1823) "por oficiais italianos que procuravam, por meio de sociedades secretas, revolucionar toda a Europa Meridional". Até 1864 a sua intervenção fez-se sentir em muitos momentos críticos da vida nacional, pois todos os partidários políticos possuíam a sua carbonária. Depois de longo marasmo, desaparecem completamente. A indignação nacional suscitada pelo afrontoso ultimato da Inglaterra (1890) e as desastrosas consequências da revolta de 31 de Janeiro de 1891, com o seu cortejo de prisões, deportações e perseguições de toda a espécie, arrastaram a mocidade académica para as sociedades secretas. Mas foi em 1896 que surgiu a última Carbonária portuguesa, sendo completamente diferente das anteriores : diferente organização, ritual e até processos de combater. Foi seu fundador o grão-mestre Artur Duarte Luz de Almeida. A sua influência exerceu-se de maneira intensiva em quase todos os acontecimentos de carácter político e social ocorridos no País, nomeadamente naqueles que tinham em vista defender as liberdades públicas ameaçadas e combater o congreganismo e os abusos do clero. Tendo participado grandemente nos preparativos do movimento revolucionário de 28 de Janeiro de 1908, que abortou, a sua acção tornou-se depois decisiva para a queda da Monarquia , mais acentuadamente a partir de 14 de Junho de 1910, quando, a propósito de apressar a revolução, em perigo pelo número crescente de civis presos e militares transferidos, a Maçonaria nomeou uma comissão de resistência encarregada de coadjuvar a implantação da República por uma colaboração mais activa com a Carbonária. A fragmentação do Partido Republicano, sobrevinda ao advento do novo regime político nacional, tornou inevitável a extinção da Carbonária portuguesa, tendo depois, até 1926, resultado infrutíferas todas as tentativas feitas para o seu ressurgimento.


Carbonária : Organização, Graus e Simbolismo
Segundo o seu ritual de iniciação publicado pelo ABC( Da Carbonária dos Idealistas ao inicio da acção terrível, ABC, n.º 357 de 12 de Maio de 1927, p. 15):
“ É terminantemente proibido pertencer a qualquer outra organização política de carácter mais ou menos secreto, salvo à Maçonaria; citar nomes de consócios, indicar casas onde se efectivam as reuniões ou as iniciações e a maneira como estas são feitas; ensinar as palavras da Ordem e divulgar a estranhos e aos próprios filiados o que se passa na Associação. É igualmente proibido dar-se a conhecer - sem motivo de força maior - a qualquer membro da Carbonária A pena prevista para o iniciado que não cumpria estes preceitos era o afastamento e em casos graves a morte.”

Vedetas, um ou dois carbonários em pequenas terras de província, aldeias e lugares onde se torna impossível constituir núcleos;

Canteiros, núcleos que eram compostos por cinco Bons Primos, os Rachadores que se conheciam a todos, não conhecendo os membros da Carbonária Portuguesa mais do que estes cinco homens como membros da organização (pois nos outros órgãos apresentavam-se sempre todos de capuz tendencialmente negro ou com a cara mascarrada de carvão), o que tornava assim difícil a descoberta dos chefes, os quais todavia conheciam os seus homens;

Choças que eram compostas normalmente por cerca vinte Bons Primos, tinham três graus, Rachadores e Carvoeiros e eram presididos por um Carbonário decorado com o grau terceiro de Mestre, sendo o seu chefe designado como Mestre da Choça Esta agregava, coordenava e governava assim os Canteiros representadas por todos os seus Bons Primos e era assim a base da organização sendo que nesta estrutura é que se efectuavam as iniciações e recepções dos seus membros;

Barracas que eram constituídas idealmente por cinco Mestres que presidiam às Choças e que nesta tinham o nome de Mestre de Barraca. Esta agregava, coordenava e governava assim as cinco Choças, representadas pelos Mestres de Choça, tendo sob as suas ordens cerca de cem Bons Primos. O seu chefe era o Mestre da Venda;

Vendas eram compostas idealmente por cinco Mestres que presidiam às Barracas e que nesta tinham o nome de Mestre de Venda. Esta agregava, coordenava e governava assim as cinco Barracas, representadas pelos Mestres da Barraca, tendo sob as suas ordens cerca de quinhentos Bons Primos. O seu Chefe era o Mestre da Venda e poderia ou não pertencer à Venda Jovem-Portugal;

Conselho Florestal órgão provisório que se reunia ocasionalmente e foi em determinados períodos um órgão importante e de legitimação de várias reformas internas desta organização;
Venda Jovem-Portugal é uma secção tradicional onde se concentrou durante anos a acção secreta e se manteve o prestígio e bom nome da Carbonária Portuguesa. Era prefeitamente invisivel e os seus membros não se conheciam uns aos outros. Era o órgão supremo da Carbonária Portuguesa, que se reunia quando era preciso tomar decisões importantes como alterações e reformas na estrutura interna, eleger ou exonerar o seu Grão-Mestre e depor a Alta-Venda ou tomar linhas de acção e de rumo importantes no respeitante à acção revolucionária. O seu Presidente honorário era o Grão-Mestre que era o único dos seus membros que comunicava com a Alta-Venda e que assistia a todas as sessões deste órgão;

Tribunal Secreto órgão jurisdicional da organização;

Alta-Venda era composta pelo Grão-Mestre eleito na Venda Jovem-Portugal e mais quatro Bons Primos nomeados e escolhidos por este de entre os membros da Carbonária Portuguesa. Os nomes eram secretos até para a Venda Jovem-Portugal sendo um órgão com membros invisiveis até para estes. Este era o órgão de gestão da Carbonária Portuguesa e o seu pólo dinamizador principal.
Para além da estrutura cívil acima descrita, havia em paralelo uma outra organização dentro dos militares, essa ramificação teria uma estrutura similar em termos da organização acima descrita mas os seus membros eram iniciados de uma maneira especial, provavelmente mais simples.

O símbolismo da Carbonária Portuguesa:
Estrela de Cinco Pontas, que encima o Globo Terrestre, representa a figura máscula dum Bom Primo, de pé, com as pernas afastadas, os braços abertos e a cabeça erguida e os três pontinhos, dispostos em forma triangular com o vértice na parte inferior, '.' .




parte txto retirado do Dicionário de História de Portugal, 4 volumes, SERRÃO, Joel

