No começo havia o UM: Atum. Completo, Inteiro e Perfeito. Atum era tudo e nada, preenchimento e o vazio... uma serpente orobórica mordendo a própria cauda, girando no infinito. Não havia nem altura nem profundidade, nem passado nem futuro. Tudo era uma escuridão eterna. Solitário e isolado na sua perfeição, mas também o divino desejava uma companhia. Da união do eu com Eu, Atum, o Grande Ele/Ela, gerou duas crianças louras com cabeça de leão. Shu, o filho, tornou-se o deus do ar. Tefnut, tornou-se a deusa da umidade. Ele era o ontem e ela era o amanhã. Geraram dois filhos, o céu e a terra. A filha, de nome Nut, era a aurora e o anoitecer, o corpo etéreo do Céu. O filho, Geb, era a força vital passional da terra, que se estendia abaixo. Eles eram um par de amantes divinos. Em virtude do amor que o Céu e a Terra tinham um pelo outro, geraram dois filhos redondos e vermelhos de sua vulva durante a aurora e o anoitecer. Um, ela o chamou de Rá, a criança dourada, o nobre Sol ou Ré. A outra chamou de Tot, o orbe prateado da lua. Nut, ficou gravida novamente. O primogênito Rá, ficou com ciúmes da mãe e planejou separa-la de Geb. Confiou seu plano a seu avô Shu, ordenando o deus do Ar que erguesse Nut. E Rá lançou sobre Nut uma maldição: "nenhum filho de Nut nascerá em algum dia ou noite de algum ano". Nut tinha em seu ventre , seus filhos Ísis, Osíris, Néftis, Set e Hórus. Tot com pena de sua Mãe Nut, planejou uma plano, Tot jogou com Rá infindáveis partidas de damas. Tot deixou Rá ganhar algumas vezes, mas depois durante um certo tempo, Tot começou a ganhar as partidas levando como prêmio vários pedaços da luz dourada do deus. Então Tot recolheu os seus prêmios e usou os pedaços de luz como dia, a luz formou cinco dias, dias de num ano que foi usado para que os filhos de Nut pudessem nascer. Então os filhos nasceram, Osíris tinha o direito ao trono do Egito , Ísis era sua mulher. Set era o rei do lado obscuro, e Neftis era sua mulher e Hórus se tornou o rei do céu pois era um falcão. Um dia, Set maltratou Neftis e ela triste se transformou à imagem de Ísis. Osíris confundiu Neftis com Ísis, e acabou fazendo amor com Neftis, desse relacionamento nasceu Anúbis. Set odiava seu irmão e o matou. Ísis embalsamou o corpo do seu esposo com a ajuda do deus Anúbis, que desta forma tornou-se o deus do embalsamento. Os feitiços poderosos de Ísis ressuscitaram Osíris, que chegou a ser rei do mundo inferior, da terra dos mortos. Ísis engravidou em sonhos de Osíris, e então nasceu Hórus. Hórus, foi treinado por Osíris em seus sonhos. Durante a batalha de Hórus e Set, Hórus acabou decepando sua mãe e arrependido acabou fugindo. Tot salvou Ísis, colocando uma cabeça de vaca no lugar da verdadeira. Hórus arrependido dormiu e Set encontrou-o e cegou-o. A deusa Hator encontrou-o e curou-o. O filho de Osíris e Ísis, derrotou posteriormente Set numa grande batalha tornando-se rei da terra.
segunda-feira, 31 de agosto de 2009
domingo, 30 de agosto de 2009
A medida das coisas...
domingo, 23 de agosto de 2009
Rito de Schröeder
Rito de Schröeder Friedrich Ulrich Ludwig Schröder
Nasceu em 2 de novembro de 1744, em Schwerin, Alemanha. adotado por um casal de atores do teatro mambembe. Demonstrando grande inteligência, Schröeder conseguiu absorver com muita facilidade os ensinamentos através da mãe e do padrasto. Teve também uma formação teatral, pois atuava juntamente com seus pais no teatro. Ator-produtor, proprietário de teatro em Hamburgo, adaptou diversas peças de teatro dos originais franceses e ingleses e foi o introdutor de Shakespeare no teatro alemão. Aos 30 anos de idade, foi iniciado Iniciado em 1774 no Rito da Estrita Observância, na Loja “Emanuel Zur Mainblumen”, de Hamburgo, onde, em 1787 foi eleito Venerável Mestre. Em 1790, descontente com o declínio da Maçonaria Alemã, que incorporara todas as adulterações aos ensinamentos puros do Antigo Ritual Inglês, principalmente com o declínio do Rito da Estrita Observância – a partir de 1764 – o Ir.: Friedrich Ulrich Ludwig Schröder recebeu inspiração para propor um novo Ritual à Maçonaria Alemã, expurgando-a de todas as excentricidades acrescidas.
Como surgiu:
O Ir.: Schröder gozava de grande prestígio, como Maçom e como profano (foi considerado, na época, “o maior ator que a Alemanha já teve”) e era reconhecido como um profundo conhecedor da História e dos Antigos Rituais da Maçonaria. Estudou, principalmente, os livros “As Três Batidas Diferentes na Porta da Mais Antiga Maçonaria – The Three Distinct Knocks at the Door of the Most Ancient Free-Masonry”, de autor desconhecido, sem dúvida o mais antigo manual maçônico impresso; e “Maçonaria Dissecada – Masonry Dissected”, de Samuel Prichard, que continha as práticas maçônicas utilizadas em Londres, em 1730. Examinou, também, os rituais dos diversos sistemas de graus complementares que proliferavam na Europa daqueles tempos.
Suas pesquisas o levaram a abolir os chamados “altos graus”, bem como todo o ocultismo que dominava a Maçonaria Alemã, restaurando o Antigo Ritual Inglês, adaptando-o para a cultura e para o idioma germânicos seus contemporâneos. é devido a essa origem comum nos antigos rituais ingleses que o Rito de Schröder é semelhante ao Rito de York (Emulation Rite) sem, contudo, ser uma cópia do mesmo.
O Ir.: Schröder entendia a Maçonaria como uma união de virtudes e, não, uma sociedade esotérica. Por isso, enfatizou, no seu Ritual, o ensinamento de valores morais e a difusão do puro espírito humanístico, dentro do verdadeiro amor fraternal. Preservou a importância dos símbolos e resgatando o princípio que afirma ser “a verdadeira Maçonaria a dos Três Graus de São João”.
Iniciou, em Hamburgo, a elaboração de um novo Ritual para a Grande Loja Provincial, subordinada à Premier Grande Loja da Inglaterra. Baseou todo o seu trabalho no texto Three distinct knocks (Três batidas diferentes) que considerava “o mais velho e genuíno Ritual Inglês”. Sentia profundamente que princípios éticos e morais eram a essência da Maçonaria e os formulava com grande cuidado, com a colaboração dos mais educados maçons de seu tempo. Isso dá ao seu Ritual um caráter particular, expressando tendências espirituais da Alemanha por volta do século XVIII.
Entre os principais colaboradores de Schröder estavam Friedrich Ludwig Wilhelm Meyer (1759/1840) e Johann Gottfried Herder (1744/1803), com quem trocou diversas correspondências. Em 29 de junho de 1801, submeteu seu texto aos Mestres de Hamburgo, que o adotaram por unanimidade. Depois de mais uma revisão, foi impressa uma edição limitada para todas as Lojas de Hamburgo. Dessa edição existe somente uma cópia pertencente a uma Loja na cidade de Celle.
Em 1814, após exercer o Grão-Mestrado Adjunto na Grande Loja Provincial da Baixa-Saxônia, à qual sua Loja estava subordinada, foi eleito Grão-Mestre na Grande Loja de Hamburgo. Faleceu em 3 de setembro de 1816, em Relligem, próximo de Hamburgo, ocupando o primeiro Grande Malhete. Friedrich Ulrich Ludwig Schröder conferiu ao seu Ritual uma posição de destaque entre os Ritos Maçônicos, pela concordância com o Rito da Grande Loja Mãe da Inglaterra, pela eliminação de todos os aditamentos inseridos no final do século XVIII, pelo espírito de humanismo presente em seu cerimonial e pelo brilho da linguagem clássica do alemão.
O famoso historiador e maçom Findel, na sua História Geral da Franco-Maçonaria, dedica grandes elogios ao Ir.: Schröder, como podemos perceber nesta passagem: “Além de maior pureza de objetivos (comparando-se com os do Ir.: Fessler, que atuava em Berlim) em que se inspiraram seus trabalhos e investigações, sua natureza, sua forma e as circunstâncias exteriores o secundaram ainda mais eficazmente. Estava-lhe reservada a glória de fazer penetrar vitoriosamente a luz entre as trevas do erro, de dissipar as espessas nuvens que obscureciam os resplendores da verdade maçônica e de assentar bases sólidas para atividades de seus Irmãos”. Pelo trabalho e exemplo, o Ir.: Schröder é venerado e respeitado hoje, como no passado, sendo homenageado pelas antigas Lojas Alemãs e por Lojas e Irmãos em todo o mundo. Introduzido no Brasil em 1855 pela Loja “Zur Deutschen Freundeschaft” (À Amizade Alemã”) que foi fundada em Joinville, Santa Catarina no final de 1855.
RITUALISTICA
No Rito Schröeder, o cortejo de abertura dos trabalhos é conduzido pelo Irmão Primeiro Diácono. Ao Segundo Diácono cabe cumprir o primeiro dever de um maçom em Loja. Faz a batida do grau na porta do Templo e é respondido pelo Cobridor Externo. Após cumprir essa formalidade o Venerável Mestre determina aos Diáconos desenrolar e estender o Tapete no centro do Templo. Após o desenrolamento do Tapete, o Venerável Mestre passa uma pequena vela ao Primeiro Diácono que acende as menores. Em seguida o Venerável Mestre vai até à Coluna Noroeste e acende a vela da Sabedoria. Depois os Vigilantes acendem, respectivamente, as outras duas, Força e Beleza. Após essa cerimônia o Venerável Mestre eleva uma prece ao Grande Arquiteto do Universo e declara aberta a Loja.
O Tapete de Loja:
Uma peça que fica situada no centro do Templo cujos lados representam os quatro pontos cardeais. Na orla, há três portas representando os três primeiros oficiais da Loja (O Venerável Mestre e os Vigilantes). Há também diversas ferramentas de pedreiros que simbolizam o trabalho , o desenho da pedra bruta, na qual trabalham os Aprendizes. Em torno do Tapete ficam três colunas portando grandes velas. A Coluna da Sabedoria fica na posição Nordeste, a da Força na posição Noroeste e a da Beleza no meio da orla sul do Tapete.
LIVRO DA LEI
Fica sobre o Altar do Venerável Mestre a Bíblia com as pontas voltadas para o Ocidente. Sobre ela permanece o compasso aberto em engulo reto, com as pontas viradas para o Ocidente e encobertos pelas hastes do esquadro.
Algumas Características do Rito Schröder:
O Rito Trabalha exclusivamente nos Três Graus Simbólicos ou Azuis;
Como surgiu:
O Ir.: Schröder gozava de grande prestígio, como Maçom e como profano (foi considerado, na época, “o maior ator que a Alemanha já teve”) e era reconhecido como um profundo conhecedor da História e dos Antigos Rituais da Maçonaria. Estudou, principalmente, os livros “As Três Batidas Diferentes na Porta da Mais Antiga Maçonaria – The Three Distinct Knocks at the Door of the Most Ancient Free-Masonry”, de autor desconhecido, sem dúvida o mais antigo manual maçônico impresso; e “Maçonaria Dissecada – Masonry Dissected”, de Samuel Prichard, que continha as práticas maçônicas utilizadas em Londres, em 1730. Examinou, também, os rituais dos diversos sistemas de graus complementares que proliferavam na Europa daqueles tempos.
Suas pesquisas o levaram a abolir os chamados “altos graus”, bem como todo o ocultismo que dominava a Maçonaria Alemã, restaurando o Antigo Ritual Inglês, adaptando-o para a cultura e para o idioma germânicos seus contemporâneos. é devido a essa origem comum nos antigos rituais ingleses que o Rito de Schröder é semelhante ao Rito de York (Emulation Rite) sem, contudo, ser uma cópia do mesmo.
O Ir.: Schröder entendia a Maçonaria como uma união de virtudes e, não, uma sociedade esotérica. Por isso, enfatizou, no seu Ritual, o ensinamento de valores morais e a difusão do puro espírito humanístico, dentro do verdadeiro amor fraternal. Preservou a importância dos símbolos e resgatando o princípio que afirma ser “a verdadeira Maçonaria a dos Três Graus de São João”.
Iniciou, em Hamburgo, a elaboração de um novo Ritual para a Grande Loja Provincial, subordinada à Premier Grande Loja da Inglaterra. Baseou todo o seu trabalho no texto Three distinct knocks (Três batidas diferentes) que considerava “o mais velho e genuíno Ritual Inglês”. Sentia profundamente que princípios éticos e morais eram a essência da Maçonaria e os formulava com grande cuidado, com a colaboração dos mais educados maçons de seu tempo. Isso dá ao seu Ritual um caráter particular, expressando tendências espirituais da Alemanha por volta do século XVIII.
Entre os principais colaboradores de Schröder estavam Friedrich Ludwig Wilhelm Meyer (1759/1840) e Johann Gottfried Herder (1744/1803), com quem trocou diversas correspondências. Em 29 de junho de 1801, submeteu seu texto aos Mestres de Hamburgo, que o adotaram por unanimidade. Depois de mais uma revisão, foi impressa uma edição limitada para todas as Lojas de Hamburgo. Dessa edição existe somente uma cópia pertencente a uma Loja na cidade de Celle.
Em 1814, após exercer o Grão-Mestrado Adjunto na Grande Loja Provincial da Baixa-Saxônia, à qual sua Loja estava subordinada, foi eleito Grão-Mestre na Grande Loja de Hamburgo. Faleceu em 3 de setembro de 1816, em Relligem, próximo de Hamburgo, ocupando o primeiro Grande Malhete. Friedrich Ulrich Ludwig Schröder conferiu ao seu Ritual uma posição de destaque entre os Ritos Maçônicos, pela concordância com o Rito da Grande Loja Mãe da Inglaterra, pela eliminação de todos os aditamentos inseridos no final do século XVIII, pelo espírito de humanismo presente em seu cerimonial e pelo brilho da linguagem clássica do alemão.
O famoso historiador e maçom Findel, na sua História Geral da Franco-Maçonaria, dedica grandes elogios ao Ir.: Schröder, como podemos perceber nesta passagem: “Além de maior pureza de objetivos (comparando-se com os do Ir.: Fessler, que atuava em Berlim) em que se inspiraram seus trabalhos e investigações, sua natureza, sua forma e as circunstâncias exteriores o secundaram ainda mais eficazmente. Estava-lhe reservada a glória de fazer penetrar vitoriosamente a luz entre as trevas do erro, de dissipar as espessas nuvens que obscureciam os resplendores da verdade maçônica e de assentar bases sólidas para atividades de seus Irmãos”. Pelo trabalho e exemplo, o Ir.: Schröder é venerado e respeitado hoje, como no passado, sendo homenageado pelas antigas Lojas Alemãs e por Lojas e Irmãos em todo o mundo. Introduzido no Brasil em 1855 pela Loja “Zur Deutschen Freundeschaft” (À Amizade Alemã”) que foi fundada em Joinville, Santa Catarina no final de 1855.
RITUALISTICA
No Rito Schröeder, o cortejo de abertura dos trabalhos é conduzido pelo Irmão Primeiro Diácono. Ao Segundo Diácono cabe cumprir o primeiro dever de um maçom em Loja. Faz a batida do grau na porta do Templo e é respondido pelo Cobridor Externo. Após cumprir essa formalidade o Venerável Mestre determina aos Diáconos desenrolar e estender o Tapete no centro do Templo. Após o desenrolamento do Tapete, o Venerável Mestre passa uma pequena vela ao Primeiro Diácono que acende as menores. Em seguida o Venerável Mestre vai até à Coluna Noroeste e acende a vela da Sabedoria. Depois os Vigilantes acendem, respectivamente, as outras duas, Força e Beleza. Após essa cerimônia o Venerável Mestre eleva uma prece ao Grande Arquiteto do Universo e declara aberta a Loja.
O Tapete de Loja:
Uma peça que fica situada no centro do Templo cujos lados representam os quatro pontos cardeais. Na orla, há três portas representando os três primeiros oficiais da Loja (O Venerável Mestre e os Vigilantes). Há também diversas ferramentas de pedreiros que simbolizam o trabalho , o desenho da pedra bruta, na qual trabalham os Aprendizes. Em torno do Tapete ficam três colunas portando grandes velas. A Coluna da Sabedoria fica na posição Nordeste, a da Força na posição Noroeste e a da Beleza no meio da orla sul do Tapete.
LIVRO DA LEI
Fica sobre o Altar do Venerável Mestre a Bíblia com as pontas voltadas para o Ocidente. Sobre ela permanece o compasso aberto em engulo reto, com as pontas viradas para o Ocidente e encobertos pelas hastes do esquadro.
Algumas Características do Rito Schröder:
O Rito Trabalha exclusivamente nos Três Graus Simbólicos ou Azuis;
- Somente os cargos de Ven.: Mestre, Vigilantes e Tesoureiro são eletivos;
- O Orador é nomeado pelo V.: M.: somente para as sessões em que for considerado necessário e não atua como "Guarda da Lei", que é o próprio V.: M.:;
- Os demais cargos em Loja: Secretário; 1º e 2º Diáconos; M.: Harmonia; 2º Diáconos Adjuntos (Guardas do Templo interno e externo) e Preparador, são nomeados pelo V.: M.:; - O 1º Diácono é também o M.: de Cerimônias;
- São T.: as batidas para todos os Graus, variando apenas na cadência;
- Durante as Sessões ritualísticas a Palavra é concedida pelo V.: M.: através do 2º Vig.:;
- Todos os Irmãos usam chapéu ou cartola ("cilindro alto") e luvas brancas nas Sessões;
- Os aventais: o de Aprendiz é branco e mantém a abeta levantada; o de Companheiro é branco e tem a abeta baixada, circundada por uma borda azul; o de Mestre é branco com uma borda azul que também circula a abeta baixada, sem rosetas ou Taus.
- O avental de Mestre é o mesmo para o V.: M.: e os Ex-Veneráveis;
- O Rito original não adota a Cerimônia de Instalação de Veneráveis Mestres. É o Reg. Geral da Potência que determina este procedimento adotado pelas Lojas Brasileiras;
- O V.: M.: em visita a outras Lojas, usa na lapela esquerda, presa a uma fita azul, uma comenda com um pequeno Esquadro;
- Os Ex-Veneráveis, chamados Past Masters, usam na lapela esquerda, presa a uma fita azul, uma comenda com a representação gráfica do 47º Problema de Euclides pendurada a um pequeno Esquadro;
- Utiliza-se Sessões "a campo" (fora do Templo) para assuntos administrativos e também para apresentação de Trabalhos ou Instrução;
- Todos os Irmãos tem direito a Voz e voto (inclusive Aprendizes e Companheiros). É o Reg. Geral da Potência que determina, por exemplo, que para a Administração votem apenas os Mestres Maçons;
- Todas as Sessões são encerradas com a formação da Cadeia de União em um cerimonial próprio;
- Se necessário passar a "Palavra Semestral", o V.: M.: formará uma segunda Cadeia de União após encerrada a Sessão;
- Adota-se a "Noite dos Convidados", que é uma Sessão Branca Especial "a campo" (fora do Templo e sem ritualística) para apresentar candidatos à Loja.