sábado, 24 de outubro de 2009

A Cronologia do RAPMM 1788/2007


1788 The Rite of Misraim, was created at this time in Venice, under a license granted by Cagliostro.
1782 The Misraim Rite functions in the Greek island Zante
1796 The Misraim Rite functions in Venice
1801 Filalete Abraham brings over the Misraim Rite in Venice.
1810 This was brought to France by three Provencal brethren named Bedarride. There is a town just to the north of Avignon named Bedarrides.
1839 Establishment of Memphis Rite in Paris by Etienne Marconis.
1848 Arousal of Misraim Rite at the same time with the Venetian Republic promulgation (Rite had been reposed in the meantime).
1856 Establishment of a Sovereign Council in Alexandria with title “Great Orient of Egypt”. The Inauguration Charter by Marconis, gives all forces for the Sovereign Sanctum establishment. Grand Master is Marquis Joseph de Beauregard.
1856 [Memphis] Grand Heirophant Marconis set out [from France] for the USA, where on November 9th in New York he founded a Sovereign Grand Council of the 94°, with David MacLelland as Grand Master.
1861 Harry Seymour discharged MacLelland as Grand Master of the 'Sovereign General Council' of the USA.
1862 The Memphis Rite is absorbed by the Great Orient, Marconis abdicates while Joseph de Beauregard don’t concede his abdication nor the shrunk of the Degrees which misapplied in France.
1862 On April 30th Marshal Maignan, Grand Master of the French Grand Orient, addressed a proclamation to all bodies in his obedience with regard to a union of French Masonry. Due to a positive report from Razy, member of a Commission of Enquiry, the Rite of Memphis was united with the Grand Orient. The lodges of the Rite of Memphis constituted themselves under the control of the Grand Orient. In July the Grand Hierophant Marconis in Paris presented a 96° Warrant for America to Brother Seymour. This document was forwarded to the French Grand Orient and entered under the number 28,911 in its Great Sealed Book. [July 21st was given by Theodor Reuss and H.J. Metzger as the date of the O.T.O.'s foundation. On the basis of this warrant, the 'Symbolic Grand Lodge' of the Scottish Rite in Germany (AASR; 'Ancient and Accepted Scottish Rite', of regular form with 33 degrees) - in other words Reuss - believed that he had the right to the first three degrees of the Scottish Rite of Cerneau. Harry J. Seymour was later struck off its list of members in good standing by the American Supreme Council, the ruling body of regular Freemasons the USA.To make the accord with the other grades of the Grand Orient simpler, the active ninety-five grades of Memphis in France were temporarily reduced to thirty-three.
1865 A new arousal of Misraim Rite (Rite has been reposed in the meantime).
1867 The Misraim Rite repose once again. Full of legality and in hand of the Grand Master Prince Halim Pascia, is formatted a Sovereign Sanctum as a Sovereign Provenance of Memphis Rite. The Sovereign Sanctum of France is resolving.
1868 Death of Marconis.
1869 Right after the Grand Master’s exile, the Memphis Rite reposes.
1869 America's Supreme Sanctuary broke with the French Grand Orient, because the latter had been granting lodge warrants in Louisiana without the Supreme Sanctuary's permission; Grand Master Seymour announced the division to the Grand Orient on March 20th. Since the death of the Grand Hierophant Marconis, in 1868, the 'Supreme Governership'of the Rite of Egypt had passed to the Marquis de Beauregard as chief. [On November 30th 1870 the 'Supreme Council 33°' of the AASR expelled John Yarker (1833 - March 20th 1913). He had held the authority to bestow the fourth to the thirty-third degrees of the irregular and reduced Rite of Memphis since August 24th 1871.
1870 The Great Orient of Egypt arouses by S.A.Zola.
1872 On June 4th the irregular American Supreme Sanctuary granted Letters Patent to John Yarker in Manchester, giving him permission to establish a Supreme Sanctuary in England and Ireland. [If the first three degrees were revived, it is not mentioned; see August 24th 1871. On October 8th this Supreme Sanctuary was definitively constituted at Freemason's Hall in London (the seat of the Grand Lodge of England); its Grand Master General was John Yarker. The new Sanctuary nominated General Garibaldi as an honorary member, at the same time proclaiming its friendly links with Sicily and Egypt.
1874 S.A.Zola takes Marconi’s place as a Grand Hierophant.
1876 Constitution of a Grand Symbolic Rite, the National Grand Rite of Egypt. S.A.Zola on the 25th of October assigned the 95ο 96ο degrees to Giuseppe Garibaldi by nominating him as Grand Master d’onore ad vitam of the Sovereign Sanctum of Egypt. On the 15th of November the Great Orient of Egypt testaments to Salvatore Sottile, Grand Master of the Great Orient of Palermo, a Sovereign General Council commendation chart for the administration of Memphis Rite in Italy and in Palermo’s dale.
1877 The National Grand Lodge of Egypt is independently established by giving rein to the Great Oriental of Egypt, which began the administration of all Memphis Rite symbolic degrees. 1880 The Sovereign Sanctum of Egypt reposes. All Workshops continue operations in the Grand Secret Temple.1881 Right after the Giuseppe Garibaldi’s election as a Global Grand Hierophant of the Sovereign Sanctum of United States, of England and Ireland, of Italy and Romania, Egypt crowned his legitimacy.
1883 S.A.Zola condescends and entitles as a heir, Ferdinando Francesco delli Oddi.
1890 Salvatore Sottile arouses Memphis Rite in Palermo and establishes as a Grand Master of Sovereign Sanctum for Italy.
1891 Gérard Encausse co-founded Martinism in France [3]. On June 24th 1901 Theodor Reuss received a Martinist warrant from Encausse; in the same year Encausse was granted letters patent by Yarker to open the Swedenborgian Lodge INRI, this warrant being renewed on March 20th 1906 [4]. On June 15th that year Reuss was made a Master Mason, and 'A.M. 5663 33°' in Emanuel Lodge Nº 1, by Max Scheuer (of New York, 33°, 90°, 96°, Grand Commander of the Rite of Cerneau from 1900-1904). Encausse belonged to the Sovereign Grand Lodge of England, as did the coroner William Wynn Westcott (1848-1925) and W.H. Quilliams (33°, 95°); Reuss however did not.
1900 Salvatore Mortorana establishes as a Grand Master of Sovereign Sanctum for Italy. Ferdinando Francesco delli Oddi is widely conceded as Grand Hierophant by the Grand Sanctums of United States, of England and Ireland, of Romania, Italy, Spain and Egypt. 1901 Paolo Figlia establishes as a Grand Master of Sovereign Sanctum of Italy.
1902 The [formerly] independent Rite of Misraim in France disappeared. John Yarker was Grand Hierophant, Oddis his successor [as universal Grand Hierophant]. [No. 0 of the Oriflamme of January 1902 makes no mention of Reuss as being in the English or Irish Grand Lodges in return for the founding of the German 'Holy Grail Lodge and Temple No. 15', part of Yarker's Swedenborg Rite. German Freemasons who wished to associate themselves with this lodge were supposed to make themselves known to Max Rahn, August Weinholtz, Franz Held, or Leopold Engel, according to the magazine]. The English Supreme Sanctuary constituted a German Supreme Sanctuary, and chose Theodor Reuss as its Grand Master. [This was on September 24th 1902. On the 27th of December 1903 Carl Kellner was appointed to the 33°, 90°, and 96° for England and Germany, and in 1904 he became 'Fraternal Representative' of the MM for America. Kellner's descendants have no documentation in their possession which would indicate whether Kellner was definitely a regular Freemason, in the sense of recognition by Grand Lodge in London. [6] Reuss's association with the Theosophical Society is described by Ellic Howe (September 20th 1910 - September 28th 1991), in an article in Theosophical History.
1903 Benedetto Trigona establishes as a Grand Master of Sovereign Sanctum of Italy.
1905 The Grand Master for Italy stepped down, and the Rite in Italy became dormant. Carl Kellner died on the 8th of June 1905 from a heart-attack, leaving his widow Marie Antoinette (originally from Trieste), and three children.On the 24th of November 1905 Rudolf Steiner (1861-1925) and Marie von Sivers (1867-1948), became members of MM, and recieved a warrant to work the 30°, 67°, and 89° from Reuss on the 3rd of January 1906. On the 21st of June 1906 Reuss published the 'General Statutes of the O.T.O.' with the Lamen of the O.T.O. which Crowley later maintained [8] was wholly his own invention [9]. However this Lamen can already be found as part of Joseph Peladan's coat-of-arms in the 'Ordre de la Rose-Croix du Temple et du Graal' . On the 24th of June Reuss severed Memphis from Misraim, and made the 33° independent from both. In 1907 his young O.T.O. became known as the 'Union for International Reconciliation' (Bund für Internationale Versöhnung).
1906 The Memphis Rite reposes.
1908 Following a congress of Spiritualists at the temple of the 'Droit Humain' lodge [founded 1893] in Paris, the Rite of Memphis-Misraim was newly constituted in France. The constituting Letters Patent were sent to Berlin from England on June 24th; they were signed (as 'Peregrinos') by Theodor Reuss, who had travelled to Paris for this purpose. Grand Masters for France [on the 24th of June [11]] were Gérard Encausse "Papus" [33°, 90°, 96° [12]] and Charles Détré "Teder" [33°, 97°, X° [13]]. ["Joyous Jubilation Reigns in the Camp of the Martinists" [14]]. The Mother-Lodge of the Memphis-Misraim Rite in France was the 'Humanidad' lodge, formerly in communion with the Spanish Rite. [On March 15th 1908 Arnoldo Krumm-Heller received a warrant for Mexico from Reuss, and on April 7th the same year additionally obtained a licence for a Supreme Sanctuary for Chile, Peru, and Bolivia, equivalent to 33°, 90°, 96°. Hans-Rudolf Hilfiker, the highly conjectural later successor to Reuss in Switzerland, was mentioned on the front cover of the Oriflamme for December 1909 as an inactive Grand Inspector General. In the same number of the Oriflamme, Reuss announced an International Congress for Experimental Psychology to be held in Paris during
1910.Yarker disagreed with Reuss and Encausse's activities in France, and nominated George Lagrèze in their place on the 9th of September 1909.
1910 Eduardo Frosini, the Italian General Delegate for the Spanish Rite, founded the 'Rite Philosophique Italien' in Florence, devising seven grades for it, and uniting the Scottish, Memphis, and Misraim grades. [On the 21st of November 1910 Aleister Crowley was appointed to the 33° of the AASR; notwithstanding the fact that Yarker had been out of favour with the AASR ever since 1869.1911 The Romanian Grand Master Constantin Moriou, the oldest founder-member (77 years) retired from his office; I.T. Ulic was his successor. [In November 1911 the O.T.O. was mentioned for the first time in the French occult journal Initiation. Bricaud's Gnostic Church and Encausse's Martinism entered into union.On the 21st of April 1912 Crowley was elevated to the 33°, 90°, 95°, and X° for England and Ireland through Reuss. On the same day Reuss nominated Czesław Czyński "Punar Bhava" as X° for the Slavonic territories; [16] Czynski had been appointed by Encausse in 1910. Czynski was announced in the French periodical Mysteria (subtitled "the Organ of the O.T.O.") as the Legate of the Universal Gnostic Church in Russia [17]; he died in 1937. [18] On the 25th of October 1912 Frosini and Détré were made "gnostic legates of the Universal Gnostic Church". [19] The "first Grand Administrator-General" and "Past Grand Master" of the M.M. and O.T.O., Franz Hartmann "Emanuel", born on the 22nd of November 1838, died on the 7th of August 1912. The 'Jubilee Edition' of the Oriflamme appeared shortly afterwards; it contained many photographs of the protagonists, a 'History Lection' on the origins of the O.T.O., and included a contribution from the 'Mysteria Mystica Maxima' (Crowley's English branch) on sex-magic.
1913 On the 20th of March the Grand Heirophant John Yarker died. He was succeeded by Theodor Reuss. [20] After the death of Villarino del Villar, the Grand Master of the 'Spanish National Rite', this rite fused with the Catalonian 'Balearic Grand Lodge'. [Italy: after the death of Michele de Vicenzo Majulli (33°, 90°, 95°, VII°) [21] in the summer of 1912 Eduardo Frosini "Hermes" became 33°, 90°, 96° and VII° [22]. He had received MM-degrees already in 1909 by Yarker. Also in Italy Arturo Reghini "Maximus" (12th of November 1878 - 1st of July 1946) was made 33°, VI°, and G. di San Fortunato was raised to 33°, 90°, 95° and VII°. Frosini and Reghini are entered in Crowley's Golden Book which only contains entries from 1912 to 1917. Encausse made Czesław Czyński 33°, 90°, 96°, VII° and 'Legate of the Universal Gnostic Church' for Russia [26]. On the 20th of October 1913 Crowley was a founder-member of the 'Rite Philosophique Italien'. Reghini, of whom no more was heard to do with Martinism, was made VII° at the same time. Allegedly the Madrid Cardinal Mariano Rampolla di Tindaro (1843-1913), who was nearly elected as successor to Pope Leo the 13th, was a member of this Spanish O.T.O..
1914 The 'Rite Philosophique Italien' [founded 1910] was closed down by Frosini. [Reuss's Oriflamme published an historical summary of Leopold Engels' Order of Illuminati, as well as Crowley's 'Manifesto of the Mysteria Mystica Maxima', which was (with only trifling alterations) promulgated in 1919 as statutes of the O.T.O. with world-wide validity as Liber LII. Likewise Reuss again proclaimed the theme of the sexual act in his essay 'Parsifal and the Secret of the Holy Grail', and proposed his 'Plan of the New O.T.O. Temple' and its 'Cornerstone'.
1916 The French Grand Master [each country had its Grand Master] Gérard Encausse died on the 25th of October as a consequence of wartime illness [tuberculosis]. Charles Détré was his successor as Grand Master. In 1917 there appeared the Description and Constitution of the O.T.O. "Otherwise: The Hermetic Brotherhood of Light", and the "Message from the Master Thirion" (sic); a postal address was given at Lugano in Switzerland.
1918 On the 25th of September Grand Master Charles Détré died. During the war the Rite was concentrated in England, France, Germany, Romania, and Egypt. [Reuss supposedly granted a warrant on the 10th of November 1918 to Ida Hoffmann and Clara Linke: 33°, 97°, and X°.] 1919 A group of Masons belonging to the 'Rite Français' (Grand Orient), the Scottish Rite (Grand Lodge and Supreme Council), and at the same time the higher grades of the Rite of Memphis-Misraim, desired to revive the Memphis-Misraim Rite in France, whilst staying true to their obediences, with the object of working a purely initiatory Freemasonry. The 'Humanidad' Mother-Lodge was revived at Lyons in accordance with the 1908 [Reuss] warrant. Thus on the 10th of September Brother Joanny Bricaud was granted a warrant [through Reuss] to establish the French Sovereign Sanctuary of the MM [33°, 90°, 96°], and likewise on the 30th of September activated the French foundation of a "Supreme Grand Council of Confederated Rites, Early Grand Scottish Rite, Memphis and Misraim, Royal Order of Scotland" etc.) [In May 1919 Hilfiker was raised to 33°, 95°, and VII° for Switzerland through Reuss. Brother Thomson ratified the 33° on the 29th of August 1919. Joanny Bricaud augmented these offices to 90° on the 12th of May 1920. In July 1920 Reuss called a World Congress of Freemasonry in Zürich, and announced the "Structural Programme of the Gnostic Neo-Christian O.T.O.", but with which Reuss's experiment in gaining Masonic recognition for his O.T.O. and the MM completely foundered.]
1921 In Italy the M.M. was reanimated with the aid of an Egyptian warrant; G. Macbean was Grand Master in Palermo. Three Patriarchs, Giuseppe Sullirao, Giovanni Sottile and Reginald Gambier Mac Bean, aroused Memphis Rite in Palermo. Reginald Gambier Mac Bean establishes as a Grand Master of Sovereign Sanctum for Italy and for semi colonial territories.1921 [In July of this year Harvey Spencer Lewis (1883-1936) was made 33°, 90°, 95°, and an honorary member of the O.T.O.. On July 31st Carl William Hansen "Kadosh" recieved the 33° for Copenhagen from Joanny Bricaud, augmented by the X° from Reuss on September 3rd. In the same year Heinrich Traenker became 33°, 90°, 96° and X° for Germany. Later on Spencer Lewis too was raised to the 97°. Living at Cefalù in Sicily after April 2nd 1920, Crowley noted in his diary on November 27th 1921 that he had selected himself as OHO of the O.T.O..] In 1923 the Grand Heirophant Theodor Reuss (Peregrinos) died [without naming a successor, which threw the legitimacy of all succeeding organisations into question].
1923 Merging of Misraim and Memphis Rites by Edigio Allegri. Reginald Gambier Mac Bean passes all his powers to Marco Edigio Allegri via diploma.
1925 Because of Fascist government's laws in Italy, which prohibit Masonry, Edigio Allegri reposes the Rite intentionally in order to be aroused in henceforth expedient time.
1934 At the time of the foundation of the F.U.D.O.S.I., Freemasonry was condemned by the attending Orders as an atheistic organization and no Masonic Order would be admitted to the federation. One exception was made in favour of the Antient Rite of Memhis-Misraim, which was recognized as a spiritual Order not recognized by the other Masonic Obediences.
1945 Edigio Allegri unify the two Rites and creates the Ancient and Primitive Rite of Misraim and Memphis, establishes the Sovereign Grand Sanctum of Adriatic (Superum), the Sovereign Mystic Temple, the Superb Consistorium of 30ο 90ο degrees and the Sovereign Peristyle of Orphics.
1949 Edigio Allegri reposes the Rite and passed in the Eternal Great Pyramid. He chose Ottavio Ulderisco Zasio as his successor.
1966 Ottavio Ulderisco Zasio passed in the Eternal Grand Pyramid. He chose Gastone Ventura as his successor.
1971 Gastone Ventura arouses the Rite in all its Chambers.
1981 Gastone Ventura passed in the Eternal Great Pyramid. He chose Sebastiano Caracciolo as his successor. He is the current Sovereign Grand General Hierophant up to nowadays. 1989 Establishment of Ancient and Primitive Rite of Misraim and Memphis in Greece.
2007 The National Grand Master - National Grand Commander Triantafyllos Kotzamanis 33° 90° 96° passed in the Eternal Great Pyramid.2007 Establishment of Ancient and Primitive Rite of Misraim and Memphis in Romania by a Greek dignitary.
2007 Establishment of Ancient and Primitive Rite of Memphis and Misraim in Bulgaria from Italy.


sexta-feira, 23 de outubro de 2009

Sexo e Arte no Antigo Egipto

Quando se fala nos Deuses do Antigo Egipto, raramente é mencionado o deus Min.

O Deus Egípcio Min é uma divindade itifálica, promotor da fertilidade era o encarregado de sacralizar o sexo e a sensualidade dos amantes.
Era representado em pinturas e baixos relevos como um homem com duas granes “penas” sobre a sua cabeça e fita, mumiforme, o braço direito levantado com chicote e com o pênis erecto.
O sexo era visto com total naturalidade pelos antigos egípcios. Pode se afirmar que as artes e o sexo reuniam-se em uma só sociedade. Alguns autores acreditam numa liberdade sexual quase libertina ao ponto de dentro das classes mais nobres se praticar a bigamia e actos de bestialidade.
Por curiosidade, embora a vida familiar fosse muito íntima, acredita-se que na hora de dormir cada um don cônjuges ocupava a sua cama em quartos separados, este comportamento revela a importância mágica que este povo atribuía ao sono!

António Lobo Antunes

Não podia deixar passar em claro a belíssima entrevista que passou ontem na televisão,
Revi um homem a quem a morte passou muito perto, tão perto que pela sua descrição, lhe quase pude sentir o cheiro.
António não te conheço pessoalmente e dos teus livros apenas li um ou dois… agora sei que és uma outra pessoa, vi no teu olhar , ou não olhar, a certeza que encontraste a verdadeira via, a via do som da mão num ombro amigo, ou o cheiro a tabaco no abraço de um outro familiar distante.
Na tua frase “…e sabe muito bem beijar os homens…” revi o eterno Beijo da Paz, fraternal, como uma sombra quente na Cadeia que nos une a todos!