Algumas Características do Templo do Rito Schröder:
Algumas Características do Templo do Rito Schröder:
- As Colunas J (à esquerda) e B (à direita de quem entra) ambas no lado externo (átrio) do Templo (alguns Templos não apresentam as Colunas B e J);
- Piso em um único nível (sem degraus) para Oriente e Ocidente (algumas Lojas–inclusive a ABSALOM
- adotam dois degraus para o Oriente e um terceiro degrau para o Altar do V.: M.:);
- adotam dois degraus para o Oriente e um terceiro degrau para o Altar do V.: M.:);
- A decoração do Templo pode ser simples, com teto e paredes na cor azul variando apenas na tonalidade (pode-se também utilizar formas artísticas e arquitetônicas para embelezar o Templo);
- O Piso da Loja, com os símbolos tradicionais da Ordem, é aberto ritualisticamente no centro do piso no Ocidente, substituindo os Painéis dos Três Graus;
- Três Colunas (que podem ser das ordens Jônica, Dórica e Coríntia) encimadas por "Três Grandes Velas" circundam o Tapete (algumas Lojas adotam três grandes castiçais);
- A iluminação do Templo na Abertura e no Encerramento da sessão segue um cerimonial próprio (do Oriente para o Ocidente);
- Um Triângulo ou um Compasso e um Esquadro com a letra G no centro na parede oriental, sobre a cabeça do V.: M.:;
- Altar (mesa retangular e cadeira sobre uma plataforma) para o V.: M.:;
- Mesas simples e retangulares para os Oficiais (1º e 2º Vigilantes, Secretário e Tesoureiro); - O Livro da Lei sobre o Altar (que é a própria a mesa do V.: M.:) permanece fechado;
- Na abertura da Loja, Compasso e Esquadro são armados pelo V.: M.: de acordo com o Grau dos Trabalhos e colocados sobre o Livro da Lei;
- Ao lado e abaixo do Altar fica uma cadeira, a direita do V.: M.:, para o G.: M.: ou seu Deputado; - Ao lado e abaixo do Altar fica uma cadeira, a esquerda do V.: M.: , para o V.: M.: Adjunto (Ex-V.: M.: mais moderno);
- Os Past Masters (Ex-Veneráveis Mestres, pois o Rito não usa a expressão M.: I.:) sentam-se no fundo do Oriente, de frente para o Ocidente.
- Os Aprendizes sentam-se na primeira fila da Coluna do Norte;
- Os Companheiros sentam-se na primeira fila da Coluna do Sul;
- Os Mestres sentam-se em qualquer das duas Colunas;
- Uma Sala de Preparação e uma Câmara Escura substituem a "Câmara de Reflexão".
Algumas diferenças com o Rito Escocês Antigo e Aceito, pois o Rito Schröder NÃO utiliza: - Cargos de: Chanceler; Mestre de Cerimônias (é o 1º Diác.:); Hospitaleiro; 1º e 2º Expertos; Porta-Estandarte; Porta-Espada; Mestre de Banquetes e Arquiteto;
- Punhos para o V.: M.: e Vigilantes;
Algumas diferenças com o Rito Escocês Antigo e Aceito, pois o Rito Schröder NÃO utiliza: - Cargos de: Chanceler; Mestre de Cerimônias (é o 1º Diác.:); Hospitaleiro; 1º e 2º Expertos; Porta-Estandarte; Porta-Espada; Mestre de Banquetes e Arquiteto;
- Punhos para o V.: M.: e Vigilantes;
- Pavimento Mosaico (com o mesmo simbolismo, tijoletas coloridas aparecem na borda do Tapete da Loja);
- Colunas Zodiacais;
- Abóbada Celeste (o céu está representado no centro do Tapete);
- Gradil entre Oriente e Ocidente;
- Altar de Juramentos (é a própria mesa do V.: M.:);
- Olho que Tudo Vê (substituído por um Triângulo com a letra G no centro, ou pelo Compasso e Esquadro também com a letra G em seu centro);
- Estrela Flamígera;
- Corda de 81 Nós;
- Espadas;
- Espada Flamejante;
- Prova dos Elementos (substituída pelas 3 Viagens);
- Painéis dos Graus (representados pelo Tapete);
- Mar de Bronze;
- Bolsa de Propostas e Informações (são entregues diretamente ao V.: M.:, antes do início da sessão);
- Giro hierárquico para o Tronco de Solidariedade;
- Turíbulo ou incensório, pois não há queima de incenso nas sessões.
Algumas diferenças com o Rito de York (Emulation Rite), pois o Rito Schröder NÃO utiliza:
- Cargos de: Diretor de Cerimônias; Capelão; Organista; Esmoler; Mordomo; Administrador da Caridade;
- Pavimento Mosaico (substituído pelo Tapete da Loja);
- A letra "G" suspensa no centro da Loja;
- Os Pedestais do V.M. e dos Vigilantes;
- A Pedra Bruta (representada no Tapete);
- A Pedra Esquadrada (Idem);
- Altar de Juramentos (é a própria mesa do V.M.);
- Espada para o Guarda Externo;
- Painéis dos Graus (representados pelo Tapete);
- O andar "esquadrando" o Templo.
BIBLIOGRAFIA:Revista Theorema, Ano 4, N.º 19, da Loja Pitágoras II, Or de Brasília,
Rito Antigo e Primitivo de Memphis-Misraim
Entre os Ritos maçônicos este Rito ocupa uma posiçâo particular desde a sua origem. Tem seu lugar entre os ritos egipcios que se abeberam na fonte das antigas tradiçôes iniciáticas da bada do mediterráneo: pitagóricos, autores herméticos alexandrinos, neoplatônicos, sabeístas, ismaelitas… Foi necessário aguardar o século XVIII para encontrar seus tragos na Europa. Eles foram numerosos, porém só dois dentre eles chegaram ató nós: Misraim e mais tarde Memphis, que vâo se associar e fundir sob a direçâo do General Garibaldi em 1881.
0 Rito de Misraim
Desde 1738 se encontram tragos deste Rito, nutrido por referéncias alquímicas, oculfistas e egipcias, com uma escala de 90 graus. José Balsamo, chamado Cagliostro, personagem chave em sua época, soube dar o impulso necessário ao seu desenvolvimento.
Muito próximo do Grâo Mestre da Ordem dos Cavaleiros de Malta, Manuel Pinto da Fonseca, Cagliostro fundou em 1784 o Rito da Alta Maçonaria Egípcia, Recebeu entre 1767 e 1775, do Cavaleiro Luigi d'Aquino, lrmâo do Gâo Mestre Nacional da Maçonaria Napolitana, os Arcana Arcanorum, três altos graus herméticos, Em 1788 ele os introduz¡u no Rito de Misraim e deu uma Patente a esse Rito.
0 Rito se desenvolveu rapidamente em Milâo, Génova, e Nápoles. Em 1803 foi introduzido em França por Joseph, Mare a Michel Bedarride, Nessa época o Rito recrutava tanto personalidades aristocráticas como bonapartistas e republicanos, por vezes mesmo carbonários.
Interditado em 1817 em conseqüência do casa dos Quatro Sargentos de La Rochelle e da inquietude suscitada pelos carbonários, tornou-se o espaço de encontro dos opositores ao regime, o que acarretou progressivamente o seu declínio, Por volta de 1890 os últimos Maçons do Rito agruparam-se na loja Arc-en-Ciel.
0 Rito de Memphis
Constituido por Jacques Etienne Marconís de Nègre em 1838, o Rito de Memphis é urna variante do Rito de Misraim. Retorna a mitología egípcio-alquímica acrescida de aspectos templários e cavaleirescos.
0 Rito de Memphis atrai personalidades á busca do ideal. Conheceu um certo sucesso junto às Lajas militares até 1841, data em que adormeceu, Porém foi reativado após a destituiçâo de Louis-Philippe em 1848.
Na Inglaterra, a partir de 1850 numerosas Lajas inglesas trabalhavam cm francés no Rito de Memphis, Tornaram-se célebres por haver acolhido ardentes republicanos (Louis Blanc, Affred Talandier, Charles Lonquet e José Garibaldí, membro de honra), Em 1871, a destruiçâo da Comuna contribuiu para o desenvolvimento das Lajas, porém houve um declínío ao redor de 1880, após a declaraçâo de anistia do novo governo republicano francés.
No Egito, a partir de 1873 o Rito de Memphis se desenvolveu rapidamente, com o impulso do Irmáo Solutore Avventura Zola, Grande Hierofante, até o reinado do Reí Farouk
Nos Estados Unidos, Marconis de Nègre implantou o Rito ao redor de 1856, havendo grande entusiasmo, especialmente sob o Grâo-mestrado do lrmâo Seymour, em 1861.
0 Rito de Memphis-Misraim
Em 1881 o General Garibaldi prepara a fusâo dos dais Ritos, efetivada cm 1889. A partir daí o Rito de Memphis-Misraim se implanta em diversos continentes.
0 Rito de Misraim
Desde 1738 se encontram tragos deste Rito, nutrido por referéncias alquímicas, oculfistas e egipcias, com uma escala de 90 graus. José Balsamo, chamado Cagliostro, personagem chave em sua época, soube dar o impulso necessário ao seu desenvolvimento.
Muito próximo do Grâo Mestre da Ordem dos Cavaleiros de Malta, Manuel Pinto da Fonseca, Cagliostro fundou em 1784 o Rito da Alta Maçonaria Egípcia, Recebeu entre 1767 e 1775, do Cavaleiro Luigi d'Aquino, lrmâo do Gâo Mestre Nacional da Maçonaria Napolitana, os Arcana Arcanorum, três altos graus herméticos, Em 1788 ele os introduz¡u no Rito de Misraim e deu uma Patente a esse Rito.
0 Rito se desenvolveu rapidamente em Milâo, Génova, e Nápoles. Em 1803 foi introduzido em França por Joseph, Mare a Michel Bedarride, Nessa época o Rito recrutava tanto personalidades aristocráticas como bonapartistas e republicanos, por vezes mesmo carbonários.
Interditado em 1817 em conseqüência do casa dos Quatro Sargentos de La Rochelle e da inquietude suscitada pelos carbonários, tornou-se o espaço de encontro dos opositores ao regime, o que acarretou progressivamente o seu declínio, Por volta de 1890 os últimos Maçons do Rito agruparam-se na loja Arc-en-Ciel.
0 Rito de Memphis
Constituido por Jacques Etienne Marconís de Nègre em 1838, o Rito de Memphis é urna variante do Rito de Misraim. Retorna a mitología egípcio-alquímica acrescida de aspectos templários e cavaleirescos.
0 Rito de Memphis atrai personalidades á busca do ideal. Conheceu um certo sucesso junto às Lajas militares até 1841, data em que adormeceu, Porém foi reativado após a destituiçâo de Louis-Philippe em 1848.
Na Inglaterra, a partir de 1850 numerosas Lajas inglesas trabalhavam cm francés no Rito de Memphis, Tornaram-se célebres por haver acolhido ardentes republicanos (Louis Blanc, Affred Talandier, Charles Lonquet e José Garibaldí, membro de honra), Em 1871, a destruiçâo da Comuna contribuiu para o desenvolvimento das Lajas, porém houve um declínío ao redor de 1880, após a declaraçâo de anistia do novo governo republicano francés.
No Egito, a partir de 1873 o Rito de Memphis se desenvolveu rapidamente, com o impulso do Irmáo Solutore Avventura Zola, Grande Hierofante, até o reinado do Reí Farouk
Nos Estados Unidos, Marconis de Nègre implantou o Rito ao redor de 1856, havendo grande entusiasmo, especialmente sob o Grâo-mestrado do lrmâo Seymour, em 1861.
0 Rito de Memphis-Misraim
Em 1881 o General Garibaldi prepara a fusâo dos dais Ritos, efetivada cm 1889. A partir daí o Rito de Memphis-Misraim se implanta em diversos continentes.
Os Deuses do Antigo Egipto
ATUN, Uma das manifestações do deus sol, especialmente ao entardecer, original de Heliópolis, era representado por um homem barbado usando a coroa dupla do faraó e menos freqüentemente, como uma serpente usando as duas coroas do Alto e do Baixo Egito. Era considerado o rei de todos os deuses, aquele que criou o universo. É o mesmo deus Rê ou Rá que gerou Shu o ar e Tefnut a umidade. Atun e Rê ou Rá, foram mais tarde unidos ao deus carneiro de Tebas Amon e ficou conhecido pelo nome de Amon-Rê ou Amon-Rá.
AMON, o deus-carneiro de Tebas, rei dos deuses e patrono dos faraós, ele é o senhor dos templos de Luxor e Karnac. Tem por esposa Mut e por filho Khonsu. Passou a ser cultuado por volta de 2000 a.C. e traz algumas funções de Rá, sob o nome de Amon-Rê ou Amon-Rá, o criador dos deuses e da ordem divina. Ele é o sol que dá vida ao país. À época de Ramsés III. Amon tornou-se um título monárquico, mesmo título que Ptah e Rá. Freqüentemente representado como um homem vestido com a túnica real e usando na cabeça duas altas plumas do lado direito, ele se manifesta, igualmente, sob a forma de um carneiro e, mais raramente, de um ganso.
RÁ ( ou Rê), o criador dos deuses e da ordem divina, recebeu de Nun seu pai (mãe) o domínio sobre a Terra, mas o mundo não estava completamente acabado. Rá se esforçou tanto para terminar o trabalho da criação que chorou. De suas lágrimas, que banharam o solo, surgiram os seres humanos, masculinos e femininos. Eles foram criados como os deuses e os animais e Rá tratou de fazê-los felizes, tudo o que crescia sobre os campos lhes foi dado para que se alimentassem, não deixava faltar o vento fresco, nem o calor do sol, as enchentes ou as vazantes do Nilo. Como era considerado o criador dos homens, os egípcios denominavam-se o "rebanho de Rá". O deus nacional do Egito, o maior de todos os deuses, criador do universo e fonte de toda a vida, era o Sol, objeto de adoração em qualquer lugar. A sede de seu culto ficava em Heliópolis, o mais antigo e próspero centro comercial do Baixo Egito. Na Quinta Dinastia Rá, o Deus-Sol de Heliópolis, tornou-se uma divindade do estado. Foi retratado pela arte egípcia sob muitas formas e denominações e era também representado por um falcão, por um homem com cabeça de falcão ou ainda, mais raramente, por um homem. Quando representado por uma cabeça de falcão estabelecia-se uma identidade com Hórus, outro deus solar adorado em várias partes do país desde tempos remotos.
SHU, é o deus do ar e da luz, personificação da atmosfera diurna que sustenta o céu. Tem a tarefa de trazer Rá, o deus Sol, seu pai, e o faraó à vida no começo de cada dia. É representado por um homem barbado usando na cabeça uma pena simples ou quatro longas plumas. É a essência da condição seca, do gênero masculino, calor, luz e perfeição. Aparece frequentemente nas pinturas, como um homem segurando Nut, a deusa do céu, para separá-la de Geb, o deus da Terra. Com Tefnut, sua esposa, formava o primeiro par de divindades da enéade de Heliópolis. Era associado ao Leão.
TEFNUT, considerada a deusa da umidade vivificante, que espera o sol libertar-se do horizonte leste para recebê-lo e não há seca por onde Tefnut passa. A deusa é irmã e mulher de Shu. É o símbolo das dádivas e da generosidade. Ela é retratada como uma mulher com a cabeça de uma leoa, indicando poder. Shu afasta a fome dos mortos, enquanto Tefnut afasta a sede. Shu e Tefnut são os pais de Geb e Nut.
NUT, deusa do céu que acolhe os mortos no seu império, é muitas vezes representada sob a forma de uma vaca. Com o seu corpo alongado, coberto por estrelas, forma o arco da abóbada celeste que se estende sobre a terra. É como um abraço da deusa do céu sobre Geb, o deus da Terra. Nut e Geb são pais de Osiris, Isis, Seth, Néftis e Hathor. Osiris e Isis já se amavam no ventre da mãe e a maldade de Seth, logo ficou evidente, quando ao nascer, este rasgou o ventre da mãe.
GEB, o deus da Terra é irmão e marido de Nut. É o suporte físico do mundo material, sempre deitado sob a curva do corpo de Nut. Ele é o responsável pela fertilidade e pelo sucesso nas colheitas. Ele estimula o mundo material dos indivíduos e lhes assegura enterro no solo após a morte. Geb umedece o corpo humano na terra e o sela para a eternidade. Nas pinturas é sempre representado com um ganso sobre a cabeça.OSÍRIS, irmão e marido de Isis, pai de Hórus. A origem de Osíris consta nos relatos da criação do mundo, sua geração é a ultima a acontecer e não representa mais os elementos materiais (espaço, luz, terra, céu...). Na lenda, que evoca o retorno da vida com a cheia do Nilo, após o período da seca, Osíris é morto, destruído e ressuscitado, representando a morte e renascimento da vegetação e de todos os seres. Por essa razão, ele é o deus dos mortos e do renascimento, rei e juiz supremo do mundo dos mortos. Acredita-se que ele tenha sido o primeiro Faraó e que ensinou aos homens as artes da agricultura e da civilização.
família, o modelo de esposa e mãe, invencível e protetora. Usa os poderes da magia para ajudar os necessitados. Ela criou o rio Nilo com as suas lágrimas. Conta a lenda que, após a morte de Osíris, ela transforma-se em um milhafre para chorá-lo, reúne os p SETH, personifica a ambição e o mal. Considerado o deus da guerra e Senhor do Alto Egito durante o domínio dos Hicsos, tinha seu centro de culto na cidade de Ombos. Embora inicialmente fosse um deus benéfico, com o passar do tempo tornou-se a personificação do mal. Era representado por um homem com a cabeça de um tipo incerto de animal, parecido com um cachorro de focinho e orelhas compridas e cauda ereta, ou ainda como Tífon, um animal imaginário formado por partes de diferentes seres, com a cabeça de um bode, orelhas grandes, como um burro. Associavam-no ao deserto aos trovões e às tempestades. Identificado com o lado negativo da lenda, a luta entre Osiris e Seth era a luta da terra fértil contra a areia do deserto.
NÉFTIS, é a esposa de Seth, mas quando este trai e assassina Osíris, por quem era apaixonada, ela permanece solidária à Isis, ajudando-a a reunir os membros espalhados do defunto e também tomando a forma de um milhafre para velá-lo e chorá-lo. Como Isis, ela protege os mortos, sarcófagos e um dos vasos canopos. O hieróglifo de seu nome é um cesto colocado sobre uma coluna, que usa na cabeça,. É ainda na campanha de Isis que ela acolhe o sol nascente e o defende contra a terrível serpente Apófis.
HÁTOR, personificação das forças benéficas do céu, depois de Isis, é a mais venerada das deusas. Distribuidora do amor e da alegria, deusa do céu e protetora das mulheres, nutriz do deus Hórus e do faraó, patrona do amor, da alegria, da dança e da música. Também é a protetora da necrópole de Tebas, que sai da falésia para acolher os mortos e velar os túmulos. Seu centro de culto era a cidade de Dendera, mas havia templos dessa divindade por toda parte. É representada na forma de uma mulher com chifres de vaca e disco solar na cabeça, uma mulher com cabeça de vaca ou por uma vaca que usava um disco solar e duas plumas entre os chifres. As vezes é retratada por um rosto de mulher visto de frente e provido de orelhas de vaca, a cabeleira separada em duas abas com as extremidades enroladas.