Nesta mensagem não vou colocar uma fota tua, acho que não era justo,

Que a o GADU te Ilumine para sempre,

As melhoras M.’.Q.’.I.’.

sábado, 17 de outubro de 2009

Libera Muratoria


No capítulo VII do Livro terceiro dos Reis narra-se como Salomão, “o maior pela sua sabedoria e riqueza entre os reis da Terra” levou a cabo a construção do Templo, um colosso arquitectónico, trabalho em que simultaneamente se reuniam o máximo dos conhecimentos no campo da construção e de segredos da “sabedoria suprema”.Segundo a lenda, o constructor do Templo foi Hiram, amigo e colaborador de Salomão, depositário da chave de todos os segredos da mística doutrina.
A lenda quer que três Companheiros tenham armado uma emboscada a Hiram, para lhe arrancarem alguns segredos e que, perante o silêncio do Mestre, brutalmente o assassinaram.
Muitos autores viram no sacrifício de Hiram (que segundo a lenda, ressuscitou mais tarde) a alegoria do caminho iniciático, morrendo o homem que o percorrera aos olhos do mundo e das paixões humanas para se converter num autêntico maçom que não conhece a verdadeira morte. Toda a história de Hiram, se examina minunciosamente, revela contínuos pontos de contacto com a moderna Libera Muratoria, ainda que não seja possível resumir num artigo as várias interpretações.
A doutrina hirâmica encarnou-se em muitas outras Tradições, no decurso dos séculos e com vários rostos, passando de iniciado a iniciado. Citaremos, muito de passagem, a escola Ptagórica de Croton, com as influências caldeias, egípcias e hindus, e a Roma antiga dos collegia artificum, corporações de ofícios que se desenvolveram durante a República ou Império, protegidas pelo Estado e que também implementaram uma actividade secreta de carácter místico em ambientes e com rituais simbólicos.
Aproximamo-nos assim dos tempos mais recentes. Alguns quiseram ver um traço de união entre os collegia, os primeiros movimentos cristãos e os Liberi Muratori nos magistri comacini, edificadores das primeiras igrejas cristãs nos séculos que vão do oitavo ao décimo.
As fontes são, porém, tão escassas que é impossível ser-se mais preciso e ir além das suposições.
Free-mason, quer precisamente dizer Libero Muratore (Pedreiro Livre).
Texto : Heitor Baptista Pato "A Magia"

Possa o Nome enviar a sua oculta Luz!


Possa o Nome enviar a sua oculta Luz

para abrir aos servidores seus, portões de auxílio

Para lhes aclarar o coração imóvel, detido na mais escura noite.


Possa o grande Rei fazê-lo, emergir em perfeição e acêrto,

E nos abrir os portões de senso.

E acordar o amor de outrora, e dos antigos dias.


Texto de Ben Iaacov

Manuel Maria Barbosa du Bocage (1765-1805)



Algumas palavras e sapientes opiniões fazem credo á Filiação maçónica de Bocage, irmão «Lucrécio» da loja Fortaleza.

Perseguido pelo Intendente Inácio Pina Manique, Bocage acabaria “vítima” nas mãos do Santo Ofício, ao Palácio de Estaus e condenado em 17 de Fevereiro de 1789 a um curso forçado de doutrinação no Mosteiro de São Bento.
Tendo como seu protector um beneditino do Mosteiro abandona este a 24 de Março do mesmo ano.
Já no seu termito de vida, em meados de 1800, Manuel trabalha com afinco e gosto, na Oficina Tipográfica do Arco do Cego. Mas Bocage era um Homem de encruzilhadas e um ano depois encontra-se novamente desempregado. Foi enterrado no dia 22 de Dezembro de 1805. Alguns Sonetos do Poeta, reflectem alguma inspiração maçônica:


Turba esfaimada, multidão canina,
Corja, que tem por deus ou Momo, ou Baco,
Reina, e decreta nos covis de Caco
Ignorância daqui, dali rapina:

Colhe de alto sistema e lei divina
Imaginário jus, com que encha o saco;
Textos gagueja em vão Doutor macaco
Por ouro, que promete alma sovina:

Círculo umbroso de venais pedantes,
Com torpe astúcia de maligna zorra
Usurpa nome excelso, e graus flamantes:

Ora mijei na súcia, inda que eu morra
Corno, arrocho, bambu nos elefantes,
Cujo vulto é de anões, a tromba é porra!


A origem deste soneto, conta-se que tendo Bocage
sido iniciado numa das lojas maçônicas, que naquela época existiam em Lisboa (de que era Venerável Bento Pereira do Carmo, e Orador José Joaquim Ferreira de Moura, ambos deputados às Cortes de 1821 e 1823) freqüentara durante alguns meses aquela associação, assistindo às suas reuniões, até que desavindo-se um dia com os Irmãos por qualquer motivo
que fosse, em um acesso de cólera rompera extemporaneamente neste soneto, que rasgou depois de escrito; não se sabe quem foi o autor do plágio e da veracidade do mesmo.
Doutor macaco: José Joaquim Ferreira de Moura tinha uma fisionomia simiesca e gaguejava um pouco.

Glossário de Termos Alquímicos e Herméticos


GLOSSÁRIO DE TERMOS ALQUÍMICOS E HERMÉTICOS

Este pequeno glossário permitirá, aos leitores estudar profundamente a Alquimia material que, paralelamente à Alquimia espiritual, permitirá a compreensão de obras muito fechadas, como “O Livro das Imagens sem Palavras”, ou Mutus Liber, “O Tratado Simbólico da Pedra Filosofal” de J. C. Barchunsen, “O Amfiteatro da Sabedoria Eterna”, de Henry Khunrath. E, assim familiarizados com a significação geral destes termos um pouco obscuros, será mais fácil abordar as obras dos alquimistas modernos, e sobretudo do grande Jean-Julien-Hubert Champagne, aliás Fulcanelli (1 )Em suas obras “O Mistério das Catedrais” e “As Moradas Filosofais”, ele aborda o domínio material da Alquimia.

AFINAÇÃO: Operação pela qual separa-se de um metal tudo que lhe é estranho. Ela é praticada particularmente sobre o ouro e sobre a prata.

ÁGUA: Um dos quatro Elementos dos Antigos. Não possui nada em comum com a água vulgar.

ÁGUIA: Símbolo da volatilização, e também dos ácidos empregados na Obra. Uma águia devorando um leão significa a volatilização do fixo pelo volátil. Duas águias se combatendo possuem o mesmo significado.

ALBIFICAÇÃO: Calcinação ao branco ou ao vermelho.

ALLUDEL: Aparelho composto de vasos superpostos e comunicantes entre si, para se efetuar uma sublimação lenta.

AMALGAMAÇÃO: União íntima de diversos elementos metálicos em um todo homogêneo e bastante maleável.

ANIMAIS: Em regra geral, quando encontram-se na figura dois animais, de mesma espécie mas de sexo diferente (como leão e leoa, cachorro e cachorra), isto significa o Enxofre e o Mercúrio preparados em vista da Obra, ou ainda o fixo e o volátil. O macho representa então o fixo, o Enxofre, a fêmea representa o volátil, o Mercúrio. Unidos, os animais exprimem a conjunção, as núpcias, o casamento. Eles se combatendo: fixação do volátil ou volatilização do fixo. Ver as figuras de Basílio Valentin, em “As Doze Chaves da Filosofia Oculta”([2]). Os animais podem ainda simbolizar os Elementos: Terra (leão, touro), Ar (águia), Água (peixe, baleia), Fogo (dragão, salamandra). Se um animal terrestre figura em uma imagem hermética com um animal aéreo, eles significam
respectivamente o fixo e o volátil.

ANJO: Simboliza por vezes a sublimação, ascensão de um princípio volátil, como nas figuras do
"Viatorium spagyricum”.

APOLLO: O sol, o ouro.

AR: Um dos quatro elementos dos Antigos. Não tem nenhuma relação com as o ar que respiramos.

ÁRVORES: Uma árvore portando luas significa o pequeno magistério, a pedra ao branco. Se ela porta sóis, é a Grande Obra, a pedra ao vermelho. Se ela porta os símbolos dos sete metais, ou os signos do sol, da lua e cinco estrelas, significa então a matéria única de onde nascem os metais.

ATHANOR: Forno para reverberação.

BALÃO: Vaso de vidro amplo e redondo, destinado a receber os produtos da destilação.

BANHO: Símbolo: 1) da dissolução do ouro e da pedra; 2) da purificação destes dois metais.

BANHO-MARINHO([3]): Aparelho disposto de forma que o vaso que contém a matéria esteja em banho com a água fervente.

BRANCO: Pedra ao branco, pedra ainda imperfeita, onde todas as possibilidades transmutatórias não foram ainda desenvolvidas e obtidas.

CADINHO: Vaso de argila refratária de forma aberta em cima, destinado à fusão de metais e de corpos duros.

CALCINAÇÃO: Redução dos corpos no calor. Ela pode ser seca ou úmida.

CALADIÇÃO: Calor.

CÂMARA: Símbolo do ovo filosófico, quando o Rei e a Rainha estão nele encerrados (Enxofre e
Mercúrio).

CAOS: Símbolo da unidade da Matéria, por vezes da cor negra (primeiro estado da Obra), da
putrefação.

CÃO: Símbolo do Enxofre, do Ouro. O cão devorado por um lobo, significa a purificação do ouro
pelo antimônio. Cachorro e cachorra significam, associados, o fixo e o volátil.

CAPITEL: Cavidade de vidro munida de um bico, que adapta-se ao pescoço da cucurbita ou ao urinai, para poder destilar os espíritos minerais. Capitel, chapéu, chapeleta, alambique, são mais ou menos a mesma coisa.

CASAMENTO: União do Enxofre e do Mercúrio, do Fixo e do Volátil. O padre que celebra representa o Sal, meio de união entre eles.

CHUVA: Símbolo da cor branca na Obra, ou albificação. É também a imagem da condensação no curso da realização.

CIMENTAÇÃO: Operação pela qual, por meio de pós minerais denominados cimento, purificamos os metais ao ponto em que neles não ficam mais que a pura substância metálica.

CIRCULAÇÃO: Consiste em fazer circular os líquidos em um vaso fechado por efeito de um calor lento.

CIRCULATÓRIO: Ver Pelicano.

CIRCUNFERÊNCIA: Unidade da Matéria. Harmonia universal.

CISNE: Símbolo da Obra em branco, segundo estado após a putrefação e irisação. Esta última não figura no ternário clássico da Grande Obra: negro, branco e vermelho.

COOBAÇÃO: Ação de colocar o espírito metálico, destilado, sobre seu resíduo.

CORNIJA OU RETORTA: Vaso de vidro redondo, com o bico recurvado para baixo, servindo para destilar as matérias no curso da Obra.

COROA: Símbolo da realeza química, da perfeição metálica. No "La Margarita Préciosa", os seis metais são primeiramente representados como escravos, cabeças nuas aos pés do rei, o Ouro. Mas, após sua transmutação, eles são figurados com uma coroa na cabeça. Daí em alquimia espiritual, a frase de L.C. de Saint-Martin: "Todo homem é seu próprio rei...", quer dizer, todo homem traz em si a possibilidade do retorno à sua "realeza" perdida, no plano espiritual e angélico.

CORVO: Um dos primeiros estados da Obra: a putrefação.

CAUPELAÇÃO: Afinação ou controle alquímico do ouro e da prata pelo derretimento do chumbo em um cadinho.

CRIANÇA: Revestida com roupas reais, ou simplesmente coroada: símbolo da pedra filosofal, às vezes da Obra em vermelho.

CRISOPÉIA: A pedra filosofal, a Grande Obra realizada.

CUCURBITA: Vaso em forma de abóbora aberto para o alto, que se cobre com um capital para a
destilação de vegetais e outras matérias.

DECREPITAÇÃO: Ação de aquecer o sal comum com um cadinho para tirar a umidade.

DELÍQUIO: Ou deliqüescência, Resolução natural dos sais em água por exposição em um lugar úmido.

DESFLEUGMAR: Consiste em separar a água contida nos corpos (ou fleugma), por evaporação ou destilação.

DESTILAÇÃO: Operação durante a qual se separam as partes sutis dos corpos sólidos ou líquidos, ou ainda o espírito da matéria que o engolira.

DIANA: Ver Lua.

DIGESTÃO: Desagregação, involução ou maturação da matéria obtida expondo-se o vaso que a contém ao calor do banho-marinho por um tempo conveniente.

DRAGÃO: Um dragão mordendo sua cauda: a unidade da Matéria. Um dragão nas chamas: símbolo do Fogo. Vários dragões se combatendo: a putrefação. Dragão sem asas: o Fixo. Dragão alado: o Volátil.

ENXOFRE: Um dos princípios ocultos constitutivos da Matéria. Não tem nada em comum com o corpo vulgar deste nome. É também o símbolo do Ouro, preparado para Obra final.

ESFERA: Designa a unidade da Matéria.

ESPADA: Símbolo do Fogo.

ESQUELETO: Putrefação, a Obra no estado da cor negra. Sinônimo do Corvo

ESTRATIFICAÇÃO: Superposição, por planos alternados, de diversas matérias submetidas a um fogo violento, em um vaso fechado. A mistura se opera então por fusão, mas a superposição não é deixada ao acaso, ela deve ser racional e científica.

FAULX: Símbolo do Fogo.

FÊNIX: Símbolo da cor vermelha na Obra. O Ovo da Fênix é o Ovo filosófico. A Fênix é também o Enxofre e o Mercúrio dos Sábios unidos e conjugados no fim da Obra.

FIXO: O Enxofre metálico, ou cão Corascene.

FLORES: Representam geralmente as cores sucessivas que aparecem no curso da Obra.

FOGO: Um dos quatro Elementos dos Antigos. Não tem nada em comum com o fogo vulgar.

FOGO DE RODA: Primeira fase da Segunda Obra, fogo brando e lento.

FOGO DE SAIBRO: Interposição de saibro entre o fogo e o vaso contendo a matéria a tratar.

FOGO SECRETO: Espírito universal encerrado no seio das trevas metálicas, centelha de vida oculta em tudo o que está em seu estado natural primitivo.

FONTE: Três fontes representam geralmente os três princípios: Enxofre, Mercúrio e Sal. Ver também Banho. Há ainda outros aspectos desta palavra, que demandariam um desenvolvimento um pouco mais longo. Nós os encontramos notavelmente descritos nas obras de Fulcanelli.

FRIO: Uma das quatro qualidades elementares da Natureza.

HERMAFRODITA: O resultado da conjunção do Enxofre e do Mercúrio, chamado também Rébis.

HOMEM E MULHER: Enxofre e Mercúrio. Nus, designam o ouro e a prata impuros. Suas núpcias: conjunção do Enxofre e do Mercúrio. Encerrados em um sepulcro: os dois princípios unidos no Ovo filosófico.

JÚPITER: Símbolo do estanho.

LEÃO: Só: símbolo do Fixo, do Enxofre. Alado: o Volátil, o Mercúrio. O leão representa ainda o mineral (ou vitriolo verde), de onde extrai-se o óleo de vitriolo (ácido sulfúrico) do qual se servem os alquimistas. O leão, oposto a três outros animais, simboliza a Terra. É ainda o símbolo da Crisopéia.

LEOA: O volátil, o Mercúrio.

LIQUAÇÃO: O Ovo filosófico.

LOBO: Símbolo do Antimônio.

LUA: O Volátil, o Mercúrio, a Prata dos Sábios.

LUTO: Produto feito de matérias espessas e gordurosas destinadas a obturar as juntas que ligam diversos vasos entre si.

MARMORIZAR: Trituração das matérias sobre o mármore, com a ajuda de um pilão. Se diz também porfirizar.

MARTE: O ferro, a nuance alaranjada na Obra.

MATRAZ: Vaso de vidro, redondo, oval ou achatado, munido de um longo pescoço. Nele se coloca para digerir a matéria preparada.

MÊNSTRUO: Águas vegetais ou minerais de propriedade dissolvente. Corrosivo.

MERCÚRIO: Um dos princípios ocultos constitutivos da Matéria. Não tem nada em comum com o corpo vulgar deste nome. É também o símbolo da Prata preparada para a Obra final.

MONTANHA: Forno dos filósofos. Ápice do Ovo filosófico.

MORTIFICAÇÃO: Alteração da matéria por trituração ou adição de um elemento ativo.

NEGRO: Simbolizado também pelo Corvo. Imagem da putrefação.

NETUNO: A Água.

NÚPCIAS: Ver Casamento.

OURO DOS SÁBIOS: Enxofre filosófico.

PADRE: Casando um homem e uma mulher ou um rei e uma rainha, simboliza o Sal princípio.

PALÁCIO: Entrada no Palácio fechado: descoberta do Agente capaz de operar a redução do Fixo, o retorno a uma forma análoga àquela de sua primitiva substância. Designa também o acesso ao Ouro Vivo, Ouro dos Sábios ou Enxofre filosófico, caso se trate do acesso ao Palácio fechado do Rei, e designa, ao contrário, a Prata Viva, a Prata dos Sábios ou Mercúrio filosófico, caso se trate da entrada no Palácio fechado da Rainha.

PÁSSARO: Elevando-se no céu: volatização, ascensão, sublimação. Voando em direção ao solo: precipitação, condensação. Estas duas imagens reunidas em uma mesma figura: a destilação. Pássaros opostos a animais terrestres, significam o Ar, ou o Volátil.

PASSAGEM ESTREITA: Orifício.

PELICANO: Cucurbita fechada munida de dois manípulos religando a cabeça ao ventre. Chama-se também circulatório em razão de sua função.

PRATA DOS SÁBIOS: Mercúrio dos Filósofos.

PRIMA MATÉRIA: Matéria prima da Obra hermética. Geralmente, pirita de ferro ou de chumbo (Galena).

QUADRADO: Símbolo dos quatro Elementos.

QUENTE: Uma das quatro qualidades elementares na Natureza.

RÉBIS: Resultado do amálgama do Ouro dos Sábios e do Mercúrio dos Sábios, matéria dupla, ao mesmo tempo úmida e seca, tendo recebido da Natureza e da Arte uma dupla propriedade oculta exatamente equilibrada.

RECIPIENTE: Designa neste caso um balão de vidro.

REI E RAINHA: Ver Homem e Mulher.

RESÍDUO: O que fica no fundo de um vaso após a destilação. Sinônimo de fezes, terra morta, terra condenada, caput mortem.

RETIFICAÇÃO: Última destilação para se obter um espírito metálico extremamente puro. Faz-se seguidamente em fogo bem vivo.

REVERBERAÇÃO: Exaltação da energia interna do espírito metálico pela ação de um fogo violento sobre a matéria que contém este espírito. Às vezes: dissecação total.

ROSA: Designa a cor vermelha, estado último da Obra. Uma rosa branca e uma vermelha: união do Fixo e do Volátil, do Enxofre e do Mercúrio. Às vezes, a rosa é o emblema de toda a Arte Hermética.

RUBIFICAÇÃO: Ação de destruir o Enxofre combustível, e de exteriorizar o Enxofre incombustível, princípio da aurificação dissimulada no seio do mineral.

RUBI MÁGICO: Agente energético, de uma sutilidade ígnea, revestido da cor e das múltiplas propriedades do fogo. Também chamado Óleo de Cristo, Óleo de Cristal, é ainda simbolizado pelo Lagarto heráldico, ou a Salamandra, que vive do fogo e nele engorda.