HÓRUS, filho de Isis e Osíris, Horus teve uma infância difícil, sua mãe teve de escondê-lo de seu tio Seth que cobiçava o trono de seu pai Osiris. Após ter triunfado sobre Seth e as forças da desordem, ele toma posse do trono dos vivos; o faraó é sua manifestação na terra. Ele é representado como um homem com cabeça de falcão ou como um falcão, sempre usando as duas coroas do Alto e Baixo Egito. Na qualidade de deus do céu, Hórus é o falcão cujos olhos são o sol e a lua. Com o nome de "Horus do horizonte", assume uma das formas do sol, a que clareia a terra durante o dia. Mantenedor do universo e de todo tipo de vida, Horus era adorado em todo lugar. Ele é considerado o mais importante de todos os deuses, aquele que guia as almas até o Dwat ( Reino dos Mortos ).
ANÚBIS, filho de Seth e Néftis, é o mestre dos cemitérios e o patrono dos embalsamares. É na realidade o primeiro entre eles, a quem se deve o protótipo das múmias, a de Osíris. Todo egípcio esperava beneficiar-se em sua morte do mesmo tratamento e do mesmo renascimento desta primeira múmia. Anúbis também introduz os mortos no além e protege seus túmulos com a forma de um cão, vigilante, deitado em uma capela ou caixão. Anúbis era também associado ao chacal, animal que freqüentava as necrópoles e que tem por hábito desenterrar ossos, paradoxalmente representava para os egípcios a divindade considerada a guarda fiel dos túmulos. No reino dos mortos, era associado ao palácio de Osiris, na forma de um homem com cabeça de cão ou chacal, era o juiz que, após uma série de provas por que passava o defunto, dizia se este era justo e merecia ser bem recebido no além túmulo ou se, ao contrário, seria devorado por um terrível monstro, Amut. Anúbis tinha seu centro de culto em Cinópolis.
TOTH, divindade à qual era atribuída a revelação ao homem de quase todas as disciplinas intelectuais, a escrita, a aritmética, as ciências em geral e a magia. Era o deus-escriba e o deus letrado por excelência. Havia sido o inventor da escrita hieroglífica e era o escriba dos deuses; senhor da sabedoria e da magia. O que faz dele o patrono dos escribas que lhe endereçam uma prece antes de escrever. "Mestre das palavras divinas". Preside a medida do tempo, o disco na cabeça é a lua, cujas fases ritmam os dias e as noites. Representado como um íbis ou um homem com cabeça de íbis, ou ainda um babuíno.
MAÁT, esta deusa, que traz na cabeça uma pluma de avestruz, representa a justiça e a verdade, o equilíbrio, a harmonia do Universo tal como foi criado inicialmente. É também a deusa do senso de realidade. Filha de Rá e de um passarinho que apaixonando-se pela luminosidade e calor do Sol, subiu em sua direção até morrer queimado. No momento da incineração uma pena voou. Era Maat. É a pena usada por Anúbis para pesar o coraçáo daqueles que ingressam no Dwat. Em sociedade, este respeito pelo equilíbrio implica na prática da equidade, verdade, justiça; no respeito às leis e aos indivíduos; e na consciência do fato que o tratamento que se inflige aos outros pode nos ser infligido. É Maát, muito simbolicamente, que se oferece aos deuses nos templos. Protetora dos templos e tribunais.
PTAH, deus de Mênfis que foi a capital do Egito no Antigo Império, Ptah é "aquele que afeiçoou os deuses e fez os homens" e "que criou as artes". Concebeu o mundo em pensamento e o criou por sua palavra. Seu grande sacerdote chama-se "o superior dos artesãos". É, realmente, muito venerado pelos trabalhadores manuais, particularmente pelos ourives. Tem o préstimo dos operários de Deir el-Medineh. Apresenta-se com uma vestimenta colante que lhe dá a impressão de estar sem pescoço e usando na cabeça uma calota. Tem como esposa a deusa Sekhmet e por filho Nefertum, o deus do nenúfar ( plantas aquáticas ).
SEKHMET, uma mulher com cabeça de leoa, encimada pelo disco solar, era uma de suas representações que, por sua vez, simbolizava os poderes destrutivos do Sol. Embora fosse uma leoa sanguinária, também operava curas e tinha um frágil corpo de moça. Era a deusa cruel da guerra e das batalhas e tanto causava quanto curava epidemias. Essa divindade feroz era adorada na cidade de Mênfis. Sua juba ( dizem os textos ) era cheia de chamas, sua espinha dorsal tinha a cor do sangue, seu rosto brilhava como o sol... o deserto ficava envolto em poeira, quando sua cauda o varria...
BASTET, uma gata ou uma mulher com cabeça de gata simbolizava a deusa Bastet e representava os poderes benéficos do Sol. Seu centro de culto era Bubástis, cujo nome em egípcio ( Per Bast ) significa a casa de Bastet. Em seu templo naquela cidade a deusa-gata era adorada desde o Antigo Império e suas efígies eram bastante numerosas, existindo, hoje, muitos exemplares delas pelo mundo. Quando os reis líbios da XXII dinastia fizeram de Bubástis sua capital, por volta de 944 a.C., o culto da deusa tornou-se particularmente desenvolvido.
KHNUM, um dos deuses relacionados com a criação era simbolizado por um carneiro, animal considerado excepcionalmente prolífico pelos egípcios. Segundo a lenda, o deus Khnum, um homem com cabeça de carneiro, era quem modelava, em seu forno de oleiro, os corpos dos deuses e, também, dos homens e mulheres, pois plasmava em sua roda todas as crianças ainda por nascer. Principal deus da Ilha Elefantina, localizada ao norte da primeira catarata do Nilo, onde as águas são alternadamente tranquilas e revoltas. Tem duas esposas Anuket (águas calmas) e Sati ( a inundação). Um dos velhos deuses cósmicos, é descrito como autor das coisas que são, origem das coisas criadas, pai dos pais e mãe das mães. Sua esposa Anuket ou Heqet, deusa com cabeça de rã, também era associada à criação e ao nascimento.
SEBEK, um crocodilo ou um homem com cabeça de crocodilo representavam essa divindade aliada do implacável deus Seth. O deus-crocodilo, era venerado em cidades que dependiam da água, como Crocodilópolis, seu centro de culto, na região do Faium, onde os sáurios eram criados em tanques e adornados com jóias, eram protegidos, nutridos e domesticados. Um homem ferido ou morto por um crocodilo era considerado privilegiado. A adoração desse animal foi sobretudo importante durante o Médio Império.
TUÉRIS, (Taueret ) era a deusa-hipopótamo que protegia as mulheres grávidas e os nascimentos. Ela assegurava fertilidade e partos sem perigo. Adorada em Tebas, é representada em inúmeras estátuas e estatuetas sob os traços de um hipopótamo fêmea erguido, com patas de leão, de mamas pendentes e costas terminadas por uma espécie de cauda de crocodilo. Além de amparar as crianças, Tueris também protegia qualquer pessoa de más influências durante o sono.
KHEPRA, (escaravelho, em egípcio) ou um homem com um escaravelho no lugar da cabeça também representavam o deus-Sol. Nesse caso o besouro simbolizava o deus Khepra e sua função era nada menos que a de mover o Sol, como movia a bolazinha de excremento que empurrava pelos caminhos. Associados à idéia mitológica de ressurreição, os escaravelhos eram motivo freqüente das peças de ourivesaria encontradas nos túmulos egípcios.
ÁPIS, o boi sagrado que os antigos egípcios consideravam como a expressão mais completa da divindade sob a forma animal e que encarnava, ao mesmo tempo, os deuses Osíris e Ptah. O culto do boi Ápis, em Mênfis, existia desde a I dinastia pelo menos. Também em Heliópolis e Hermópolis este animal era venerado desde tempos remotos. Essa antiga divindade agrária, simbolizava a força vital da natureza e sua força geradora.
BABUINO ou cinocéfalo é um grande macaco africano, cuja cabeça oferece alguma semelhança com os cães. No antigo Egito este animal estava associado ao deus Thoth, considerado o deus da escrita, do cálculo e das atividades intelectuais. Era o deus local em Hermópolis, principal cidade do Médio Egito. Deuses particularmente numerosos parecem ter se fundido no deus Thoth: deuses-serpentes, deuses-rãs, um deus-íbis, um deus-lua e este deus-macaco.
ÍBIS, uma ave pernalta de bico longo e recurvado. Existe uma espécie negra e outra de plumagem castanha com reflexos dourados, mas era o íbis branco, ou íbis sagrado, que era considerado pelos egípcios como encarnação do deus Thoth. Esta ave tem parte da cabeça e todo o pescoço desprovido de penas. Sua plumagem é branca, exceto a da cabeça, da extremidade das asas e da cauda, que é muito negra. Um homem com cabeça de íbis, era outra das representações daquele deus.
APÓFIS, a serpente que habitava o além-túmulo, representava as tempestades e as trevas. É descrita no chamado Livro de Him no Inferno, uma obra que narra a viagem do deus-Sol pelo reino das sombras durante a noite. Nessa jornada, enquanto visitava o reino dos mortos, a divindade lutava contra vários demônios que tentavam impedir sua passagem. As serpentes estavam entre os adversários mais perigosos e o demônio líder de todos eles era Apófis a grande serpente.A mitologia egípcia inclui muitos deuses e deusas, entretanto, geralmente representam o mesmo conjunto de forças e arquétipos. O grupo acima descrito, resume de modo satisfatório o grande panorama da religião egípcia que perdurou durante milênios.
AMON, o deus-carneiro de Tebas, rei dos deuses e patrono dos faraós, ele é o senhor dos templos de Luxor e Karnac. Tem por esposa Mut e por filho Khonsu. Passou a ser cultuado por volta de 2000 a.C. e traz algumas funções de Rá, sob o nome de Amon-Rê ou Amon-Rá, o criador dos deuses e da ordem divina. Ele é o sol que dá vida ao país. À época de Ramsés III. Amon tornou-se um título monárquico, mesmo título que Ptah e Rá. Freqüentemente representado como um homem vestido com a túnica real e usando na cabeça duas altas plumas do lado direito, ele se manifesta, igualmente, sob a forma de um carneiro e, mais raramente, de um ganso.
RÁ ( ou Rê), o criador dos deuses e da ordem divina, recebeu de Nun seu pai (mãe) o domínio sobre a Terra, mas o mundo não estava completamente acabado. Rá se esforçou tanto para terminar o trabalho da criação que chorou. De suas lágrimas, que banharam o solo, surgiram os seres humanos, masculinos e femininos. Eles foram criados como os deuses e os animais e Rá tratou de fazê-los felizes, tudo o que crescia sobre os campos lhes foi dado para que se alimentassem, não deixava faltar o vento fresco, nem o calor do sol, as enchentes ou as vazantes do Nilo. Como era considerado o criador dos homens, os egípcios denominavam-se o "rebanho de Rá". O deus nacional do Egito, o maior de todos os deuses, criador do universo e fonte de toda a vida, era o Sol, objeto de adoração em qualquer lugar. A sede de seu culto ficava em Heliópolis, o mais antigo e próspero centro comercial do Baixo Egito. Na Quinta Dinastia Rá, o Deus-Sol de Heliópolis, tornou-se uma divindade do estado. Foi retratado pela arte egípcia sob muitas formas e denominações e era também representado por um falcão, por um homem com cabeça de falcão ou ainda, mais raramente, por um homem. Quando representado por uma cabeça de falcão estabelecia-se uma identidade com Hórus, outro deus solar adorado em várias partes do país desde tempos remotos.
SHU, é o deus do ar e da luz, personificação da atmosfera diurna que sustenta o céu. Tem a tarefa de trazer Rá, o deus Sol, seu pai, e o faraó à vida no começo de cada dia. É representado por um homem barbado usando na cabeça uma pena simples ou quatro longas plumas. É a essência da condição seca, do gênero masculino, calor, luz e perfeição. Aparece frequentemente nas pinturas, como um homem segurando Nut, a deusa do céu, para separá-la de Geb, o deus da Terra. Com Tefnut, sua esposa, formava o primeiro par de divindades da enéade de Heliópolis. Era associado ao Leão.
TEFNUT, considerada a deusa da umidade vivificante, que espera o sol libertar-se do horizonte leste para recebê-lo e não há seca por onde Tefnut passa. A deusa é irmã e mulher de Shu. É o símbolo das dádivas e da generosidade. Ela é retratada como uma mulher com a cabeça de uma leoa, indicando poder. Shu afasta a fome dos mortos, enquanto Tefnut afasta a sede. Shu e Tefnut são os pais de Geb e Nut.
NUT, deusa do céu que acolhe os mortos no seu império, é muitas vezes representada sob a forma de uma vaca. Com o seu corpo alongado, coberto por estrelas, forma o arco da abóbada celeste que se estende sobre a terra. É como um abraço da deusa do céu sobre Geb, o deus da Terra. Nut e Geb são pais de Osiris, Isis, Seth, Néftis e Hathor. Osiris e Isis já se amavam no ventre da mãe e a maldade de Seth, logo ficou evidente, quando ao nascer, este rasgou o ventre da mãe.
GEB, o deus da Terra é irmão e marido de Nut. É o suporte físico do mundo material, sempre deitado sob a curva do corpo de Nut. Ele é o responsável pela fertilidade e pelo sucesso nas colheitas. Ele estimula o mundo material dos indivíduos e lhes assegura enterro no solo após a morte. Geb umedece o corpo humano na terra e o sela para a eternidade. Nas pinturas é sempre representado com um ganso sobre a cabeça.OSÍRIS, irmão e marido de Isis, pai de Hórus. A origem de Osíris consta nos relatos da criação do mundo, sua geração é a ultima a acontecer e não representa mais os elementos materiais (espaço, luz, terra, céu...). Na lenda, que evoca o retorno da vida com a cheia do Nilo, após o período da seca, Osíris é morto, destruído e ressuscitado, representando a morte e renascimento da vegetação e de todos os seres. Por essa razão, ele é o deus dos mortos e do renascimento, rei e juiz supremo do mundo dos mortos. Acredita-se que ele tenha sido o primeiro Faraó e que ensinou aos homens as artes da agricultura e da civilização.
família, o modelo de esposa e mãe, invencível e protetora. Usa os poderes da magia para ajudar os necessitados. Ela criou o rio Nilo com as suas lágrimas. Conta a lenda que, após a morte de Osíris, ela transforma-se em um milhafre para chorá-lo, reúne os p SETH, personifica a ambição e o mal. Considerado o deus da guerra e Senhor do Alto Egito durante o domínio dos Hicsos, tinha seu centro de culto na cidade de Ombos. Embora inicialmente fosse um deus benéfico, com o passar do tempo tornou-se a personificação do mal. Era representado por um homem com a cabeça de um tipo incerto de animal, parecido com um cachorro de focinho e orelhas compridas e cauda ereta, ou ainda como Tífon, um animal imaginário formado por partes de diferentes seres, com a cabeça de um bode, orelhas grandes, como um burro. Associavam-no ao deserto aos trovões e às tempestades. Identificado com o lado negativo da lenda, a luta entre Osiris e Seth era a luta da terra fértil contra a areia do deserto.
NÉFTIS, é a esposa de Seth, mas quando este trai e assassina Osíris, por quem era apaixonada, ela permanece solidária à Isis, ajudando-a a reunir os membros espalhados do defunto e também tomando a forma de um milhafre para velá-lo e chorá-lo. Como Isis, ela protege os mortos, sarcófagos e um dos vasos canopos. O hieróglifo de seu nome é um cesto colocado sobre uma coluna, que usa na cabeça,. É ainda na campanha de Isis que ela acolhe o sol nascente e o defende contra a terrível serpente Apófis.
HÁTOR, personificação das forças benéficas do céu, depois de Isis, é a mais venerada das deusas. Distribuidora do amor e da alegria, deusa do céu e protetora das mulheres, nutriz do deus Hórus e do faraó, patrona do amor, da alegria, da dança e da música. Também é a protetora da necrópole de Tebas, que sai da falésia para acolher os mortos e velar os túmulos. Seu centro de culto era a cidade de Dendera, mas havia templos dessa divindade por toda parte. É representada na forma de uma mulher com chifres de vaca e disco solar na cabeça, uma mulher com cabeça de vaca ou por uma vaca que usava um disco solar e duas plumas entre os chifres. As vezes é retratada por um rosto de mulher visto de frente e provido de orelhas de vaca, a cabeleira separada em duas abas com as extremidades enroladas.
HÓRUS, filho de Isis e Osíris, Horus teve uma infância difícil, sua mãe teve de escondê-lo de seu tio Seth que cobiçava o trono de seu pai Osiris. Após ter triunfado sobre Seth e as forças da desordem, ele toma posse do trono dos vivos; o faraó é sua manifestação na terra. Ele é representado como um homem com cabeça de falcão ou como um falcão, sempre usando as duas coroas do Alto e Baixo Egito. Na qualidade de deus do céu, Hórus é o falcão cujos olhos são o sol e a lua. Com o nome de "Horus do horizonte", assume uma das formas do sol, a que clareia a terra durante o dia. Mantenedor do universo e de todo tipo de vida, Horus era adorado em todo lugar. Ele é considerado o mais importante de todos os deuses, aquele que guia as almas até o Dwat ( Reino dos Mortos ).
ANÚBIS, filho de Seth e Néftis, é o mestre dos cemitérios e o patrono dos embalsamares. É na realidade o primeiro entre eles, a quem se deve o protótipo das múmias, a de Osíris. Todo egípcio esperava beneficiar-se em sua morte do mesmo tratamento e do mesmo renascimento desta primeira múmia. Anúbis também introduz os mortos no além e protege seus túmulos com a forma de um cão, vigilante, deitado em uma capela ou caixão. Anúbis era também associado ao chacal, animal que freqüentava as necrópoles e que tem por hábito desenterrar ossos, paradoxalmente representava para os egípcios a divindade considerada a guarda fiel dos túmulos. No reino dos mortos, era associado ao palácio de Osiris, na forma de um homem com cabeça de cão ou chacal, era o juiz que, após uma série de provas por que passava o defunto, dizia se este era justo e merecia ser bem recebido no além túmulo ou se, ao contrário, seria devorado por um terrível monstro, Amut. Anúbis tinha seu centro de culto em Cinópolis.
TOTH, divindade à qual era atribuída a revelação ao homem de quase todas as disciplinas intelectuais, a escrita, a aritmética, as ciências em geral e a magia. Era o deus-escriba e o deus letrado por excelência. Havia sido o inventor da escrita hieroglífica e era o escriba dos deuses; senhor da sabedoria e da magia. O que faz dele o patrono dos escribas que lhe endereçam uma prece antes de escrever. "Mestre das palavras divinas". Preside a medida do tempo, o disco na cabeça é a lua, cujas fases ritmam os dias e as noites. Representado como um íbis ou um homem com cabeça de íbis, ou ainda um babuíno.
MAÁT, esta deusa, que traz na cabeça uma pluma de avestruz, representa a justiça e a verdade, o equilíbrio, a harmonia do Universo tal como foi criado inicialmente. É também a deusa do senso de realidade. Filha de Rá e de um passarinho que apaixonando-se pela luminosidade e calor do Sol, subiu em sua direção até morrer queimado. No momento da incineração uma pena voou. Era Maat. É a pena usada por Anúbis para pesar o coraçáo daqueles que ingressam no Dwat. Em sociedade, este respeito pelo equilíbrio implica na prática da equidade, verdade, justiça; no respeito às leis e aos indivíduos; e na consciência do fato que o tratamento que se inflige aos outros pode nos ser infligido. É Maát, muito simbolicamente, que se oferece aos deuses nos templos. Protetora dos templos e tribunais.
PTAH, deus de Mênfis que foi a capital do Egito no Antigo Império, Ptah é "aquele que afeiçoou os deuses e fez os homens" e "que criou as artes". Concebeu o mundo em pensamento e o criou por sua palavra. Seu grande sacerdote chama-se "o superior dos artesãos". É, realmente, muito venerado pelos trabalhadores manuais, particularmente pelos ourives. Tem o préstimo dos operários de Deir el-Medineh. Apresenta-se com uma vestimenta colante que lhe dá a impressão de estar sem pescoço e usando na cabeça uma calota. Tem como esposa a deusa Sekhmet e por filho Nefertum, o deus do nenúfar ( plantas aquáticas ).
SEKHMET, uma mulher com cabeça de leoa, encimada pelo disco solar, era uma de suas representações que, por sua vez, simbolizava os poderes destrutivos do Sol. Embora fosse uma leoa sanguinária, também operava curas e tinha um frágil corpo de moça. Era a deusa cruel da guerra e das batalhas e tanto causava quanto curava epidemias. Essa divindade feroz era adorada na cidade de Mênfis. Sua juba ( dizem os textos ) era cheia de chamas, sua espinha dorsal tinha a cor do sangue, seu rosto brilhava como o sol... o deserto ficava envolto em poeira, quando sua cauda o varria...
BASTET, uma gata ou uma mulher com cabeça de gata simbolizava a deusa Bastet e representava os poderes benéficos do Sol. Seu centro de culto era Bubástis, cujo nome em egípcio ( Per Bast ) significa a casa de Bastet. Em seu templo naquela cidade a deusa-gata era adorada desde o Antigo Império e suas efígies eram bastante numerosas, existindo, hoje, muitos exemplares delas pelo mundo. Quando os reis líbios da XXII dinastia fizeram de Bubástis sua capital, por volta de 944 a.C., o culto da deusa tornou-se particularmente desenvolvido.
KHNUM, um dos deuses relacionados com a criação era simbolizado por um carneiro, animal considerado excepcionalmente prolífico pelos egípcios. Segundo a lenda, o deus Khnum, um homem com cabeça de carneiro, era quem modelava, em seu forno de oleiro, os corpos dos deuses e, também, dos homens e mulheres, pois plasmava em sua roda todas as crianças ainda por nascer. Principal deus da Ilha Elefantina, localizada ao norte da primeira catarata do Nilo, onde as águas são alternadamente tranquilas e revoltas. Tem duas esposas Anuket (águas calmas) e Sati ( a inundação). Um dos velhos deuses cósmicos, é descrito como autor das coisas que são, origem das coisas criadas, pai dos pais e mãe das mães. Sua esposa Anuket ou Heqet, deusa com cabeça de rã, também era associada à criação e ao nascimento.
SEBEK, um crocodilo ou um homem com cabeça de crocodilo representavam essa divindade aliada do implacável deus Seth. O deus-crocodilo, era venerado em cidades que dependiam da água, como Crocodilópolis, seu centro de culto, na região do Faium, onde os sáurios eram criados em tanques e adornados com jóias, eram protegidos, nutridos e domesticados. Um homem ferido ou morto por um crocodilo era considerado privilegiado. A adoração desse animal foi sobretudo importante durante o Médio Império.
TUÉRIS, (Taueret ) era a deusa-hipopótamo que protegia as mulheres grávidas e os nascimentos. Ela assegurava fertilidade e partos sem perigo. Adorada em Tebas, é representada em inúmeras estátuas e estatuetas sob os traços de um hipopótamo fêmea erguido, com patas de leão, de mamas pendentes e costas terminadas por uma espécie de cauda de crocodilo. Além de amparar as crianças, Tueris também protegia qualquer pessoa de más influências durante o sono.
KHEPRA, (escaravelho, em egípcio) ou um homem com um escaravelho no lugar da cabeça também representavam o deus-Sol. Nesse caso o besouro simbolizava o deus Khepra e sua função era nada menos que a de mover o Sol, como movia a bolazinha de excremento que empurrava pelos caminhos. Associados à idéia mitológica de ressurreição, os escaravelhos eram motivo freqüente das peças de ourivesaria encontradas nos túmulos egípcios.
ÁPIS, o boi sagrado que os antigos egípcios consideravam como a expressão mais completa da divindade sob a forma animal e que encarnava, ao mesmo tempo, os deuses Osíris e Ptah. O culto do boi Ápis, em Mênfis, existia desde a I dinastia pelo menos. Também em Heliópolis e Hermópolis este animal era venerado desde tempos remotos. Essa antiga divindade agrária, simbolizava a força vital da natureza e sua força geradora.
BABUINO ou cinocéfalo é um grande macaco africano, cuja cabeça oferece alguma semelhança com os cães. No antigo Egito este animal estava associado ao deus Thoth, considerado o deus da escrita, do cálculo e das atividades intelectuais. Era o deus local em Hermópolis, principal cidade do Médio Egito. Deuses particularmente numerosos parecem ter se fundido no deus Thoth: deuses-serpentes, deuses-rãs, um deus-íbis, um deus-lua e este deus-macaco.
ÍBIS, uma ave pernalta de bico longo e recurvado. Existe uma espécie negra e outra de plumagem castanha com reflexos dourados, mas era o íbis branco, ou íbis sagrado, que era considerado pelos egípcios como encarnação do deus Thoth. Esta ave tem parte da cabeça e todo o pescoço desprovido de penas. Sua plumagem é branca, exceto a da cabeça, da extremidade das asas e da cauda, que é muito negra. Um homem com cabeça de íbis, era outra das representações daquele deus.
APÓFIS, a serpente que habitava o além-túmulo, representava as tempestades e as trevas. É descrita no chamado Livro de Him no Inferno, uma obra que narra a viagem do deus-Sol pelo reino das sombras durante a noite. Nessa jornada, enquanto visitava o reino dos mortos, a divindade lutava contra vários demônios que tentavam impedir sua passagem. As serpentes estavam entre os adversários mais perigosos e o demônio líder de todos eles era Apófis a grande serpente.A mitologia egípcia inclui muitos deuses e deusas, entretanto, geralmente representam o mesmo conjunto de forças e arquétipos. O grupo acima descrito, resume de modo satisfatório o grande panorama da religião egípcia que perdurou durante milênios.
As Origems da Maçonaria
Há cerca de 950. 000 anos antes de Jesus Cristo, na antiga Lemúria, surgiu a primeira sociedade espiritualista do globo, denominada "Adoradores de Mu" , ou seja Adoradores do Supremo, que funcionava como a Maçonaria que conhecemos, podendo ser considerada a raiz de nossa poderosa e intelectual Instituição, segundo palavras ditadas pelo mestre Shebna.
Cem mil anos depois, continua esse grande mestre da espiritualidade, em 850.000 a . C., foi fundado o Grande Círculo Branco, na antiga Atlântida, prosseguindo arregimentando obreiros e funcionando também nos moldes da sociedade anterior com uma parte Iniciática e outra profana, isso na ilha chamada possidônia.
A Maçonaria sempre esteve mais ou menos relacionada com os Sacerdócios, até o século XIII de nossa era, quando os Maçons se declararam FREIMAURER (Franco- Maçons), ou Freemasonry (Maçons Livres), desligando-se definitivamente da esfera estreita dos dogmas religiosos, e dos padres das diversas religiões, e foi desde então que os sacerdotes Através da Companhia de Jesus, passaram a perseguir e denunciar a Franco-Maçonaria, usando de todos os recursos, inclusive os confessionários, para exterminá-la da face da Terra.
As Ordens Secretas, em todos os tempos, foram aduladas ou perseguidas pelos grandes da época, e muito particularmente, a dos ESSÊNIOS, em cujo o seio teve a honra de receber o Mestre JESUS CHRISTUS aos 12 anos de idade. Esta perseguição foi mais feroz a partir de 33 da Era Cristã, quando o Cordeiro de Deus que veio tirar os pecados do mundo foi crucificado devido às suas pregações ao povo humilde e explorado pela casta sacerdotal de sua época, representada pelos Fariseus, à cuja frente se encontrava o sumo sacerdote CAIFAZ.
Depois de morto JESUS, Seu nome passou a ser considerado maldito, e, todos os Seus Discípulos foram implacavelmente perseguidos, pois o povo judeu em cujo seio Ele nascera, frustrado em seus anseios de libertação do jugo Romano a que se achava submetido, destruíra o líder espiritual, que surgira ao invés do guerreiro que esperava... O ódio decorrente desta frustração, era diabolicamente explorado e alimentado pelos sacerdotes nos templos e nas Sinagogas, e, habilmente incentivado pelos Césares de Roma. Tais perseguições, contudo, não conseguiram apagar as chamas dos ensinamentos do Cordeiro de Deus que nos deixou a Paz, e os Adeptos do Mestre se multiplicaram na clandestinidade, em ORDENS SECRETAS, onde eles ensinavam e aprendiam, o que Ele, também em uma ORDEM SECRETA aprendera e ensinara.
A atual forma da Maçonaria foi se materializando pouco a pouco desde a idade média.
Nos tempos medievais, existiram na Europa confrarias de ofícios que, mais tarde, receberam o nome de comunidade de ofícios e, finalmente, corporações de ofícios. Na Inglaterra foi usado o vocábulo "guild" (guilda), mais tarde "company" (companhia) e, posteriormente, "fraternity" (fraternidade). Naquelas associações, os seus membros estavam ligados por juramentos sagrados, segredos, senhas. Faziam a representação dos antigos mistérios, quando estes deixaram de ser privativos da Igreja Católica Romana, que os recebera sob inegável influência da civilização grega.
Para as nossas considerações, é necessário que mencionemos a existência, em 1376, da "London Company of Masons and Freemasons" (Companhia dos Pedreiros e dos Trabalhadores de Pedra de Londres), porque foi nas ilhas Britânicas que se verificou a transição entre agremiações profissionais e a Maçonaria.
Cem mil anos depois, continua esse grande mestre da espiritualidade, em 850.000 a . C., foi fundado o Grande Círculo Branco, na antiga Atlântida, prosseguindo arregimentando obreiros e funcionando também nos moldes da sociedade anterior com uma parte Iniciática e outra profana, isso na ilha chamada possidônia.
A Maçonaria sempre esteve mais ou menos relacionada com os Sacerdócios, até o século XIII de nossa era, quando os Maçons se declararam FREIMAURER (Franco- Maçons), ou Freemasonry (Maçons Livres), desligando-se definitivamente da esfera estreita dos dogmas religiosos, e dos padres das diversas religiões, e foi desde então que os sacerdotes Através da Companhia de Jesus, passaram a perseguir e denunciar a Franco-Maçonaria, usando de todos os recursos, inclusive os confessionários, para exterminá-la da face da Terra.
As Ordens Secretas, em todos os tempos, foram aduladas ou perseguidas pelos grandes da época, e muito particularmente, a dos ESSÊNIOS, em cujo o seio teve a honra de receber o Mestre JESUS CHRISTUS aos 12 anos de idade. Esta perseguição foi mais feroz a partir de 33 da Era Cristã, quando o Cordeiro de Deus que veio tirar os pecados do mundo foi crucificado devido às suas pregações ao povo humilde e explorado pela casta sacerdotal de sua época, representada pelos Fariseus, à cuja frente se encontrava o sumo sacerdote CAIFAZ.
Depois de morto JESUS, Seu nome passou a ser considerado maldito, e, todos os Seus Discípulos foram implacavelmente perseguidos, pois o povo judeu em cujo seio Ele nascera, frustrado em seus anseios de libertação do jugo Romano a que se achava submetido, destruíra o líder espiritual, que surgira ao invés do guerreiro que esperava... O ódio decorrente desta frustração, era diabolicamente explorado e alimentado pelos sacerdotes nos templos e nas Sinagogas, e, habilmente incentivado pelos Césares de Roma. Tais perseguições, contudo, não conseguiram apagar as chamas dos ensinamentos do Cordeiro de Deus que nos deixou a Paz, e os Adeptos do Mestre se multiplicaram na clandestinidade, em ORDENS SECRETAS, onde eles ensinavam e aprendiam, o que Ele, também em uma ORDEM SECRETA aprendera e ensinara.
A atual forma da Maçonaria foi se materializando pouco a pouco desde a idade média.
Nos tempos medievais, existiram na Europa confrarias de ofícios que, mais tarde, receberam o nome de comunidade de ofícios e, finalmente, corporações de ofícios. Na Inglaterra foi usado o vocábulo "guild" (guilda), mais tarde "company" (companhia) e, posteriormente, "fraternity" (fraternidade). Naquelas associações, os seus membros estavam ligados por juramentos sagrados, segredos, senhas. Faziam a representação dos antigos mistérios, quando estes deixaram de ser privativos da Igreja Católica Romana, que os recebera sob inegável influência da civilização grega.
Para as nossas considerações, é necessário que mencionemos a existência, em 1376, da "London Company of Masons and Freemasons" (Companhia dos Pedreiros e dos Trabalhadores de Pedra de Londres), porque foi nas ilhas Britânicas que se verificou a transição entre agremiações profissionais e a Maçonaria.
Todas as corporações estavam tripartidas em Aprendizes, Oficiais e Mestres. Os primeiros não recebiam remuneração. Quase sempre residiam na casa dos mestres, que lhes davam vestuário e alimentação. Depois de um tempo de aprendizado, que durava até sete anos, eram promovidos ao segundo Grau. Graças à citada promoção, eles recebiam salário. Os talentosos tornavam-se Mestres, podendo abrir sua própria oficina. Mas antes, eram examinados por uma comissão julgadora, cujos componentes chamavam-se jurados.
Há quem veja, com certo exagero, relevantes semelhanças entre as referidas organizações e os modernos sindicatos e, também, os modernos institutos de previdência social. Todavia, essa visão fica bastante reduzida pelo fato, incontestável, de que os mestres eram capitalistas, controlavam os meios de produção e, mesmo assim, incorporavam a dupla posição de patrões e trabalhadores, simultaneamente.
Porém, talvez possamos vislumbrar esboços previdenciários, porque as corporações acumulavam fundos que garantiam o pagamento de contribuições aos associados em dificuldade, aos órfãos e viúvas.
Com o passar do tempo, os associados obtiveram gradativas liberdades, em detrimento da própria organização, ocasionando seu enfraquecimento. Diferente foi o destino dos construtores britânicos. A respectiva agremiação começou a aceitar membros não profissionais.
Consta que o primeiro deles foi o aristocrata John Boswell, da Escócia, em 1600. No século seguinte, em 1705, já na fase especulativa (ou seja, a fase dos nãoprofissionais), algumas lojas Maçônicas de York estabeleceram normas vinculadoras, mas os Maçons de Londres foram ainda mais longe, quando, em 1717, exatamente em 24 de junho (dia muito significativo !) na "Goose and Gridiron Tavern" (Taverna do Ganso e Grelha) sob a assessoria de James Anderson, lider da Igreja Presbiteriana, fundaram a primeira Potência Maçônica do mundo, a "Grand Lodge of London" (Grande Loja de Londres). O fidalgo Antony Sayer foi escolhido Grão-Mestre (presidente), o carpinteiro Jacob Lambdall foi escolhido primeiro vice-presidente e o capitão Joseph Elliot foi escolhido segundo vicepresidente.
Anderson e Payne, entre 1720 e 1723, apresentaram estudos sobre a primeira Constituição que se constitui como ponto de partida do Direito Maçônico moderno em uso até nossos dias.
Três seriam as fontes mais antigas que contém os princípios fundamentais da Maçonaria: O Livro dos Mortos dos egípcios, os livros que compõem o Velho Testamento e os fragmentos vindos dos Essênios, descobertos há poucos anos, nas cavernas de Qumram.
Texto
Por Jaime Balbino de Oliveira
Há quem veja, com certo exagero, relevantes semelhanças entre as referidas organizações e os modernos sindicatos e, também, os modernos institutos de previdência social. Todavia, essa visão fica bastante reduzida pelo fato, incontestável, de que os mestres eram capitalistas, controlavam os meios de produção e, mesmo assim, incorporavam a dupla posição de patrões e trabalhadores, simultaneamente.
Porém, talvez possamos vislumbrar esboços previdenciários, porque as corporações acumulavam fundos que garantiam o pagamento de contribuições aos associados em dificuldade, aos órfãos e viúvas.
Com o passar do tempo, os associados obtiveram gradativas liberdades, em detrimento da própria organização, ocasionando seu enfraquecimento. Diferente foi o destino dos construtores britânicos. A respectiva agremiação começou a aceitar membros não profissionais.
Consta que o primeiro deles foi o aristocrata John Boswell, da Escócia, em 1600. No século seguinte, em 1705, já na fase especulativa (ou seja, a fase dos nãoprofissionais), algumas lojas Maçônicas de York estabeleceram normas vinculadoras, mas os Maçons de Londres foram ainda mais longe, quando, em 1717, exatamente em 24 de junho (dia muito significativo !) na "Goose and Gridiron Tavern" (Taverna do Ganso e Grelha) sob a assessoria de James Anderson, lider da Igreja Presbiteriana, fundaram a primeira Potência Maçônica do mundo, a "Grand Lodge of London" (Grande Loja de Londres). O fidalgo Antony Sayer foi escolhido Grão-Mestre (presidente), o carpinteiro Jacob Lambdall foi escolhido primeiro vice-presidente e o capitão Joseph Elliot foi escolhido segundo vicepresidente.
Anderson e Payne, entre 1720 e 1723, apresentaram estudos sobre a primeira Constituição que se constitui como ponto de partida do Direito Maçônico moderno em uso até nossos dias.
Três seriam as fontes mais antigas que contém os princípios fundamentais da Maçonaria: O Livro dos Mortos dos egípcios, os livros que compõem o Velho Testamento e os fragmentos vindos dos Essênios, descobertos há poucos anos, nas cavernas de Qumram.
Texto
Por Jaime Balbino de Oliveira
Cagliostro, Maçonaria e Alquimia
Cagliostro e o Ritual da Maçonaria Egípcia
Alquimia
Este ritual -mais hermético do que alquímico, visto que ele aponta no sentido das "alquimias internas" ,durante as quais cada um receberá propriamente o Pentágono (Estrela Flamejante), quer dizer, essa folha virgem sobre a qual os Anjos primitivos imprimiram os seus números e selos, e com a qual ele se tornará Mestre (...) e o seu espírito ficará cheio de um fogo divino e o seu corpo se tornará puro como o da criança mais inocente (...) com um poder imenso, não aspirando senão ao repouso para atingir a imortalidade e poder dizer dele próprio: Ego sum qui sum (Eu sou o que é).
O objectivo do seu Rito -a imortalidade conquistada durante a vida física -pode ser resumido por uma frase extraída do seu catecismo: «Tendo sido criado à imagem e à semelhança de Deus, eu recebi o poder de me tornar imortal e de ordenar aos seres espirituais para reinar sobre a terra».
Em 1784, Cagliostro fundou a Loja-mãe do seu Rito, "A Sabedoria Triunfante", mas o Rito em si parece não ter sobrevivido ao seu criador.
Os "Arcana Arcanorum" do Rito de Misraim e de Menfis-Misraim
Os "Arcana Arcanorum" (Mistério dos Mistérios) são os últimos graus do Rito de Misraim e do Rito de Menfis-Misraim que, embora constituídos nos começos do século XIX, estão baseados em textos do século XVIII , entre os quais provavelmente alguns de Cagliostro.