SAÍDA: Operação consistente em separar a prata do ouro por meio do salitre. É uma afinação.

SAL: Também chamado Arsênico, um dos três princípios misteriosos componentes dos corpos. Não tem nada em comum com um sal vulgar qualquer. Na união do Enxofre e do Mercúrio nos metais, se obtém ele como resultado. Como aliás, da ação recíproca do espírito e da alma, ou da alma e do duplo psíquico, se constitui o corpo dos seres humanos. O Sal pode ainda ser comparado ao "resultado" na adição de dois fatores.

SALAMANDRA: Simboliza o Fogo. Algumas vezes, ela significa a cor vermelha, estado último da Obra, ou mesmo a cor branca que a precede. Ver o Rubi Mágico.

SATURNO: Designa o chumbo. Igualmente, a cor negra da Obra, no estado de putrefação. Sinônimo do Corvo.

SECO: Uma das quatro qualidades elementares na Natureza.

SEPULCRO: Ovo Filosófico.

SEQUIDÃO: Aridez.

SERPENTE: Mesmas significações que para o Dragão. Três serpentes designam os três princípios: Sal, Enxofre e Mercúrio. Duas serpentes sobre o Caduceu: o Enxofre e o Mercúrio dos Sábios. Serpente alada: o Volátil. Sem asas: o Fixo. Serpente crucificada: representa a fixação do volátil.

SOL: Por vezes o ouro ordinário, preparado para a Obra, às vezes designa o Enxofre dos Sábios.

SUBLIMAÇÃO: Violenta ou lenta. A lenta é a melhor. A matéria é colocada em um vaso fechado com pescoço grande, sobre um fogo lento, de forma que as partes sutis (ou puras) se separem das partes grosseiras (ou impuras), subindo da parte de baixo do vaso para cima.

TERRA: Um dos quatro Elementos dos Antigos. Não tem nada a ver com o solo que pisamos.

TRIÂNGULO: Símbolo dos três princípios misteriosos constitutivos dos metais: Sal, Enxofre, Mercúrio.

ÚMIDO: Uma das quatro qualidades elementares na Natureza.

URINAL: Vaso parecido com uma cucurbita, mas um pouco mais longo. Serve para os mesmos fins.

VÊNUS: Designa o cobre.

VERMELHO: Estado último da Grande Obra. Simboliza também o Fogo.

VOLÁTIL: Imagem do Mercúrio. O que pode ser separado dos elementos fixos.

VOLATIZAÇÃO: Ação de transformar um corpo sólido em gás ou em vapor. Separação dos elementos voláteis dos fixos.

VULCÃO: Símbolo do fogo ordinário.

(1) que Fulcanelli e Jean-Julien-Hubert Champagne foram uma só pessoa!


"Alquimia Espiritual E a Via Interior" Por Robert Ambelain

sexta-feira, 16 de outubro de 2009

Martinismo


Em 1754, quando Martinès de Pasqually [teósofo do século XVIII - (1710-1774)] criou a Ordem Iniciática dos Elus-Cohen. A base do trabalho iniciático era a reintegração do homem mediante a prática teúrgica. Essa Teurgia, em última instância, apoiava-se no relacionamento do homem com as hierarquias angélicas, única via, segundo Pasqually, para sua reconciliação com a Divindade. O Martinismo, contudo, não é uma extensão da Ordem dos Elus-Cohen, e com o falecimento de Pasqually, em 1774, seus ensinamentos tomaram caminhos distintos. Dois discípulos de Pasqually sobressaíram-se e impuseram orientações esotéricas específicas para o pensamento original de seu Mestre: Jean-Baptiste Willermoz (1730-1824) e Louis-Claude de Saint-Martin (1743-1803) conhecido sob o Nome Iniciático de PHILOSOPHE INCONNU.

Willermoz, adepto da Franco-Maçonaria e da teurgia, apesar de não ter transmitido àquela Agremiação as práticas teúrgicas dos Elus-Cohen, fez com que, em 1782, os ensinamentos de Martinès de Pasqually fossem incorporados aos graus de Professo e de Grande Professo da aludida Fraternidade.

Louis-Claude de Saint-Martin renunciou à Teurgia - senda externa - em proveito da senda interna. Considerava a teurgia perigosa e temerária. Reputava, outrossim, arriscada a invocação angelical quando operada pela via externa. O caminho era o interior. Saint-Martin desejava: entrar no coração da Divindade e fazer a Divindade entrar em seu coração.
A iniciação transmitida por Saint-Martin perpetuou-se até o final do século XIX. Mas não foi ele próprio o fundador de uma associação com o nome de Ordem Martinista. Havia, entretanto, uma Sociedade dos Íntimos (Círculo Íntimo) formada de discípulos que recebiam a iniciação diretamente de L.C. de Saint-Martin. No final do século XIX, dois homens eram os depositários desse conhecimento e dessa iniciação: Gérard Encausse e Pierre-Augustin Chaboseau. Foram esses dois homens, Gérard Encausse, mais conhecido como PAPUS, e Augustin Chaboseau que, em 1888, decidiram transmitir a Iniciação de que eram depositários a alguns buscadores da verdade e fundaram a ORDEM MARTINISTA. É a partir dessa época que se pode efetivamente falar em uma Confraternidade Martinista.
Em 1891 a Ordem Martinista foi dotada de um Conselho Supremo, e Papus foi escolhido Grande Mestre da Ordem. O coração do Martinismo fixou-se em Paris, e, imediatamente, foram criadas quatro Lojas: Esfinge, Hermanubis, Velleda e Sphinge. Cada uma com características específicas, mas todas fiéis ao pensamento de seu inspirador: Louis-Claude de Saint-Martin – o FILÓSOFO DESCONHECIDO.


Depois das duas grandes Guerras e de uma verdadeira Caça as Bruxas, em 1945 Augustin Chaboseau (Sâr Augustus), incansavelmente, reativou a Ordem pela última vez, pois veio a falecer em 2 de Janeiro de 1946. Na Europa, com a morte de Chaboseau, o movimento martinista passou mais uma vez por grandes dificuldades. Sua sustentação deveu-se a Ralph M. Lewis (Sâr Validivar), então Imperator da Ordem Rosacruz e Grande Mestre Regional da Tradicional Ordem Martinista que, com seu incansável trabalho e acurado senso de organização, sedimentou a agremiação na Europa. Foi eleito Soberano Grande Mestre da Ordem e dirigiu-a por 48 anos até o momento de sua Grande Iniciação, em 12 de Janeiro de 1987.
Apesar de todas as adversidades, a Tradicional Ordem Martinista sempre conseguiu manter e transmitir sua Luz ao longo do tempo. Os martinistas - Servidores Incógnitos - sabem e concordam com Victor Hugo quando afirmou: A revolução muda tudo, menos o coração do homem. Por isso, como preconizou Saint-Martin, não é no exterior que se deve produzir a mudança, mas sim no coração de cada homem. É esse conceito que os martinistas denominaram (e denominam) de SENDA CARDÍACA.


Fonte www.rdpizziga.pro

quarta-feira, 14 de outubro de 2009

Os Três Grandes Principios



Por muitos anos a Franco Maçonaria segue os três grandes princípios

Amor Fraternal – Todo verdadeiro Franco Maçom mostrará tolerância e respeito para com a opinião dos outros e se comportará com gentileza e compreensão para com as pessoas.

Alívio - Os Franco Maçons são ensinados a praticar a caridade e a cuidar, não somente de si, mas também da comunidade como um todo, pela doação caridosa e também pelos esforços e trabalhos voluntários como indivíduos.

Verdade – Os Franco Maçons empenham-se pela verdade, exigindo altos padrões morais e esforçando-se para alcançá-los nas suas próprias vidas.

Um conto para reflectir...



A noite é quase gelada...
Contudo, Mariazinha
é a menina de outras noites
que treme, tosse e caminha...

Guizos longes, guizos perto...
é Natal de paz e amor.
há muitas vozes cantando:
- “Louvado seja o Senhor!”.

A rua parece nova
qual jardim que floresceu.
cada vitrine enfeitada
repete: “Jesus nasceu!”

Descalça, vestido roto,
Mariazinha lá vai...
sozinha, sem mãe que a beije,
menina triste, sem pai.

Aqui e ali, pede um pão...
Está faminta e doente.
- “Vadia, sai depressa!”.
é o grito de muita gente.

- “Menina ladra! – outros dizem”:
- “Fuja daqui, pata feia!”.
Toda criança perdida
deve dormir na cadeia”.

Mariazinha tem fome
e chora, sentido em torno
o vento que traz o aroma
do pão aquecido ao forno.

Abatida, fatigada,
depois de percurso enorme,
estira-se na calçada...
Tenta o sono, mas não dorme.

Nisso, um moço calmo e belo
surge e fala, doce e brando:
- Mariazinha, você
está dormindo ou pensando?

A pequenina responde,
erguendo os bracinhos nus:
- Hoje é noite de Natal,
estou pensando em Jesus.

- Não recorda mais alguém?
E ela, a chorar, disse: - Eu
penso também, com saudade,
em minha mãe que morreu...

- Se Jesus aparecesse,
que é que você queria?
- Queria que ele me desse
um bolo da padaria...