No 88° Grau "o iniciado deve... receber os influxos celestes e... sentir bater nele a vida universal, depois de o «orvalho celeste» ter descido nele para fecundar o germe que ele traz dentro de si". Após o 89°, Grau, que "permite um contacto com o invisível", vem o 90º.
Onde é dito que:
«Toda a vida oscila entre estes dois polos: Matéria e Espírito; Bem e Mal; Felicidade e Sofrimento. Toda a iniciação deve conduzir-nos da Lua ao Sol, de Isis a Osiris, da Matéria à essência divina».
Segundo Jean-Pierre Giudicielli "É no grau do Cavaleiro Rosa Cruz que se desenvolve um Wuei Tan (via exterior) e não um Nei Tan, que é a obra mais avançada. Com efeito, o 18° Grau diz respeito às duas etapas clássicas da via exterior... Mas é sem equívoco possível, nos últimos graus de Misraim , também chamados Escala de Nápoles, que residem certas chaves operativas da alquimia interna do Corpo de Glória (nei Tan), a qual já tinha sido anunciada no 12°. Grau de "Grande Mestre Arquitecto":
Segundo Jean-Pierre Giudicielli "É no grau do Cavaleiro Rosa Cruz que se desenvolve um Wuei Tan (via exterior) e não um Nei Tan, que é a obra mais avançada. Com efeito, o 18° Grau diz respeito às duas etapas clássicas da via exterior... Mas é sem equívoco possível, nos últimos graus de Misraim , também chamados Escala de Nápoles, que residem certas chaves operativas da alquimia interna do Corpo de Glória (nei Tan), a qual já tinha sido anunciada no 12°. Grau de "Grande Mestre Arquitecto":
Retirado de fonte
"triplov"
O Verdadeiro Segredo Maçônico
O verdadeiro Segredo Maçónico...
É um segredo de vida
E não de ritual
E do que se lhe relaciona.
Os Graus Maçónicos comunicam àqueles que os recebem,
Sabendo como recebê-los,
Um certo espírito,
Uma certa aceleração da vida
Do entendimento
E da intuição,
Que actua como uma espécie
De chave mágica dos próprios símbolos,
E dos símbolos
E rituais não maçónicos,
E da própria vida.
É um espírito,
Um sopro posto na Alma,
E, por conseguinte,
Pela sua natureza,
Incomunicável
Fernando Pessoa
É um segredo de vida
E não de ritual
E do que se lhe relaciona.
Os Graus Maçónicos comunicam àqueles que os recebem,
Sabendo como recebê-los,
Um certo espírito,
Uma certa aceleração da vida
Do entendimento
E da intuição,
Que actua como uma espécie
De chave mágica dos próprios símbolos,
E dos símbolos
E rituais não maçónicos,
E da própria vida.
É um espírito,
Um sopro posto na Alma,
E, por conseguinte,
Pela sua natureza,
Incomunicável
Fernando Pessoa
LANDMARKS
1. A Maçonaria é uma fraternidade iniciática que tem porfundamento tradicional a fé em Deus, Grande Arquiteto do Universo.
2. A Maçonaria refere-se aos "Antigos Deveres" e aos"Landmarks" da Fraternidade, especialmente quanto ao absolutorespeito das tradições específicas da Ordem, essenciais àregularidade da Jurisdição.
3. A Maçonaria é uma ordem, à qual não podem pertencer senãohomens livres e de bons costumes, que se comprometem a pôrem prática um ideal de paz.
4. A Maçonaria visa ainda, o aperfeiçoamento moral dos seusmembros, bem como, de toda a humanidade.
5. A Maçonaria impõe a todos os seus membros a prática exatae escrupulosa dos ritos e do simbolismo, meios de acesso aoconhecimento pelas vias espirituais e iniciáticas que lhe sãopróprias.
6. A Maçonaria impõe a todos os seus membros o respeito dasopiniões e crenças de cada um. Ela proíbe-lhes no seu seio todaa discussão ou controvérsia, política ou religiosa. Ela é aindaum centro permanente de união fraterna, onde reinam a tolerantee frutuosa harmonia entre os homens, que sem ela seriamestranhos uns aos outros.
7. Os Maçons tomam as suas obrigações sobre um volume daLei Sagrada, a fim de dar ao juramento prestado por eles, ocaráter solene e sagrado indispensável à sua perenidade.
8. Os Maçons juntam-se, fora do mundo profano, nas Lojasonde estão sempre expostas as três grandes luzes da Ordem:um volume da Lei Sagrada, um esquadro, e um compasso,para aí trabalhar segundo o rito, com zelo e assiduidade econforme os princípios e regras prescritas pela Constituiçãoe os Regulamentos Gerais de Obediência.
9. Os Maçons só devem admitir nas suas lojas homens maioresde idade, de ilibada reputação, gente de honra, leais ediscretos, dignos em todos os níveis de serem bons irmãos,e aptos a reconhecer os limites do domínio do homem e oinfinito poder do Eterno.
10. Os Maçons cultivam nas suas Lojas o amor da Pátria, asubmissão às leis e o respeito pelas autoridades constituídas.Consideram o trabalho como o dever primordial do ser humanoe honram-no sob todas as formas.
11. Os Maçons contribuem pelo exemplo ativo do seu comportamento são, viril e digno, para irradiar da Ordemno respeito do segredo maçônico.
12. Os Maçons devem-se mutuamente, ajuda e proteçãofraternal, mesmo no fim da sua vida. Praticam a arte deconservar em todas as circunstâncias a calma e o equilíbrio,indispensáveis a um perfeito controle de si próprio.
Albert pike
Albert Pike 1809 -1891Considerado o pai do R.E.A.A. moderno.
Albert Pike nasceu em 29 de dezembro de 1809 e era o filho mais velho de seis irmãos do casal Benjamin e Sarah Andrews Pike. Pike cresceu em um ambiente cristão freqüentando uma igreja Episcopal. Foi aprovado no exame de admissão Colégio de Harvard quando tinha 15 anos, mas não conseguiu freqüenta-lo por falta de dinheiro. Depois de viajar pelo oeste americano pela região de Santa Fé, Pike estabilizou-se no Arkansas, onde trabalhou como editor de um jornal local. No Arkansas, encontra Mary Ann Hamilton e casa-se em 28 de novembro de 1834. Desta união nasceram 11 filhos.
Pike foi advogado, poeta, um profícuo escritor, general de brigada no Exército dos Estados Confederados da América e maçom. Era um leitor voraz, interessado especialmente em religiões e sistemas filosóficos das culturas antigas. Como general não comandou nem tropas brancas nem negras, mas índios americanos. Estudou e respeitou a opinião religiosa de seus comandados. Mas não importa como profundamente sondou em outras religiões, nada mudou em Pike, sempre foi um cristão devoto. Tinha 41 anos em 1850 quando foi iniciado na Loja Western Star Nº 2 em Little Rock, Arkansas.
Muito ativo na Grande Loja do Arkansas, Pike galgou até o 10º grau do Rito de York de 1850 a 1853. Recebeu o grau 29º do R.E.A.A. em março de 1853 de Albert Gallatin Mackey em Charleston, S.C. O R.E.A.A. havia sido introduzido nos Estados Unidos em 1783 e a cidade de Charleston foi o local do primeiro Supremo Conselho deste Rito, até que um outro Conselho, o Supremo Conselho do Norte foi estabelecido na cidade de New York em 1813. A divisão de jurisdição entre o Sul e Norte foi regulamentada 1828 e permanece até hoje.
Mackey então convidou Pike a participar da Jurisdição do Supremo Conselho do Sul em 1858 em Charleston chegando ao cargo de Grande Comandante deste Conselho no ano seguinte. Pike prendeu-se a este cargo até sua morte, dedicando-se a diversas atividades do Conselho, inclusive a advocatícia. Entretanto, Pike foi envolvido pela guerra civil americana dedicando-se grande parte de sua vida à ela. Vivia freqüentemente pedindo o dinheiro para suas despesas básicas, até que o conselho votou uma anuidade de U$ 1.200,00 em 1879 pelo resto de sua vida. Pike faleceu em 2 de abril de 1891 com 81 anos em Washington, D.C.. Para que o R.E.A.A. pudesse sobreviver, Pike realizou uma importante e necessária revisão deste Rito. Nesta empreitada foi incentivado por Mackey para produzir um ritual padrão para o uso em todos os estados da Jurisdição do Sul. A revisão começou em 1855 e depois de algumas alterações o Conselho Supremo endossou a revisão de Pike em 1861. Mudanças menores foram feitas em dois Graus, mais tarde em 1873, em conseqüência de afirmações que os graus 29° e 30° revelavam segredos do Rito de York.Pike escreveu diversos livros de História, Filosofia e viagens, sendo o mais famoso "Morais e Dogma", assim Pike é muito mais conhecido pela sua maior obra publicada em 1871 e não pela revisão do R.E.A.A.. Também, sua obra "Morais e Dogma" não deve ser confundida com a revisão do R.E.A.A, são trabalhos separados. Walter Lee Brown escreveu: "Pike pretendia que (Morais e Dogma) fosse um suplemento ao Rito Escocês, onde abrangia grande instrução moral, religiosa e filosófica completando assim, sua revisão do R.E.A.A."Até 1974 "Morais e Dogma" era tradicionalmente presenteado aos candidatos ao Grau 14 º do R.E.A.A., atualmente é fornecido aos candidatos a obra "Uma Ponte para a Luz" (A Bridge to Light) de Rex R. Hutchens. "É lamentável que "Morais and Dogma" seja lido apenas por alguns maçons. "Uma Ponte para a Luz" foi escrito para ser uma ponte entre as cerimônias dos Graus e a leitura de "Morais e Dogmas"", afirma Hutchens.
"Masonry is not a religion. He who makes of it a religious belief, falsifies and denaturalizes it."(A Maçonaria não é uma religião. Aquele que faz dela uma opinião religiosa falsifica-a e a desnaturaliza.)
Albert Pike; "Morals and Dogma" (p. 161)
Albert Pike nasceu em 29 de dezembro de 1809 e era o filho mais velho de seis irmãos do casal Benjamin e Sarah Andrews Pike. Pike cresceu em um ambiente cristão freqüentando uma igreja Episcopal. Foi aprovado no exame de admissão Colégio de Harvard quando tinha 15 anos, mas não conseguiu freqüenta-lo por falta de dinheiro. Depois de viajar pelo oeste americano pela região de Santa Fé, Pike estabilizou-se no Arkansas, onde trabalhou como editor de um jornal local. No Arkansas, encontra Mary Ann Hamilton e casa-se em 28 de novembro de 1834. Desta união nasceram 11 filhos.
Pike foi advogado, poeta, um profícuo escritor, general de brigada no Exército dos Estados Confederados da América e maçom. Era um leitor voraz, interessado especialmente em religiões e sistemas filosóficos das culturas antigas. Como general não comandou nem tropas brancas nem negras, mas índios americanos. Estudou e respeitou a opinião religiosa de seus comandados. Mas não importa como profundamente sondou em outras religiões, nada mudou em Pike, sempre foi um cristão devoto. Tinha 41 anos em 1850 quando foi iniciado na Loja Western Star Nº 2 em Little Rock, Arkansas.
Muito ativo na Grande Loja do Arkansas, Pike galgou até o 10º grau do Rito de York de 1850 a 1853. Recebeu o grau 29º do R.E.A.A. em março de 1853 de Albert Gallatin Mackey em Charleston, S.C. O R.E.A.A. havia sido introduzido nos Estados Unidos em 1783 e a cidade de Charleston foi o local do primeiro Supremo Conselho deste Rito, até que um outro Conselho, o Supremo Conselho do Norte foi estabelecido na cidade de New York em 1813. A divisão de jurisdição entre o Sul e Norte foi regulamentada 1828 e permanece até hoje.
Mackey então convidou Pike a participar da Jurisdição do Supremo Conselho do Sul em 1858 em Charleston chegando ao cargo de Grande Comandante deste Conselho no ano seguinte. Pike prendeu-se a este cargo até sua morte, dedicando-se a diversas atividades do Conselho, inclusive a advocatícia. Entretanto, Pike foi envolvido pela guerra civil americana dedicando-se grande parte de sua vida à ela. Vivia freqüentemente pedindo o dinheiro para suas despesas básicas, até que o conselho votou uma anuidade de U$ 1.200,00 em 1879 pelo resto de sua vida. Pike faleceu em 2 de abril de 1891 com 81 anos em Washington, D.C.. Para que o R.E.A.A. pudesse sobreviver, Pike realizou uma importante e necessária revisão deste Rito. Nesta empreitada foi incentivado por Mackey para produzir um ritual padrão para o uso em todos os estados da Jurisdição do Sul. A revisão começou em 1855 e depois de algumas alterações o Conselho Supremo endossou a revisão de Pike em 1861. Mudanças menores foram feitas em dois Graus, mais tarde em 1873, em conseqüência de afirmações que os graus 29° e 30° revelavam segredos do Rito de York.Pike escreveu diversos livros de História, Filosofia e viagens, sendo o mais famoso "Morais e Dogma", assim Pike é muito mais conhecido pela sua maior obra publicada em 1871 e não pela revisão do R.E.A.A.. Também, sua obra "Morais e Dogma" não deve ser confundida com a revisão do R.E.A.A, são trabalhos separados. Walter Lee Brown escreveu: "Pike pretendia que (Morais e Dogma) fosse um suplemento ao Rito Escocês, onde abrangia grande instrução moral, religiosa e filosófica completando assim, sua revisão do R.E.A.A."Até 1974 "Morais e Dogma" era tradicionalmente presenteado aos candidatos ao Grau 14 º do R.E.A.A., atualmente é fornecido aos candidatos a obra "Uma Ponte para a Luz" (A Bridge to Light) de Rex R. Hutchens. "É lamentável que "Morais and Dogma" seja lido apenas por alguns maçons. "Uma Ponte para a Luz" foi escrito para ser uma ponte entre as cerimônias dos Graus e a leitura de "Morais e Dogmas"", afirma Hutchens.
"Masonry is not a religion. He who makes of it a religious belief, falsifies and denaturalizes it."(A Maçonaria não é uma religião. Aquele que faz dela uma opinião religiosa falsifica-a e a desnaturaliza.)
Albert Pike; "Morals and Dogma" (p. 161)
Fernando Pessoa
Fernando Pessoa, foi também um defensor da Arte Real. Em 04 de Fevereiro de 1935, publicou no jornal "Diário de Lisboa", um artigo muito instrutivo e ao mesmo tempo provocador para a sua época intitulado "As Associações Secretas - Análise Serena e Minuciosa a um Projeto de Lei apresentado ao Parlamento", quando de sua primeira edição , neste trabalho Fernando Pessoa realizou a defesa do direito de existência e de atuação das associações que eram tidas como secretas. Em especial procurou defender o direito de existência e esclareceu bastante a atuação da Maçonaria ao longo do tempo, tanto em Portugal como no restante do Mundo, procurou também estabelecer os laços de fraternidade que mantém unidos todos os seus membros pelo mundo afora através dos tempos.Usando as suas muitas habilidades superiormente desenvolvidas de escritor, aliadas à sua incomum inteligência, seu finíssimo e refinado humor somadas a uma intencional e sutil ironia, Fernando Pessoa desfiou pelas linhas e parágrafos do artigo, uma série de argumentos racionais contra a aprovação da já referida lei. Ao mesmo tempo em que procurava sempre repassar importantes informações sobre a Maçonaria, os seus princípios e a sua importância. Fernando Pessoa faz ainda ataques, alguns deles sutis outros muito diretos e objetivos à chamada antimaçonaria e aos seus representantes. Fernando Pessoa destaca dentro da anti-maçonaria a ignorância , que é cultivada sobre os assuntos relacionados a Maçonaria, como o fator que liga profundamente aqueles que agem como anti-maçons e se consideram os combates de uma Cruzada sagrada contra a Maçonaria e o universo dos maçons. É dentro deste rol de pseudos e sagrados combatentes da Maçonaria e defensores da fé cristã, que Fernando Pessoa coloca o deputado José Cabral, já referido como o autor do projeto de proibição e combate as sociedades e associações secretas
depois o paradoxo...
"(...) Não sou maçom, nem pertenço a qualquer outra Ordem semelhante ou diferente. Não sou, porém, antimaçon, pois o que sei do assunto me leva a ter uma idéia absolutamente favorável da Ordem Maçônica. A estas duas circunstâncias, que em certo modo me habilitam a poder ser imparcial na matéria, acresce a de que, por virtude de certos estudos meus, cuja natureza confina com a parte oculta da Maçonaria - parte que nada tem de político ou social -, fui necessariamente levado a estudar também esse assunto - assunto muito belo, mas muito difícil, sobretudo para quem o estuda de fora (...)" (PESSOA)
Princípios Maçónicos
PRINCÍPIOS MAÇÓNICOS
A Maçonaria é uma Ordem Universal, formada por homens de todas as raças, credos e nacionalidades, acolhidos por iniciação e congregados em Lojas, nas quais, por métodos ou meios racionais, auxiliados por símbolos e alegorias, estudam e trabalham para a construção de uma Sociedade Melhor.
É fundada no Amor Fraternal, na esperança de que com Amor a Deus, à Pátria, à Família e ao Próximo, com Tolerância, Virtude e Sabedoria,com a constante e livre investigação da Verdade, com o progresso do Conhecimento Humano, das Ciências e das Artes, sob a tríade - Liberdade, Igualdade e Fraternidade - dentro dos princípios da Razão e da Justiça, o mundo alcance a Felicidade Geral e a Paz Universal.
Desse enunciado, deduzem-se os seguintes corolários:
a. A Maçonaria proclama, desde a sua origem, a existência de um PRINCÍPIO CRIADOR, ao qual, em respeito a todas a religiões, denomina Grande Arquiteto do Universo;
b. A Maçonaria não impõe limites à livre investigação da Verdade e, para garantir essa liberdade, exige de todos a maior tolerância;
c. A Maçonaria é acessível aos homens de todas as classes, crenças religiosas e opiniões políticas, excetuando aquelas que privem o homem da liberdade de consciência, restrinjam os direitos e a dignidade da pessoa humana, ou que exijam submissão incondicional aos seus chefes, ou façam deles - direta ou indiretamente - instrumento de destruição, ou ainda, privem o homem da liberdade de manifestação do pensamento;
d. A Maçonaria Simbólica se divide em três Graus, universalmente Reconhecidos e adotados: Aprendiz, Companheiro e Mestre;
e. A Maçonaria, cujo objetivo é combater a ignorância em todas as suas Modalidades, constitui-se numa escola mútua, impondo o seguinte Programa:- obedecer às leis democráticas do País;- viver segundo os ditames da Honra;- praticar a Justiça;- amar ao Próximo;- trabalhar pela felicidade do Gênero Humano, até conseguir sua emancipação progressiva e pacífica.
f. A Maçonaria proíbe, expressamente, toda discussão religiosa-sectária ou político-partidária em seus Templos;
g. A Maçonaria adota o Livro da Lei, o Esquadro e o Compasso, como suas Três Grandes Luzes Emblemáticas. Durante os trabalhos, em Loja, deverão estar sempre sobre o Altar dos Juramentos, na forma determinada nos Rituais;
A par desta Definição de Princípios Fundamentais, e da declaração formal de aceitação dos Landmarks, codificados por Albert Gallatin Mackey, a Maçonaria proclama, também, os seguintes postulados:
I - Amar a Deus, à Pátria, à Família e à Humanidade;
II - Exigir de seus membros boa reputação moral, cívica, social e familiar, pugnando pelo aperfeiçoamento dos costumes;
III - Lutar pelo princípio da Eqüidade, dando a cada um o que for justo, de acordo com sua capacidade, obras e méritos;
IV - Combater o fanatismo e as paixões que acarretam o obscurantismo;
V - Praticar a Caridade e a Benemerência de modo sigiloso, sem humilhar o necessitado, incentivando o Solidarismo, o Mutualismo, o Cooperativismo, o Seguro Social e outros meios de Ação Social;
VI - Combater todos os vícios;
VII - Considerar o trabalho lícito e digno como dever primordial do Homem;
VIII - Defender os direitos e as garantias individuais;
IX - Exigir tolerância para com toda e qualquer forma de manifestação de consciência, de religião ou de filosofia, cujos objetivos sejam os de conquistar a Verdade, a Moral, a Paz e o Bem Estar Social;
X - Os ensinamentos maçônicos induzem seus adeptos a se dedicarem à felicidade dos seus semelhantes, não somente porque a Razão e a Moral lhes impõem tal obrigação, mas porque esse sentimento de solidariedade os fez Filhos Comuns do Universo e amigos de todos os Seres Humanos.
A Maçonaria é uma Ordem Universal, formada por homens de todas as raças, credos e nacionalidades, acolhidos por iniciação e congregados em Lojas, nas quais, por métodos ou meios racionais, auxiliados por símbolos e alegorias, estudam e trabalham para a construção de uma Sociedade Melhor.
É fundada no Amor Fraternal, na esperança de que com Amor a Deus, à Pátria, à Família e ao Próximo, com Tolerância, Virtude e Sabedoria,com a constante e livre investigação da Verdade, com o progresso do Conhecimento Humano, das Ciências e das Artes, sob a tríade - Liberdade, Igualdade e Fraternidade - dentro dos princípios da Razão e da Justiça, o mundo alcance a Felicidade Geral e a Paz Universal.
Desse enunciado, deduzem-se os seguintes corolários:
a. A Maçonaria proclama, desde a sua origem, a existência de um PRINCÍPIO CRIADOR, ao qual, em respeito a todas a religiões, denomina Grande Arquiteto do Universo;
b. A Maçonaria não impõe limites à livre investigação da Verdade e, para garantir essa liberdade, exige de todos a maior tolerância;
c. A Maçonaria é acessível aos homens de todas as classes, crenças religiosas e opiniões políticas, excetuando aquelas que privem o homem da liberdade de consciência, restrinjam os direitos e a dignidade da pessoa humana, ou que exijam submissão incondicional aos seus chefes, ou façam deles - direta ou indiretamente - instrumento de destruição, ou ainda, privem o homem da liberdade de manifestação do pensamento;
d. A Maçonaria Simbólica se divide em três Graus, universalmente Reconhecidos e adotados: Aprendiz, Companheiro e Mestre;
e. A Maçonaria, cujo objetivo é combater a ignorância em todas as suas Modalidades, constitui-se numa escola mútua, impondo o seguinte Programa:- obedecer às leis democráticas do País;- viver segundo os ditames da Honra;- praticar a Justiça;- amar ao Próximo;- trabalhar pela felicidade do Gênero Humano, até conseguir sua emancipação progressiva e pacífica.
f. A Maçonaria proíbe, expressamente, toda discussão religiosa-sectária ou político-partidária em seus Templos;
g. A Maçonaria adota o Livro da Lei, o Esquadro e o Compasso, como suas Três Grandes Luzes Emblemáticas. Durante os trabalhos, em Loja, deverão estar sempre sobre o Altar dos Juramentos, na forma determinada nos Rituais;
A par desta Definição de Princípios Fundamentais, e da declaração formal de aceitação dos Landmarks, codificados por Albert Gallatin Mackey, a Maçonaria proclama, também, os seguintes postulados:
I - Amar a Deus, à Pátria, à Família e à Humanidade;
II - Exigir de seus membros boa reputação moral, cívica, social e familiar, pugnando pelo aperfeiçoamento dos costumes;
III - Lutar pelo princípio da Eqüidade, dando a cada um o que for justo, de acordo com sua capacidade, obras e méritos;
IV - Combater o fanatismo e as paixões que acarretam o obscurantismo;
V - Praticar a Caridade e a Benemerência de modo sigiloso, sem humilhar o necessitado, incentivando o Solidarismo, o Mutualismo, o Cooperativismo, o Seguro Social e outros meios de Ação Social;
VI - Combater todos os vícios;
VII - Considerar o trabalho lícito e digno como dever primordial do Homem;
VIII - Defender os direitos e as garantias individuais;
IX - Exigir tolerância para com toda e qualquer forma de manifestação de consciência, de religião ou de filosofia, cujos objetivos sejam os de conquistar a Verdade, a Moral, a Paz e o Bem Estar Social;
X - Os ensinamentos maçônicos induzem seus adeptos a se dedicarem à felicidade dos seus semelhantes, não somente porque a Razão e a Moral lhes impõem tal obrigação, mas porque esse sentimento de solidariedade os fez Filhos Comuns do Universo e amigos de todos os Seres Humanos.
As origens da GEOMETRIA
A Geometria nasceu no Egito antigo pela necessidade de medir terras.
Os agricultores egípcios cultivavam as terras que ficavam nas margens do rio Nilo, dividias em lotes. Na época das chuvas, o Nilo transbordava alagando a terra e, quando voltava ao nível normal, deixava o solo fertilizado, ideal para a agricultura.
Como as marcas dos lotes eram carregadas a cada cheia, tornava-se necessário refazer as demarcações para que os lotes fossem redistribuídos aos agricultores.
Dessa forma, medindo e desenhando terrenos, os egípcios descobriram métodos e adquiriram conhecimentos que, depois, foram aprendidos pelos gregos. Foram os gregos que estudaram e desenvolveram esses conhecimentos, aos quais chamaram de Geometria, que significa “medida da terra” (geo=terra; metria=medida).
Usando apenas uma régua não-graduada e um compasso, Euclides fez as primeiras construções gráficas e descobriu muitas relações entre os elementos geométricos. Tais conhecimentos foram publicados em sua obra Elementos (Euclides, geômetra grego, viveu entre os séculos IV e III a. C. por volta de 300 a, C., lecionava em Alexandria, cidade que ficava ao norte da África, no Egito. Sua obra, os Elementos, é um conjunto de 13 volumes, nos quais sintetizou o conhecimento matemático da Grécia Antiga).
Tanto a Geometria como o Desenho Geométrico estudam figuras geométricas com seus conceitos e suas propriedades.
A Geometria relaciona figura com números (medidas). Os números são abstratos e pertencem ao campo das idéias.
O Desenho Geométrico relaciona as figuras com suas representações gráficas (desenhos). Os desenhos são concretos e pertencem ao campo das imagens.
O mundo das imagens virtuais ou gráficos está intimamente relacionado com o mundo das idéias.
Construir, significava para os gregos construir apenas com régua e compasso. No entanto o historiador Plutarco (46-120 d. C.) testemunha que a separação exigida por Platão (428-355 a. C.) entre a “mecânica e a geometria” tinha raízes profundas nas próprias concepções filosóficas do platonismo, que sublinhavam a diferença entre o que é objeto dos sentidos e o que é objeto da inteligência pura. Do ponto de vista matemático, a concepção grega de número real era inteiramente geométrica, a distinção entre construções com régua e compasso e construções mecânicas (amplamente utilizadas por eles) continha já um germe de classificação dos números reais, como ficaria claro séculos mais tarde.
Desde cedo, os gregos esbarraram na dificuldade de, somente com régua e compasso, duplicar o cubo, quadrar o círculo, tri-seccionar um ângulo e construir certos polígonos regulares. Logo perceberam que havia aí um problema, o que algumas pessoas até hoje não perceberam, confundindo construções aproximadas ou mecânicas com construções exatas com régua e compasso. Contudo, o instrumental matemático de que tais construções eram impossíveis só viria ocorrer no século XIX d. C.
Os agricultores egípcios cultivavam as terras que ficavam nas margens do rio Nilo, dividias em lotes. Na época das chuvas, o Nilo transbordava alagando a terra e, quando voltava ao nível normal, deixava o solo fertilizado, ideal para a agricultura.
Como as marcas dos lotes eram carregadas a cada cheia, tornava-se necessário refazer as demarcações para que os lotes fossem redistribuídos aos agricultores.
Dessa forma, medindo e desenhando terrenos, os egípcios descobriram métodos e adquiriram conhecimentos que, depois, foram aprendidos pelos gregos. Foram os gregos que estudaram e desenvolveram esses conhecimentos, aos quais chamaram de Geometria, que significa “medida da terra” (geo=terra; metria=medida).
Usando apenas uma régua não-graduada e um compasso, Euclides fez as primeiras construções gráficas e descobriu muitas relações entre os elementos geométricos. Tais conhecimentos foram publicados em sua obra Elementos (Euclides, geômetra grego, viveu entre os séculos IV e III a. C. por volta de 300 a, C., lecionava em Alexandria, cidade que ficava ao norte da África, no Egito. Sua obra, os Elementos, é um conjunto de 13 volumes, nos quais sintetizou o conhecimento matemático da Grécia Antiga).
Tanto a Geometria como o Desenho Geométrico estudam figuras geométricas com seus conceitos e suas propriedades.
A Geometria relaciona figura com números (medidas). Os números são abstratos e pertencem ao campo das idéias.
O Desenho Geométrico relaciona as figuras com suas representações gráficas (desenhos). Os desenhos são concretos e pertencem ao campo das imagens.
O mundo das imagens virtuais ou gráficos está intimamente relacionado com o mundo das idéias.
Construir, significava para os gregos construir apenas com régua e compasso. No entanto o historiador Plutarco (46-120 d. C.) testemunha que a separação exigida por Platão (428-355 a. C.) entre a “mecânica e a geometria” tinha raízes profundas nas próprias concepções filosóficas do platonismo, que sublinhavam a diferença entre o que é objeto dos sentidos e o que é objeto da inteligência pura. Do ponto de vista matemático, a concepção grega de número real era inteiramente geométrica, a distinção entre construções com régua e compasso e construções mecânicas (amplamente utilizadas por eles) continha já um germe de classificação dos números reais, como ficaria claro séculos mais tarde.
Desde cedo, os gregos esbarraram na dificuldade de, somente com régua e compasso, duplicar o cubo, quadrar o círculo, tri-seccionar um ângulo e construir certos polígonos regulares. Logo perceberam que havia aí um problema, o que algumas pessoas até hoje não perceberam, confundindo construções aproximadas ou mecânicas com construções exatas com régua e compasso. Contudo, o instrumental matemático de que tais construções eram impossíveis só viria ocorrer no século XIX d. C.
O Templo de Salomão, segundo o Antigo Testamento
O Rei Davi, da tribo de Judá, desejava construir uma casa para O Deus Jeová, onde a Arca da Aliança ficasse definitivamente guardada, ao invés de permanecer na tenda provisória ou tabernáculo, existente desde os dias de Moisés. Este desejo foi-lhe negado por Deus em virtude de ter derramado muito sangue em guerras. No entanto, isso seria permitido ao seu filho Salomão, cujo nome significa “paz”. Isto enfatizava a vontade divina de que a Casa de Deus fosse edificada em paz, por um homem de paz. (2Sm 7:1-16; 1Re 5:3-5; 8:17; 1Cr 17:1-14; 22:6-10).
Ele juntou 100.000 talentos de ouro, 1.000.000 de talentos de prata, e cobre e ferro em grande quantidade, além de contribuir com 3.000 talentos de ouro e 7.000 talentos de prata, da sua fortuna pessoal. Recebeu também como contribuições dos príncipes, ouro no valor de 5.000 talentos, 10.000 daricos e prata no valor de 10.000 talentos, bem como muito ferro e cobre. (1Cr 22:14; 29:3-7) Salomão não chegou a gastar a totalidade desta quantia na construção do templo, depositanto o excedente no tesouro do templo (1Re 7:51; 2Cr 5:1).
O Rei Salomão começou a construir o templo no quarto ano de seu reinado seguindo o plano arquitetônico transmitido por Davi, seu pai (1Re 6:1; 1Cr 28:11-19). O trabalho prosseguiu por sete anos. (1Re 6:37, 38) Em troca de trigo, cevada, azeite e vinho, Hiram ou Hirão, o rei de Tiro, forneceu madeira do Líbano e operários especializados em madeira e em pedra. Ao organizar o trabalho, Salomão convocou 30.000 homens de Israel, enviando-os ao Líbano em equipes de 10.000 a cada mês. Convocou 70.000 dentre os habitantes do país que não eram israelitas, para trabalharem como carregadores, e 80.000 como cortadores (1Re 5:15; 9:20, 21; 2Cr 2:2). Como responsáveis pelo serviço, Salomão nomeou 550 homens e, ao que parece, 3.300 como ajudantes. (1Re 5:16; 9:22, 23).
O templo tinha uma planta muito similar à tenda ou tabernáculo que anteriormente servia de centro da adoração ao Deus de Israel. A diferença residia nas dimensões internas do Santo e do Santo dos Santos ou Santíssimo, sendo maiores do que as do tabernáculo. O Santo tinha 40 côvados (17,8 m) de comprimento, 20 côvados (8,9 m) de largura e 30 côvados (13,4 m) de altura. (1Rs 6:2) O Santo dos Santos, ou Santíssimo, era um cubo de 20 côvados de lado. (1Re 6:20; 2Cr 3:8).
Os materiais aplicados foram essencialmente a pedra e a madeira. Os pisos foram revestidos a madeira de junípero (ou de cipreste segundo algumas traduções da Bíblia) e as paredes interiores eram de cedro entalhado com gravuras de querubins, palmeiras e flores. As paredes e o teto eram inteiramente revestidos de ouro. (1Re 6:15, 18, 21, 22, 29).
Após a construção do magnífico templo, a Arca da Aliança foi depositada no Santo dos Santos, a sala mais reservada do edifício. Foi pilhado várias vezes. Seria totalmente destruído por Nabucodonosor II da Babilónia, em 586 a.C., após dois anos de cerco a Jerusalém. O templo de Salomão durou 4 séculos. Os seus tesouros foram levados para a Babilónia e tinha assim início o período que se pode chamar de Babilônia na história judaica.
Décadas mais tarde, em 516 a.C., após o regresso de mais de 40.000 judeus foi iniciada a construção no mesmo local do Segundo Templo, o qual foi destruído no ano 70 d.C., pelos romanos, no seguimento da Grande Revolta Judaica.
Alguns afirmam que o atual Muro das Lamentações era parte da estrutura do templo de Salomão.
Salomão duplicou quase todas as medidas do Santuário provisório de Moisés.
Observe agora o templo de Salomão segundo o Antigo Testamento e a arte da época:
A construção do templo foi o grande sonho de Davi, que não pode de fato realizá-lo por haver estado sempre em guerra. Davi foi um guerreiro, nunca totalmente paz em seu reinado.
Fazendo uma aplicação espiritual de tudo que aconteceu com a construção do templo e o privilégio que tinha o povo em ter um belo e novo lugar de adoração, podemos dizer que: O templo não foi suficiente, mas porque? Bem, construir o templo tão esperado para um povo sedento foi maravilhoso, desde os anos de peregrinação no deserto os líderes do povo haviam desejado uma casa com presença permanente em seu meio. Acontece que construir um templo não era a coisa mais importante para Deus, Ele queria companheirismo (caminhar em seus estatutos), obediência (aceitar os seus decretos), justiça (guardar seus mandamentos).
Para Deus é importante que haja lugares onde rendam louvor a Ele, mas muito mais importante será se nossas vidas refletirem uma relação com ele em companheirismo, obediência e justiça.
Quando Salomão terminou o templo, pediu as bençãos de Deus com uma oração de dedicação (8:22-53). Em sua oração se encontram sete circunstâncias específicas quando o povo de Deus havia necessitado a ação misericordiosa dEle. Ao povo de Deus hoje se necessita da ajuda do Eterno quando há pecado que resulta em injustiça (v. 31-32), quando o povo se sente derrotado pelo inimigo (v. 33-34), quando o céu está fechado e não recebemos as bênçãos de Deus (v. 35-36), quando ocorre um desastre (v. 37-40), quando alguém que não é do povo de Deus se chega a seu templo (v. 41-43), quando o povo se prepara para a batalha (v. 44-45) e quando a desobediência aliena o povo de Deus (v. 46-51).
O grande rei Salomão se humilhou ao Eterno para pedir o perdão, o cuidado e as bençãos. Igualmente receberemos bençãos se nos humilharmos e o reconhecermos como o Senhor.
Após os sete anos de construção deste templo, depois de sua dedicação e comemoração com festa que durou 14 dias, as pessoas regressaram aos seus lugares alegres com as mesmas razões que nós sentimos quando terminamos um projeto em nossa igreja: o trabalho havia terminado, porque foi boa a obra e por ter sido uma benção.
Cada vez que terminamos um projeto para o Senhor, seja uma construção, alcance evangelístico ou outra coisa qualquer, devemos festejar as bençãos recebidas em todo o processo. Não o façamos sempre com festas, mas sim com coração regozijante com toda bondade que o Eterno nos tem dado.
Ele juntou 100.000 talentos de ouro, 1.000.000 de talentos de prata, e cobre e ferro em grande quantidade, além de contribuir com 3.000 talentos de ouro e 7.000 talentos de prata, da sua fortuna pessoal. Recebeu também como contribuições dos príncipes, ouro no valor de 5.000 talentos, 10.000 daricos e prata no valor de 10.000 talentos, bem como muito ferro e cobre. (1Cr 22:14; 29:3-7) Salomão não chegou a gastar a totalidade desta quantia na construção do templo, depositanto o excedente no tesouro do templo (1Re 7:51; 2Cr 5:1).
O Rei Salomão começou a construir o templo no quarto ano de seu reinado seguindo o plano arquitetônico transmitido por Davi, seu pai (1Re 6:1; 1Cr 28:11-19). O trabalho prosseguiu por sete anos. (1Re 6:37, 38) Em troca de trigo, cevada, azeite e vinho, Hiram ou Hirão, o rei de Tiro, forneceu madeira do Líbano e operários especializados em madeira e em pedra. Ao organizar o trabalho, Salomão convocou 30.000 homens de Israel, enviando-os ao Líbano em equipes de 10.000 a cada mês. Convocou 70.000 dentre os habitantes do país que não eram israelitas, para trabalharem como carregadores, e 80.000 como cortadores (1Re 5:15; 9:20, 21; 2Cr 2:2). Como responsáveis pelo serviço, Salomão nomeou 550 homens e, ao que parece, 3.300 como ajudantes. (1Re 5:16; 9:22, 23).
O templo tinha uma planta muito similar à tenda ou tabernáculo que anteriormente servia de centro da adoração ao Deus de Israel. A diferença residia nas dimensões internas do Santo e do Santo dos Santos ou Santíssimo, sendo maiores do que as do tabernáculo. O Santo tinha 40 côvados (17,8 m) de comprimento, 20 côvados (8,9 m) de largura e 30 côvados (13,4 m) de altura. (1Rs 6:2) O Santo dos Santos, ou Santíssimo, era um cubo de 20 côvados de lado. (1Re 6:20; 2Cr 3:8).
Os materiais aplicados foram essencialmente a pedra e a madeira. Os pisos foram revestidos a madeira de junípero (ou de cipreste segundo algumas traduções da Bíblia) e as paredes interiores eram de cedro entalhado com gravuras de querubins, palmeiras e flores. As paredes e o teto eram inteiramente revestidos de ouro. (1Re 6:15, 18, 21, 22, 29).