Depois de comer, então
- Ela a pobre sorriu contente –
queria um par de sapatos
e uma blusa grande e quente...

Depois... Queria uma casa,
assim como todos tem...
Depois de tudo... eu queria
uma boneca também.

- Pois saiba, Mariazinha,
Eu lhe digo que assim seja!
você hoje terá tudo
aquilo que mais deseja.

- Mas, o senhor quem é mesmo?
E ele afirma, olhos em luz:
- Sou eu, amigo de sempre,
minha filha, eu sou Jesus!...

Mariazinha, encantada,
tonta de imensa alegria,
pôs a cabeça cansada
nos braços que ele estendia...

E dormiu, vendo-se outra,
em santo deslumbramento,
aconchegada a Jesus
na glória do firmamento.

No outro dia, muito cedo,
quando o lojista abre a porta,
um corpo caiu, de leve...
a menina estava morta.

FONTE: LIVRO ANTOLOGIA MEDIÙNICA DO NATAL –
Psicografia: Francisco Cândido Xavie.
Digitado por: Lúcia Aydir – SP/08/2005.

terça-feira, 13 de outubro de 2009

Maçonaria em Portugal

Grande Oriente Lusitano
Soberano Grande Capítulo de Cavaleiros Rosa Cruz - Grande Capítulo Geral do Rito Francês de Portugal
Federação Portuguesa da Ordem Maçónica Mista Internacional "Le Droit Humain" - O Direito Humano;
Grande Loja Regular de Portugal;
Grande Loja Legal de Portugal;
Casa Real dos Pedreiros Livres da Lusitânia;
Grande Loja Feminina de Portugal: Pertence ao CLIMAF - Centro de Ligação Internacional das Maçonarias Femininas que congrega apenas e só Obediências Maçônicas femininas;
Grande Loja Tradicional de Portugal;
Grande Loja Nacional Portuguesa;
Ordem Maçónica Internacional do Rito Antigo e Primitivo de Memphis Misraïm em Portugal.

Pintura Maçónica


Duas Pinturas como tema Maçonaria de RV

Pedido de Admissão:







Retirado de um texto de um Ritual de Triângulo Maçonico:



“Eu,…………abaixo assinado (sobrenome)…………..(nome)…………
Filho de (nome do pai)…………………………………………………….
E de (sobrenome da Mãe)………………………………………………..
Nascido em ………………………em,……………………………………
Tendo por cônjuge (livre ou Legal)……………………………………..
Exercendo a profissão de……………………………………………….
Residente em (morada completa)………………………………………..
Livre e de bons costumes, não tendo sido jamais condenado por acções contrárias à honra e aos costumes, não tendo jamais pertencido nem servido em condição alguma às forças dos Fascismo e do Nazismo, nem a nenhum partido totalitário hostil à Franco_Maçonaria, não tendo jamais ido à falência, tendo por padrinho……………,
Venho pelo presente instrumento solicitar a minha admissão na Franco-Maçonaria Universal, para nela trabalhar sob a Lei do Silêncio e sob o império das Constituições e Regulamentos da Ordem, no Rito de Memphis-Misraim, a Oriente de ……………….
Declaro, além disso, solenemente professar amor fraterno a todo ser humano e considerar a Liberdade, a Igualdade e a Fraternidade como as necessidades primeiras da Humanidade.
Feito a Oriente de ………….Em …………….

Assinatura do Padrinho Assinatura do Candidato"






Fonte (Robert Ambelain – Extracto de “A Antiga Franco Maçonaria)

segunda-feira, 12 de outubro de 2009

Versos de Ouro




PREPARAÇÃO:
1- Aos Deuses imortais o culto consagrado
2- Rende; e tua fé conserva.Prestigia
3- Dos sublimes Heróis a imárcida lembrança
4- E a memória eteral dos supernos Espíritos.


PURIFICAÇÃO:
5- Bom filho, reto irmão, terno esposo e bom pai
6- Sê; para amigo o amigo da virtude
7- Escolhe, e cede sempre a seus dóceis conselhos;
8- Segue de sua vida os trâmites serenos;
9- Sê sincero e bondoso, e não o deixes nunca
10- Se possível te for:pois uma lei severa
11- Agrilhoa o poder junto à necessidade.
12- Está em tuas mãos combater e vencer
13- Tuas loucas paixões; aprende a domina-las.
14- Sê sóbrio, ativo e casto; as cóleras evita.
15- Em público, ou só, não te permitas nunca
16- O mal;e mais que tudo a ti mesmo respeita-te.
17- Pensa antes de falar, pensa antes de agir.
18- Sê justo.Rememora:um poder invencível
19- Ordena de morrer: e os bens e as honrarias,
20- Fáceis de adquirir, são fáceis de perder.
21- Quando aos males fatais que o Destino acarreta,
22- Julga-os pelo que são:suporta-os, procura,
23- Quão possível te seja, o rigor abrandar-lhes:
24- Os Deuses, aos mais cruéis não entregam os sábios.
25- Como a verdade, o erro adoradores conta.
26- O filosofo aprova, ou adverte com calma,
27- E, se o erro triunfa, ele se afasta, o espera.
28- Ouve e no coração grava as minhas palavras,
29- Fecha os olhos e o ouvido a toda prevenção;
30- Teme o exemplo de um outro, e pensa por ti mesmo:
31- Consulta, delibera e escolhe livremente.
32- Deixa aos loucos o agir sem um fim e sem causa:
33- Tu deves contemplar no presente o futuro.
34- Não pretendas fazer aquilo que não saibas.
35- Aprende: tudo cedo à constância e ao tempo.
36- Cuida em tua saúde: e ministra com método
37- Alimentos ao corpo e repouso ao espírito.
38- Pouco ou muito cuidar evita sempre; o zelo
39- Igualmente se prende a um e a outro excesso.
40- Têm o luxo e a avareza defeitos semelhantes
41- Deves buscar em tudo o meio justo e bom.


PERFEIÇÃO:
42- Que se não passe um dia, amigo, sem buscares
43- Saber:que fiz eu hoje?E, hoje,que olvidei?
44- Se foi o mal, abstém-te; e, se o bem, persevera.
45- Meus conselhos medita;e os estima;e os pratica;
46- E te conduzirão às divinas virtudes.
47- Por esse que gravou em nossos corações
48- A Tétrade sagrada, imenso e puro símbolo,
49- Fonte da natureza, e modelo dos Deuses,
50- Juro.Antes,porém,que a tua alma,fiel
51- A seu dever,invoque, e com fervor, os Deuses,
52- Cujo socorro imenso e valioso e forte
53- Te fará concluir as obras começadas.
54- Segue-lhes o ensino, e não te iludirás:
55- Dos seres sondarás a mais estranha essência;
56- Conhecerás de tudo o princípio e o termo.
57- E, se o céu permitir, saberás que a Natura,
58- Em tudo semelhante, é a mesma em toda parte;
59- Conhecedor assim de todos teus direitos,
60- Terás o coração livre de vãos desejos.
61- E saberás que o mal que os homens cilicia,
62- De seu querer é fruto; e que esses infelizes
63- Procuram longe os bens cuja fonte em si trazem.
64- Seres que saibam ser ditosos, são mui raros.
65- Joguetes das paixões, oscilando nas vagas.
66- Rolam, cegos, num mar sem bordas e sem termo.
67- Sem poder resistir nem ceder à tormenta.
68- Salvai-os grande Zeus, abrindo-lhes os olhos!
69- Mas, não: aos homens cabe, - eles, raça divina,
70- O erro discernir, e saber a Verdade.
71- A natureza os serve. E tu que a penetraste,
72- Homem sábio e ditoso, a paz seja contigo!
73- Observa minhas leis, abstêm-se das coisas
74- Que tua alma receie, em distinguido-as bem;
75- Sobre teu corpo reine e brilhe a Inteligência
76- Para que, te ascendendo ao Elter fulgurante
77- Mesmo entre os Imorais consigas ser um Deus!


Pitágoras

Companheiro e o Quadro de Loja


O "Quadro" da Loja de Companheiro é, no seu todo, muito semelhante ao de Aprendiz.
As diferenças em termos de simbologia encontra-se na adjunção da Estrela Flamejante com a sua Letra G, assim como a Régua e o Nível. À entrada são também sete os degraus, em vez de três, e nove nós de corda em vez de sete.

De Rito para Rito tamém as "portas" no Gráu de Companheiro já se encontram abertas, um sinal de "libertação" do Companheiro. Sua elevação ao segundo Gráu valeu-lhe o conhecimento do método de trabalho, o raciocinio e a meditação como acesso à sabedoria.

A pedra Bruta foi agora substituida pela régua e o nível. Cinco é o numero do Companheiro Sete são as suas virtudes e as Artes Liberais como oposição as sete pecados caipitais...
Em tempos, consta que em alguns Ritos as romãs que constavam em cima das colunas J.'. e B.'. eram substituidas por esferas.

sexta-feira, 9 de outubro de 2009

Luis Napoleão Bonaparte


O Consulado e o Império, percebido por vários como a continuidade da Revolução e correção de seus excessos constitui um período próspero para a Maçonaria, favorecida e ainda utilizada por Napoleão ele mesmo proveniente de um meio maçônico familiar. Ainda que contasse com facções republicanas ou marquistas constitucionais, ela lhe proporciona seu apoio e lhe provê uma série de oficiais (por exemplo se estima que 17 dos 24 Marechais do Império eram Maçons), prefeitos, funcionários, representantes das elites culturais e econômicas que constituem a coluna vertebral do regime imperial. Cambacérès, redator do Código Civil, é um de seus mais eminentes dignatários. O Grand Orient de France se desenvolve rapidamente e se encontra no apogeu de sua potência. Conta com lojas em toda Europa e contribui para a implantação de fato em vários países de princípios que terão descendência.