Após a construção do magnífico templo, a Arca da Aliança foi depositada no Santo dos Santos, a sala mais reservada do edifício. Foi pilhado várias vezes. Seria totalmente destruído por Nabucodonosor II da Babilónia, em 586 a.C., após dois anos de cerco a Jerusalém. O templo de Salomão durou 4 séculos. Os seus tesouros foram levados para a Babilónia e tinha assim início o período que se pode chamar de Babilônia na história judaica.
Décadas mais tarde, em 516 a.C., após o regresso de mais de 40.000 judeus foi iniciada a construção no mesmo local do Segundo Templo, o qual foi destruído no ano 70 d.C., pelos romanos, no seguimento da Grande Revolta Judaica.
Alguns afirmam que o atual Muro das Lamentações era parte da estrutura do templo de Salomão.
Salomão duplicou quase todas as medidas do Santuário provisório de Moisés.
Observe agora o templo de Salomão segundo o Antigo Testamento e a arte da época:
A construção do templo foi o grande sonho de Davi, que não pode de fato realizá-lo por haver estado sempre em guerra. Davi foi um guerreiro, nunca totalmente paz em seu reinado.
Fazendo uma aplicação espiritual de tudo que aconteceu com a construção do templo e o privilégio que tinha o povo em ter um belo e novo lugar de adoração, podemos dizer que: O templo não foi suficiente, mas porque? Bem, construir o templo tão esperado para um povo sedento foi maravilhoso, desde os anos de peregrinação no deserto os líderes do povo haviam desejado uma casa com presença permanente em seu meio. Acontece que construir um templo não era a coisa mais importante para Deus, Ele queria companheirismo (caminhar em seus estatutos), obediência (aceitar os seus decretos), justiça (guardar seus mandamentos).
Para Deus é importante que haja lugares onde rendam louvor a Ele, mas muito mais importante será se nossas vidas refletirem uma relação com ele em companheirismo, obediência e justiça.
Quando Salomão terminou o templo, pediu as bençãos de Deus com uma oração de dedicação (8:22-53). Em sua oração se encontram sete circunstâncias específicas quando o povo de Deus havia necessitado a ação misericordiosa dEle. Ao povo de Deus hoje se necessita da ajuda do Eterno quando há pecado que resulta em injustiça (v. 31-32), quando o povo se sente derrotado pelo inimigo (v. 33-34), quando o céu está fechado e não recebemos as bênçãos de Deus (v. 35-36), quando ocorre um desastre (v. 37-40), quando alguém que não é do povo de Deus se chega a seu templo (v. 41-43), quando o povo se prepara para a batalha (v. 44-45) e quando a desobediência aliena o povo de Deus (v. 46-51).
O grande rei Salomão se humilhou ao Eterno para pedir o perdão, o cuidado e as bençãos. Igualmente receberemos bençãos se nos humilharmos e o reconhecermos como o Senhor.
Após os sete anos de construção deste templo, depois de sua dedicação e comemoração com festa que durou 14 dias, as pessoas regressaram aos seus lugares alegres com as mesmas razões que nós sentimos quando terminamos um projeto em nossa igreja: o trabalho havia terminado, porque foi boa a obra e por ter sido uma benção.
Cada vez que terminamos um projeto para o Senhor, seja uma construção, alcance evangelístico ou outra coisa qualquer, devemos festejar as bençãos recebidas em todo o processo. Não o façamos sempre com festas, mas sim com coração regozijante com toda bondade que o Eterno nos tem dado.
Colunas Dórica , Jónica e Corinthia
A ordem dórica estende-se pelo Peloponeso e Sicília. A coluna é simples e maciça, pesada e desgraciosa. O fuste é robusto (sua altura correspondia a apenas 4 a 6 vezes o seu diâmetro na parte inferior) e assentavam diretamente no estilóbata. Os capitéis que rematavam os fustes em sua parte superior eram simples formas avolumadas semelhantes a almofadas, encimadas por ábacos retangulares sem qualquer decoração, que sustentavam uma arquitrave lisa e inteiriça. A arquitetura dórica é matemática e evoca a orgulhosa reserva, o vigor maciço e a severa simplicidade dos dórios.
A ordem jônica era mais delicada e ornamentada. Os fustes das colunas eram mais delgados (sua altura correspondia a entre oito e dez vezes seus diâmetros inferiores) e assentavam em bases elaboradas que consistiam em, pelo menos, duas partes convexas e uma parte côncava. Os capitéis jônicos descrevem uma curva em volutas, graciosos detalhes inspirados nas linhas hititas, assírias e outras formas orientais, e são encimados por um ábaco esculpido, sobre o qual assenta a arquitrave, frequentemente dividida em três faixas horizontais. Essa tríplice divisão reflete sutilmente os três degraus em que o templo está usualmente assentado. A arquitetura jônica é poesia. Identificava o poder expressivo, a flexibilidade, o sentimento, a elegância e o amor à delicadeza de detalhes típicos dos jônios.
No final do século V a. C., apareceu o capitel coríntio que foi bastante usado durante as épocas helenística e romana como uma forma alternativa ao capitel jônico, dentro de uma versão algo enriquecida da ordem jônica. Mais ou menos em 430 (segundo Vitrúvio) um escultor jônico, Calímaco, teve a atenção atraída por uma cesta votiva, coberta por uma telha, colocada por uma mulher sobre um túmulo; um pé de acanto silvestre crescera junto à sepultura e recobrira com sua folhagem a cesta e a telha; e o escultor tocado pela forma natural daquele conjunto, modificou os capitéis jônicos de um templo que estava construindo em Corinto, entremeando folhas de acanto pelas volutas.
A ordem jônica era mais delicada e ornamentada. Os fustes das colunas eram mais delgados (sua altura correspondia a entre oito e dez vezes seus diâmetros inferiores) e assentavam em bases elaboradas que consistiam em, pelo menos, duas partes convexas e uma parte côncava. Os capitéis jônicos descrevem uma curva em volutas, graciosos detalhes inspirados nas linhas hititas, assírias e outras formas orientais, e são encimados por um ábaco esculpido, sobre o qual assenta a arquitrave, frequentemente dividida em três faixas horizontais. Essa tríplice divisão reflete sutilmente os três degraus em que o templo está usualmente assentado. A arquitetura jônica é poesia. Identificava o poder expressivo, a flexibilidade, o sentimento, a elegância e o amor à delicadeza de detalhes típicos dos jônios.
No final do século V a. C., apareceu o capitel coríntio que foi bastante usado durante as épocas helenística e romana como uma forma alternativa ao capitel jônico, dentro de uma versão algo enriquecida da ordem jônica. Mais ou menos em 430 (segundo Vitrúvio) um escultor jônico, Calímaco, teve a atenção atraída por uma cesta votiva, coberta por uma telha, colocada por uma mulher sobre um túmulo; um pé de acanto silvestre crescera junto à sepultura e recobrira com sua folhagem a cesta e a telha; e o escultor tocado pela forma natural daquele conjunto, modificou os capitéis jônicos de um templo que estava construindo em Corinto, entremeando folhas de acanto pelas volutas.
Manuscritos Maçónicos
O POEMA RÉGIO – 1390
O descobridor desse raríssimo documento foi James O. Halliwell Phillips, antiquário e bibliotecário inglês, nascido em 1820 e falecido em 1889. Deve-se a esse profano, um imenso favor, um débito de eterna gratidão, pelo seu trabalho prestado a Ordem Maçônica, com a descoberta dos manuscritos do Poema Régio. Esse manuscrito estava erroneamente catalogado com o título de “Um Poema dos Deveres Morais”, o qual naquela época, não passava de uma constituição maçônica.
Este documento é datado de 1390, apenas quarenta e quatro anos após a fundação da primeira sociedade maçônica, estabelecida por Henry Yevelle, em 02 de fevereiro de 1356, em Londres. Depois da petição dos Irmãos Yavelle, esse é o mais antigo documento, até hoje conhecido. Ele ficou conhecido como “Poema Régio”, ou “Manuscrito Régio”, talvez por seus títulos estarem escritos em latim e em versos. Porém, em homenagem ao seu descobridor, tornou-se, também conhecido como “Manuscrito de Halliwell”.
Esse documento foi publicado em 1840, em uma brochura intitulada “On the introduction of Free Masonry in to England”.
O nome original do manuscrito, escrito em latim era: “Hic incipiunt Cosntitutiones Artis Geometriae secundum Euclidem” – “Aqui estão os princípios das Constituições da Arte da Geometria de Euclides”.
O Poema Regius possui uma parte manuscrita e composta de quinze estrofes, ou quinze itens iniciais. Tem também uma segunda parte que é composta de quinze artigos, em versos chamados de Artigos Constitucionais.
O original desse manuscrito está guardado no Museu Britânico.
O MANUSCRITO DE COOKE – 1410
O Manuscrito de Cooke é tido como o segundo documento maçônico mais antigo. Ele leva esse nome por ter sido descoberto em 1861, pelo Maçom e pesquisador inglês, Mathew Cooke.
Esse documento foi feito em prosa e não em verso.
Ele foi publicado com o seguinte título: “History of the Ancient and Honorable Fratenity of Free and Accepted Masons and Concordant Orders”, no ano de 1909.
Se o “Poema Régio” não possuía muita familiaridade com o sindicado dos pedreiros, fundado em 02 de fevereiro de 1356, na mesma Londres, onde este documento foi escrito, o Manuscrito de Cooke, avança um pouco mais nessa direção, embora embaçasse na “arca de Noé” e na “maçonaria antediluviana”, “diluviana” e “pós diluviana”, isto é, numa maçonaria noaquita que tem em Nemrod3, o seu Grão Mestre.
Nesse documento há um ponto curioso. Ele não é composto de um único documento e, sim, de dois. Embora os dois documentos versem, girem em torno de um mesmo assunto, eles tem partes truncadas cuja continuidade não existe. E o que é mais curioso, são as duas particularidades:
I – O texto contém uma invocação não cristã.
II – E a conclusão dos estudiosos de que o documento é composto de dois textos distintos.
O MANUSCRITO DE GRANDE LOJA4 – 1583
Nos Manuscritos da Grande Loja (de Londres) uma coincidência de relatos:
“Na construção da torre de babel, a maçonaria foi de grande importância. E o rei da Babilônia, Nemrod, era Maçom e amava a Ordem, como foi dito pelos Mestres da História. E então, a cidade de Nínive e outras grandes cidades do oriente foram construídas por eles. O rei Nemrod da Babilônia enviou 40 Maçons5, ao rei de Nínive, Assur, seu primo. Ele, deu um direcionamento aos seus homens. Incentivando-os a serem honestos, uns com os outros, leais em conjunto, serem fiéis ao seu rei e que o pagamento deles devia ser justo, equivalente ao trabalho executado. Que eles trabalhassem e respeitassem o rei. E foi a primeira vez que todo e qualquer Maçom, teve uma orientação de sua Ordem”.
Consta que esse manuscrito seja do ano de 1583, e é de propriedade da Grande Loja Unida da Inglaterra. Esse documento deve ser uma cópia mal feita, do manuscrito de Cooke. Só merece ser citado, pela sua “semelhança”, com o manuscrito já citado supra.
OS ESTATUTOS DE SCHAW – 1598
Antes da Grande Loja da Escócia6 ser fundada já existia muitas Lojas maçônicas naquela nação. E essas Lojas eram livres de quaisquer regulamentos ou regras, centralizadas, isto é, subordinadas as um poder central.
Em 28 de dezembro de 1598, William Schaw, do Burgo de Schawpark, publicou uma série de ordens, que ficaram conhecidas, como os Estatutos de Schaw. Ele fez isso em virtude de seu ofício, como Vigilante gera (Guardião), isto é, um oficial administrativo, indicado pela coroa real, com o título de “Mestre do Trabalho do Rei7”.
Segundo alguns historiadores, com esse “título”, ele presidia qualquer Loja, quando um dos Vigilantes estava ausente, ou temporariamente suspenso.
As funções desse Guardião Geral eram totalmente administrativas, tanto para as Lojas, como para uma associação oficial.
O Título de “Mestre Chefe dos Maçons” era para diferenciar-se do título de “Mestre Maçom do Rei8”.
A cópia principal dos Estatutos assinados por William Schaw está preservada no livro de atas da Loja Mary’s Chapel # 01 de Edimburgo.
O manuscrito foi feito a mão, e traz a assinatura de William Schaw.
O MANUSCRITO DE INIGO JONES – 1607
Inigo Jones é um personagem e um nome muito importante entre os construtores da Inglaterra, pois foi ele o autor da reconstrução de Londres, após o grande incêndio que devastou a cidade.
Inigo Jones nasceu em julho de 1573 e faleceu em 5 de julho de 1656. Inigo Jones, juntamente com Christopher Wren, são considerados como os maiores arquitetos que já se teve noticia em terra da Grã-Bretanha, em todas as épocas. Quase tudo que há de mais importante na arquitetura inglesa, está ligado a essas dois personagens. No reinado de James I, da Inglaterra, ele foi nomeado para ser professor da rainha e do príncipe Henry. A catedral de São Paulo, em Londres, é uma das muitas obras suas.
O manuscrito que leva seu nome, é datado de 1607. Esse manuscrito foi descoberto em 1879 e agora é propriedade da Grande Loja Provincial de Worcestershire.
O referido manuscrito gira em torno das “Sete Ciências ou Artes Liberais”, da antigüidade9.
O MANUSCRITO DE SLOANE – 1640/1700
Este manuscrito é totalmente diferente dos dois posteriormente publicados, do mesmo autor. É a suposta cópia do inicio de um ritual, incluindo um certo número de canções, já muito conhecidas pelos Maçons especialmente pelos Maçons europeus.
Há duas citações nesse manuscrito um tanto quanto curiosa. Ele menciona dois graus: o de companheiro (1670) e o de Mestre da Loja. Embora saibamos, documentalmente, que o Mestre da Loja, não era um grau e sim um cargo. Mas, o Mestre da Loja também é totalmente esotérico sem ser um grau. Esses dois figuram nas discussões do tempo, de espaço e de lugar, na origem dos graus. A questão mais séria sobre os graus referidos nesse manuscrito, é que o mesmo está sem data, ou alguma indicação de tempo, levando-se a suposição que os levam a estabelecer o espaço entre 1640/1700. Porém, só poderemos fazer suposições porque não há nenhuma evidência que possa abalizar uma certeza.
O MANUSCRITO DE SLOANE – 1646
Existem três manuscrito descobertos pelo senhor Hans Sloane, que levam seu nome. Dois deles são partes integrantes e importantes das chamadas Constituições Góticas10 e um é apenas um pedaço, um fragmento de um catecismo.
O manuscrito 3848 pode ser considerado uma cópia completa das Constituições Góticas. Sabe-seque essa documento foi escrito no dia 16 de outubro de 1646.
O MANUSCRITO DE SLOANE – 1659
Este outro manuscrito está encadernado num volume, onde constam diversos outros manuscritos, perfazendo um total de 328 páginas. No entanto, a parte maçônica do volume, consiste de três folhas, somente, escrita em um único lado da página e grafada com o título de “Freemasonry”. E essa é uma cópia completa do que se estabeleceu chamar-se “Constituições Góticas”. Essa cópia se assemelha muito com o manuscrito nº 3848, especialmente no que se refere a introdução,s e repete a ‘Lenda de Lamec” e seus quatro filhos, assim como uma determinada parte se fala sobre a construção do templo do Rei Salomão.
No 18º item desse manuscrito encontra-se um texto completamente diferente do item nº 18 do primeiro texto.
O MANUSCRITO DE KILWINNING – 1665
Esse manuscrito, também é conhecido pelo nome de “Edinburgh Kilwinning Manuscriptic”. Esse nome lhe é devido tendo em vista ser de propriedade da “Kilwinning Lodge” e faz parte de um livro dividido em quatro volumes, organizado pelo Irmão Muray Lion, historiador da Loja.
Esse documento segundo o referido Irmão foi escrito no ano de 1665.
O MANUSCRITO DE AITCHISON – HAVEN – 1666
Ao está outro documento que era ou é parte das Constituições Góticas, de propriedade da “Aitchison-Haven Lodge”, mas que atualmente faz parte do acervo da Grande Loja da Escócia.
O MANUSCRITO DE HARLEIAN – 1670
Esse documento é datado de 1670 e relata acontecimentos bíblicos.
O manuscrito de Harleain faz parte também das “Constituições Góticas”.
O MANUSCRITO DA LOJA ABERDEE # 01 – 1670
Essa Loja escocesa, durante anos foi considerada a nº 01 da Grande Loja da Escócia hoje, porém, através de estudos e profundas pesquisas, ela perdeu essa primazia e ostenta um irrelevante 34º lugar.
A verdadeira data de sua fundação ainda é desconhecida.
O MANUSCRITO DE MELROSE – 1674
Esse manuscrito, a exemplo do manuscrito de Alberdeen, também pertence ao acervo de uma outra Loja a “Melsrose Saint John Lodge” # 01 tida como a Loja mais antiga da Escócia.
O MANUSCRITO DE HARLEIAN – 1686
Também este segundo manuscrito, tem uma cópia incluída nas Constituições Góticas, assim como outros documentos deixados pelo terceiro conde Randle Holme, de Chester, na Inglaterra, todos descritos num catalogo, no Museu Britânico, em livro de folhas soltas, composto de alguns opúsculos e muitos trabalhos que estavam perdidos ou escondido pelos segundo conde Randle Holme e outros...e mesmo pelo terceiro Randle Holme.
Nele estava incluído “Cartas das Jornadas dos Entalhadores, Formeiros, Tecelões, Padeiros, Marceneiros, Ferreiros, Carpinteiros, etc, etc, etc”.
Nesse documento é relatado assuntos e fatos acontecidos em uma Loja, em Chester, onde Elias Ashmole poderia ter sido feito Maçom.
O MANUSCRITO “ANTIGUIDADE” – 1686
Eis mais um documento, que é um típico representante das Constituições Góticas. Esse documento em seu original, está num rolo de pergaminho. Nesse rolo de pergaminho estão gravadas as armas da cidade de Londres, assim como as da “Masonry Company of Londor”.
Esse documento trazia em seu bojo o seguinte:
“ 6 CHARGES GENERALL TO EVERY TRUE MASON BOTH MÁSTER & 15 CHARGES SINGLE FOR MASONS ALLOWED AND ACCEPTED”.
“SEIS DEVERES GERAIS PARA TODOS OS VERDADEIROS MESTRES E QUINZE DEVERES SÓ PARA OS MAÇONS ADMITIDOS E ACEITOS”.
O manuscrito termina seu relato assim:
“William Bray, homem livre de Londres e Franco Maçom e Robert Padget Cleark, escreveram para a Venerável Sociedade Real, no Segundo reinado de Sua Graça Soberano Rei James, o Segundo da Inglaterra, no Ano Domini de 1686”.
Uma ou todas as quatro Lojas que fundaram a Grande loja de Londres, não tinham, a época, o prestígio da Loja de Alnwick.
É fato concreto e comprovado que ela era a mais antiga das quatro, porém, não há nenhuma evidência, nenhum relato, que estabeleça sua idade correta. Suas atas foram preservadas a partir de 1701 até 1763. Porém, ela já existia há muito tempo a essa data. Mas, para todos os efeitos, sua antiguidade oficial, começa a partir de 1701.