Ao contrário, a Restauração dá início a um período difícil. As Lojas tentam não obstante provar ou não demonstrar grandeza, mas elas vão sofrer diversos problemas. A quantidade de pessoas adeptas diminui, e apesar do episódio de 1830 que proporciona um embelezamento e no qual se ilustra a figura de Lafayette, há que considerar ainda o tempo da Monarquia de Julio, até 1848, como um período de estancamento. Durante tal período, grupos carbonários e republicanos se organizam às vezes nos bastidores de certas oficinas. Paralelamente, surgem os ritos "egípcios" conhecidos mais tarde pelo nome de Rito de Memphis-Misraïm como resultado de uma sensível atração a partir do final do século XVIII e pela expedição de Bonaparte ao Egito.


Confrontado desde o começo do século à implantação do Rito escocés Antigo Aceito e à persistência de uma preocupação por conservar tal autonomia em seu seio em particular nos altos níveis escoceses, o Grand Orient de France só poderia unir totalmente o corpo maçônico francês em 1821. Depois, a organização separada de um Supremo Conselho que reagrupa uma parte de dito rito ( sempre ficarão lojas "escocesas"não obstante na Obediência) põe fim à unidade orgânica da Ordem.
A maçonaria francesa começou a se politizar e a encarnar as aspirações republicanas nos anos precedentes à Segunda República. Ela participa com entusiasmo nos acontecimentos de 1848. A maioria dos membros do Governo Provisório são Maçons ou o serão e muitas idéias e medidas tomadas o demonstram, começando pela abolição da escravatura, por Victor Schoelcher, ou a instauração do sulfrágio universal. Lamartine, ele mesmo nesta ocasião lhe rende homenagem e reforça a crença segundo a qual o tríptico republicano Liberdade-Igualdade-Fraternidade é considerado de origem maçônica. É também nesta época que surge Mariana, símbolo ao mesmo tempo maçônico e republicano.
Desde a eleição do príncipe Confrontado desde o começo do século à implantação do Rito escocés Antigo Aceito e à persistência de uma preocupação por conservar tal autonomia em seu seio em particular nos altos níveis escoceses, o Grand Orient de France só poderá unir totalmente o corpo maçônico francês em 1821. Depois, a organização separada de um Supremo Conselho que reagrupa uma parte de dito rito ( sempre ficarão lojas "escocesas"não obstante na Obediência) põe fim à unidade orgânica da Ordem.
A maçonaria francesa começou a se politizar e a encarnar as aspirações republicanas nos anos precedentes à Segunda República. Ela participa com entusiasmo nos acontecimentos de 1848. A maioria dos membros do Governo Provisório são Maçons ou o serão e muitas idéias e medidas tomadas o demonstram, começando pela abolição da escravatura, por Victor Schoelcher, ou a instauração do sulfrágio universal. Lamartine ele mesmo nesta ocasião lhe rende homenagem e reforça a crença segundo a qual o tríptico republicano Liberdade-Igualdade-Fraternidade é considerado de origem maçônica. É também nesta época que surge Mariana, símbolo ao mesmo tempo maçônico e republicano.

Desde a eleição do príncipe Luis Napoleão Bonaparte em 1849 ( que se converterá em Napoleão III depois do golpe de estado de 2 de dezembro de 1851) a Maçonaria se encontra novamente ameaçada e controlada, sob a tutela do Príncipe Luciano Murat que lhe é imposto como Grande Mestre durante uma parte do Segundo Império. Ela pode se liberar e com a chegada de uma nova geração de jovens republicanos às lojas, se opõe cada vez mais fervorosamente ao Regime. Continuando com sua radicalização depois da queda de Napoleão III em 1870, ela se lança com fervor à construção da III República. Enquanto isso, vários Irmãos parisienses, Félix Pyat, Julio Vallès e Juan Bautista Clément entre os mais conhecidos, foram partidários da Comuna em 1871, a atitude das Lojas da Província e do mesmo GODF foi muito mais prudente.
Ditos acontecimentos vão contribuir para acentuar a animosidade entre a Maçonaria e a igreja. É por outro lado nesta época que o Grand Orient de France, por uma decisão do Congresso Maçônico de 1877 por proposta do pastor Desmons, em virtude do princípio da liberdade absoluta da consciência, levanta a obrigação de invocar ao Grande Arquiteto do Universo em suas LL\ . Dito princípio, presente desde o século XVIII nas iniciações e nas instruções ao Rito Francês só aparece claramente na abertura e no fechamento dos trabalhos assim como também na declaração de princípios com os rituais e as Constituições adotadas em 1849.em 1849 ( que se converterá em Napoleão III depois do golpe de estado de 2 de dezembro de 1851) a Maçonaria encontra-se novamente ameaçada e controlada, sob a tutela do Príncipe Luciano Murat que lhe é imposto como Grande Mestre durante uma parte do Segundo Império. Ela pode se liberar e com a chegada de uma nova geração de jovens republicanos às lojas, se opõe cada vez mais fervorosamente ao Regime. Continuando com sua radicalização depois da queda de Napoleão III em 1870, ela lança-se com fervor à construção da III República. Enquanto isso, vários Irmãos parisienses, Félix Pyat, Julio Vallès e Juan Bautista Clément entre os mais conhecidos, foram partidários da Comuna em 1871, a atitude das Lojas da Província e do mesmo GODF foi muito mais prudente.
Ditos acontecimentos vão contribuir para acentuar a animosidade entre a Maçonaria e a igreja. Por outro lado, nesta época o Grand Orient de France, por uma decisão do Congresso Maçônico de 1877 por proposta do pastor Desmons, em virtude do princípio da liberdade absoluta da consciência, levanta a obrigação de invocar ao Grande Arquiteto do Universo em suas LL\ . Dito princípio, presente desde o século XVIII nas iniciações e nas instruções ao Rito Francês só aparece claramente na abertura e no fechamento dos trabalhos assim como também na declaração de princípios com os rituais e as Constituições adotadas em 1849.


Fonte Site GOF

quinta-feira, 1 de outubro de 2009

As Corporações de Ofício


As Corporações de Ofício eram associações, existentes no final da Idade Média, que reuniam trabalhadores (artesãos) de uma mesma profissão. Existiram corporações de ofícios de diversos tipos como, por exemplo, carpinteiros, ferreiros, alfaiates, sapateiros, padeiros, entre outros.
Estas associações serviam para defender os interesses trabalhistas e económicos dos trabalhadores. Cada profissional contribuía com uma taxa para manter a associação em funcionamento.

As corporações de ofício eram bem organizadas. Existiam as seguintes categorias numa corporação:
- Mestres: eram os donos de oficina e com muita experiência nos ramos em que actuavam;

- Oficiais: tinham uma boa experiência na área e recebiam salário pela função exercida;

- Aprendizes: eram jovens em começo de carreira que estavam na oficina para aprender o trabalho. Não recebiam salário, mas ganhavam, muitas vezes, uma espécie de ajuda.

Em 1268 O rei São Luiz de França, mandou publicar o "Livro dos Ofícios", encarregando disso a Etienne Boileau que no ano de 1268 veio à luz com a classificação de 101 artes e ofícios. As Corporações, deram origem as Guildas e as Confrarias.

A Maçonaria, e as Corporações desenvolveramse de tal modo que criaram verdadeiros estados dentro de um país, recebendo a proteção dos poderes que desejavam construir seus palácios e castelos; a Igreja, inicialmente aceitou as Corporações, porque delas usufruíam a construção das Igrejas e dos conventos; contudo, paulatinamente passou a perseguir as Corporações. O rei São Luiz de França, mandou publicar o "Livro dos Ofícios"
Maçonaria em Portugues e dicionário Maçónico

Quem foi Licio Gelli ?


Nascido em Pistóia , Itátlia em 1919, Licio Gelli integrou-se desde a sua mocidade no regime fascista de Mussolini. Mais tarde, após terminada a guerra, partiu para a Argentina, onde estabeleceu amizade com Juan Domingo Perón.Combateu ao lado de Franco e foi um dos principais informadores da Gestapo durante a 2º Guerra Mundial.Mais tarde aliou-se a CIA e com o avalo da NATO integrou a Operação Gládio (Operação que tinha como objectivo eliminar o Comunismo).
Responsável por inúmeros crimes, o seu nome consta também no envolvimento da morte de João Paulo I.
Foi parte activa na fraude de 1, 4 milhões de dólares no Instituti perl e Opere di Religione (Banco do Vaticano)
Com o apoio da Maçonaria que alguns dos processos de colaboração com a Alemanha desapareceram, e também esta foi responsável pela sua evolução dentro da Loja Maçonica P-2
Combateu ao lado de Franco
P2 é a designação mais comum para a Loja Maçónica italiana Propaganda Due (Em português: Propaganda Dois).