Os registros deixados por essa Loja incluem um grande acervo de cópias das Constituições Góticas, conhecidas como Manuscritos de Alnwick, e as Regras de uma Loja, intitulada: “ORDERS TO BE OBSERVED BY COMPANY AND FELLOWSHIP OF FREEMASONS AT A LODGE HELD AT ALNWICK, SEPT, 29 1701, BEING THE GENTIL HEAD MEETING DAY”.
OS MANUSCRITOS “THE ENDIBURGH REGISTER HAUSE” – 1696
Entre os tantos manuscritos existentes e perdidos, os manuscritos do cartório de Registro da Cidade de Edinburgh, na Escócia são, para os estudos e estudiosos maçônicos, os mais importantes. Eles são em número de dois. Mas ambos de igual valor. O segundo desses manuscritos é conhecido, também, como o Manuscrito de Chetwode Crawley, sendo ambos de recente descoberta.
Os famosos manuscritos são assim denominados, tendo em vista terem sido encontrados, em 1930, num cartório de registro da antiga capital da Escócia, Edinburgh.
Esses dois documentos são talvez, os que possuem as mais fortes evidências sobre a existência de apenas dois graus11 (Aprendiz & Companheiro).
Embora, esses dois documentos não estabeleçam a data original, estudos e pesquisas feitos em laboratórios da Inglaterra, estima que o mesmo é do ano de 1596, para o “Edinburgh Register” e 1700 para o “Chetwode Crawley”.
Nesses documentos estão a origem das obrigações, inclusive o texto naquela época utilizado. Além da Obrigação, aparece também, pela primeira vez, o sistema de catecismo,, isto é, pergunta e resposta. Eles são marcos históricos atual e muito importantes na definição, na estruturação da Maçonaria atual.
O MANUSCRITO DE BOYDEN – 1700
Uma cópia do Manuscrito de Boyden, faz parte das Constituições Góticas.
O MANUSCRITO DA LOJA DE ALNWICK – 1701
Essa Loja da pequena Vila de Alnwick, em Newcastle, no norte da Inglaterra, é notável por ser uma Loja, entre as muitas da Inglaterra, conhecida por ter tido uma existência, por um considerável tempo, antes da organização da Grande Loja de Londres.
E para sorte dos historiadores, suas atas foram preservadas.
OS MANUSCRITOS DE YORK – (I, II, III, IV, V e VI) – 1704
Esses documentos são considerados como cópias básicas das Constituições Góticas.
São seis documentos originais, todavia, o de nº III, foi perdido e nunca mais encontrado. O de nº II e datado de 1704. O de nº IV é datado de 1693. O de nº V é datado de 1670. O de nº VI não é datado.
Os de nº II e VI foram descobertos pelo Irmão W. T. Hughan, nos arquivos da Grande Loja de Londres. Todos eles, inclusive o de nº III, foram publicados por Hughan, num livro intitulado: “Ancient York Masonic Rolls” - (Antiga Relação Maçônica de York), em 1894.
O manuscrito de nº IV tem provocado muita curiosidade tanto pela forma como pelo conteúdo. A exemplo do Poema Régio, ele foi escrito em latim. E estabelecia como se tomava o compromisso do candidato.
Afirma o referido manuscrito em uma arte de seu texto que tanto “Ele ou Ela, colocavam suas mãos sobre o Livro Sagrado”. Ele ou Ela? Então, mulheres também participavam ou participaram dos trabalhos maçônicos, em pé de igualdade, em algum momento da história da Maçonaria?
O pranteado e saudoso Irmão Assis Carvalho, o “Chico Trolha” afirma em um dos seus livros que a palavra em latim “ILLA” significa “Ela”. Porém, muitos autores inimigos da mulher na Maçonaria, afirmam que o termo está absolutamente epigrafado errado. Porque, afirmam eles, o autor, com certeza, quis escrever “ILLI”, que quer dizer “Eles”, como foi usado em outros manuscrito12s. Somos de parecer que esse assunto não foi devidamente esclarecido.
O MANUSCRITO DE PAPWORTH – 1714
O Manuscrito de Papworth, foi um dos últimos componentes das Constituições Góticas, a serem descobertas.
Estudos realizados a firmam que esse documento, devido o papel(pesquisado) não pode ser anterior ao ano de 1714, pois foi quando esse tipo de papel foi lançado no mercado inglês. O papel linha dágua, onde o documentos foi escrito, levava a marca G. H. (George Rex). Esse manuscrito, assim como os outros publicados por Hughan.
O MANUSCRITO DE BRISCOE – 1724
Foi o primeiro panfleto publicado em 1724 – a segunda edição foi publicada em 1725 – continha uma explanação de como o “Grande Segredo” da Maçonaria havia sido descobertos uma versão das Constituições Góticas e uma crítica a Constituição de James Anderson e ensinando numerosos sinais secretos, supostamente utilizados na Maçonaria daqueles tempos idos.
O panfleto manuscrito revelava uma descoberta acidental das cerimônias praticadas em diversas Lojas inglesas de então, sobre a admissão de um novo Irmão, como Maçom Livre e Aceito. Nele constavam ainda, as Obrigações, o Compromisso, o Estatuto, que eram oferecidos aos “Aceitos”, no dia de seu ingresso na Ordem.
O MANUSCRITO DE RAWLINSON13 – 1725
Esse manuscrito, como o de Papworth, foi um dos últimos a se incorporar as Constituições Góticas”
O MANUSCRITO DE COLE – 1726
O Manuscrito de Cole, também conhecido, atualmente, como Manuscrito de Spencer, consta que foi escrito ou copiado de outro documento, em 1725. Foi nesse documento que Benjamin Cole baseou-se para compilar o texto de sua Constituição entre 1728 e 1731.
Esse é mais um documento que enfatiza a maçonaria antidiluviana, especialmente sobre Lamec, suas esposas e seus filhos.
O MANUSCRITO DO REVERENDO DODD14 – 1739
Esse documento que não é bem um manuscrito é simplesmente uma Constituição publicada em um panfleto de vinte folhas, com o título de “The Beginning and the First Fundation of the most Worthy Craft Masonry; with the Charges there unto Belonging, by a Deceased Brother, for the Benefit of his Window, London; Printend for Mr’s Dodd at the Peacock Without Temple Bar, 1739, Price Six Perse”. - (O inicio da primeira e mais antiga Fundação da ordem Maçônica, com as Obrigações a ela inerentes, por motivo da norte do Irmão, em dar os Benefícios à Viúva. Impresso em Londres pelos Senhores Dodd e Peacock, em 1739, pelo preço de seis Perse.).
O descobridor desse raríssimo documento foi James O. Halliwell Phillips, antiquário e bibliotecário inglês, nascido em 1820 e falecido em 1889. Deve-se a esse profano, um imenso favor, um débito de eterna gratidão, pelo seu trabalho prestado a Ordem Maçônica, com a descoberta dos manuscritos do Poema Régio. Esse manuscrito estava erroneamente catalogado com o título de “Um Poema dos Deveres Morais”, o qual naquela época, não passava de uma constituição maçônica.
Este documento é datado de 1390, apenas quarenta e quatro anos após a fundação da primeira sociedade maçônica, estabelecida por Henry Yevelle, em 02 de fevereiro de 1356, em Londres. Depois da petição dos Irmãos Yavelle, esse é o mais antigo documento, até hoje conhecido. Ele ficou conhecido como “Poema Régio”, ou “Manuscrito Régio”, talvez por seus títulos estarem escritos em latim e em versos. Porém, em homenagem ao seu descobridor, tornou-se, também conhecido como “Manuscrito de Halliwell”.
Esse documento foi publicado em 1840, em uma brochura intitulada “On the introduction of Free Masonry in to England”.
O nome original do manuscrito, escrito em latim era: “Hic incipiunt Cosntitutiones Artis Geometriae secundum Euclidem” – “Aqui estão os princípios das Constituições da Arte da Geometria de Euclides”.
O Poema Regius possui uma parte manuscrita e composta de quinze estrofes, ou quinze itens iniciais. Tem também uma segunda parte que é composta de quinze artigos, em versos chamados de Artigos Constitucionais.
O original desse manuscrito está guardado no Museu Britânico.
O MANUSCRITO DE COOKE – 1410
O Manuscrito de Cooke é tido como o segundo documento maçônico mais antigo. Ele leva esse nome por ter sido descoberto em 1861, pelo Maçom e pesquisador inglês, Mathew Cooke.
Esse documento foi feito em prosa e não em verso.
Ele foi publicado com o seguinte título: “History of the Ancient and Honorable Fratenity of Free and Accepted Masons and Concordant Orders”, no ano de 1909.
Se o “Poema Régio” não possuía muita familiaridade com o sindicado dos pedreiros, fundado em 02 de fevereiro de 1356, na mesma Londres, onde este documento foi escrito, o Manuscrito de Cooke, avança um pouco mais nessa direção, embora embaçasse na “arca de Noé” e na “maçonaria antediluviana”, “diluviana” e “pós diluviana”, isto é, numa maçonaria noaquita que tem em Nemrod3, o seu Grão Mestre.
Nesse documento há um ponto curioso. Ele não é composto de um único documento e, sim, de dois. Embora os dois documentos versem, girem em torno de um mesmo assunto, eles tem partes truncadas cuja continuidade não existe. E o que é mais curioso, são as duas particularidades:
I – O texto contém uma invocação não cristã.
II – E a conclusão dos estudiosos de que o documento é composto de dois textos distintos.
O MANUSCRITO DE GRANDE LOJA4 – 1583
Nos Manuscritos da Grande Loja (de Londres) uma coincidência de relatos:
“Na construção da torre de babel, a maçonaria foi de grande importância. E o rei da Babilônia, Nemrod, era Maçom e amava a Ordem, como foi dito pelos Mestres da História. E então, a cidade de Nínive e outras grandes cidades do oriente foram construídas por eles. O rei Nemrod da Babilônia enviou 40 Maçons5, ao rei de Nínive, Assur, seu primo. Ele, deu um direcionamento aos seus homens. Incentivando-os a serem honestos, uns com os outros, leais em conjunto, serem fiéis ao seu rei e que o pagamento deles devia ser justo, equivalente ao trabalho executado. Que eles trabalhassem e respeitassem o rei. E foi a primeira vez que todo e qualquer Maçom, teve uma orientação de sua Ordem”.
Consta que esse manuscrito seja do ano de 1583, e é de propriedade da Grande Loja Unida da Inglaterra. Esse documento deve ser uma cópia mal feita, do manuscrito de Cooke. Só merece ser citado, pela sua “semelhança”, com o manuscrito já citado supra.
OS ESTATUTOS DE SCHAW – 1598
Antes da Grande Loja da Escócia6 ser fundada já existia muitas Lojas maçônicas naquela nação. E essas Lojas eram livres de quaisquer regulamentos ou regras, centralizadas, isto é, subordinadas as um poder central.
Em 28 de dezembro de 1598, William Schaw, do Burgo de Schawpark, publicou uma série de ordens, que ficaram conhecidas, como os Estatutos de Schaw. Ele fez isso em virtude de seu ofício, como Vigilante gera (Guardião), isto é, um oficial administrativo, indicado pela coroa real, com o título de “Mestre do Trabalho do Rei7”.
Segundo alguns historiadores, com esse “título”, ele presidia qualquer Loja, quando um dos Vigilantes estava ausente, ou temporariamente suspenso.
As funções desse Guardião Geral eram totalmente administrativas, tanto para as Lojas, como para uma associação oficial.
O Título de “Mestre Chefe dos Maçons” era para diferenciar-se do título de “Mestre Maçom do Rei8”.
A cópia principal dos Estatutos assinados por William Schaw está preservada no livro de atas da Loja Mary’s Chapel # 01 de Edimburgo.
O manuscrito foi feito a mão, e traz a assinatura de William Schaw.
O MANUSCRITO DE INIGO JONES – 1607
Inigo Jones é um personagem e um nome muito importante entre os construtores da Inglaterra, pois foi ele o autor da reconstrução de Londres, após o grande incêndio que devastou a cidade.
Inigo Jones nasceu em julho de 1573 e faleceu em 5 de julho de 1656. Inigo Jones, juntamente com Christopher Wren, são considerados como os maiores arquitetos que já se teve noticia em terra da Grã-Bretanha, em todas as épocas. Quase tudo que há de mais importante na arquitetura inglesa, está ligado a essas dois personagens. No reinado de James I, da Inglaterra, ele foi nomeado para ser professor da rainha e do príncipe Henry. A catedral de São Paulo, em Londres, é uma das muitas obras suas.
O manuscrito que leva seu nome, é datado de 1607. Esse manuscrito foi descoberto em 1879 e agora é propriedade da Grande Loja Provincial de Worcestershire.
O referido manuscrito gira em torno das “Sete Ciências ou Artes Liberais”, da antigüidade9.
O MANUSCRITO DE SLOANE – 1640/1700
Este manuscrito é totalmente diferente dos dois posteriormente publicados, do mesmo autor. É a suposta cópia do inicio de um ritual, incluindo um certo número de canções, já muito conhecidas pelos Maçons especialmente pelos Maçons europeus.
Há duas citações nesse manuscrito um tanto quanto curiosa. Ele menciona dois graus: o de companheiro (1670) e o de Mestre da Loja. Embora saibamos, documentalmente, que o Mestre da Loja, não era um grau e sim um cargo. Mas, o Mestre da Loja também é totalmente esotérico sem ser um grau. Esses dois figuram nas discussões do tempo, de espaço e de lugar, na origem dos graus. A questão mais séria sobre os graus referidos nesse manuscrito, é que o mesmo está sem data, ou alguma indicação de tempo, levando-se a suposição que os levam a estabelecer o espaço entre 1640/1700. Porém, só poderemos fazer suposições porque não há nenhuma evidência que possa abalizar uma certeza.
O MANUSCRITO DE SLOANE – 1646
Existem três manuscrito descobertos pelo senhor Hans Sloane, que levam seu nome. Dois deles são partes integrantes e importantes das chamadas Constituições Góticas10 e um é apenas um pedaço, um fragmento de um catecismo.
O manuscrito 3848 pode ser considerado uma cópia completa das Constituições Góticas. Sabe-seque essa documento foi escrito no dia 16 de outubro de 1646.
O MANUSCRITO DE SLOANE – 1659
Este outro manuscrito está encadernado num volume, onde constam diversos outros manuscritos, perfazendo um total de 328 páginas. No entanto, a parte maçônica do volume, consiste de três folhas, somente, escrita em um único lado da página e grafada com o título de “Freemasonry”. E essa é uma cópia completa do que se estabeleceu chamar-se “Constituições Góticas”. Essa cópia se assemelha muito com o manuscrito nº 3848, especialmente no que se refere a introdução,s e repete a ‘Lenda de Lamec” e seus quatro filhos, assim como uma determinada parte se fala sobre a construção do templo do Rei Salomão.
No 18º item desse manuscrito encontra-se um texto completamente diferente do item nº 18 do primeiro texto.
O MANUSCRITO DE KILWINNING – 1665
Esse manuscrito, também é conhecido pelo nome de “Edinburgh Kilwinning Manuscriptic”. Esse nome lhe é devido tendo em vista ser de propriedade da “Kilwinning Lodge” e faz parte de um livro dividido em quatro volumes, organizado pelo Irmão Muray Lion, historiador da Loja.
Esse documento segundo o referido Irmão foi escrito no ano de 1665.
O MANUSCRITO DE AITCHISON – HAVEN – 1666
Ao está outro documento que era ou é parte das Constituições Góticas, de propriedade da “Aitchison-Haven Lodge”, mas que atualmente faz parte do acervo da Grande Loja da Escócia.
O MANUSCRITO DE HARLEIAN – 1670
Esse documento é datado de 1670 e relata acontecimentos bíblicos.
O manuscrito de Harleain faz parte também das “Constituições Góticas”.
O MANUSCRITO DA LOJA ABERDEE # 01 – 1670
Essa Loja escocesa, durante anos foi considerada a nº 01 da Grande Loja da Escócia hoje, porém, através de estudos e profundas pesquisas, ela perdeu essa primazia e ostenta um irrelevante 34º lugar.
A verdadeira data de sua fundação ainda é desconhecida.
O MANUSCRITO DE MELROSE – 1674
Esse manuscrito, a exemplo do manuscrito de Alberdeen, também pertence ao acervo de uma outra Loja a “Melsrose Saint John Lodge” # 01 tida como a Loja mais antiga da Escócia.
O MANUSCRITO DE HARLEIAN – 1686
Também este segundo manuscrito, tem uma cópia incluída nas Constituições Góticas, assim como outros documentos deixados pelo terceiro conde Randle Holme, de Chester, na Inglaterra, todos descritos num catalogo, no Museu Britânico, em livro de folhas soltas, composto de alguns opúsculos e muitos trabalhos que estavam perdidos ou escondido pelos segundo conde Randle Holme e outros...e mesmo pelo terceiro Randle Holme.
Nele estava incluído “Cartas das Jornadas dos Entalhadores, Formeiros, Tecelões, Padeiros, Marceneiros, Ferreiros, Carpinteiros, etc, etc, etc”.
Nesse documento é relatado assuntos e fatos acontecidos em uma Loja, em Chester, onde Elias Ashmole poderia ter sido feito Maçom.
O MANUSCRITO “ANTIGUIDADE” – 1686
Eis mais um documento, que é um típico representante das Constituições Góticas. Esse documento em seu original, está num rolo de pergaminho. Nesse rolo de pergaminho estão gravadas as armas da cidade de Londres, assim como as da “Masonry Company of Londor”.
Esse documento trazia em seu bojo o seguinte:
“ 6 CHARGES GENERALL TO EVERY TRUE MASON BOTH MÁSTER & 15 CHARGES SINGLE FOR MASONS ALLOWED AND ACCEPTED”.
“SEIS DEVERES GERAIS PARA TODOS OS VERDADEIROS MESTRES E QUINZE DEVERES SÓ PARA OS MAÇONS ADMITIDOS E ACEITOS”.
O manuscrito termina seu relato assim:
“William Bray, homem livre de Londres e Franco Maçom e Robert Padget Cleark, escreveram para a Venerável Sociedade Real, no Segundo reinado de Sua Graça Soberano Rei James, o Segundo da Inglaterra, no Ano Domini de 1686”.
Uma ou todas as quatro Lojas que fundaram a Grande loja de Londres, não tinham, a época, o prestígio da Loja de Alnwick.
É fato concreto e comprovado que ela era a mais antiga das quatro, porém, não há nenhuma evidência, nenhum relato, que estabeleça sua idade correta. Suas atas foram preservadas a partir de 1701 até 1763. Porém, ela já existia há muito tempo a essa data. Mas, para todos os efeitos, sua antiguidade oficial, começa a partir de 1701.
Os registros deixados por essa Loja incluem um grande acervo de cópias das Constituições Góticas, conhecidas como Manuscritos de Alnwick, e as Regras de uma Loja, intitulada: “ORDERS TO BE OBSERVED BY COMPANY AND FELLOWSHIP OF FREEMASONS AT A LODGE HELD AT ALNWICK, SEPT, 29 1701, BEING THE GENTIL HEAD MEETING DAY”.
OS MANUSCRITOS “THE ENDIBURGH REGISTER HAUSE” – 1696
Entre os tantos manuscritos existentes e perdidos, os manuscritos do cartório de Registro da Cidade de Edinburgh, na Escócia são, para os estudos e estudiosos maçônicos, os mais importantes. Eles são em número de dois. Mas ambos de igual valor. O segundo desses manuscritos é conhecido, também, como o Manuscrito de Chetwode Crawley, sendo ambos de recente descoberta.
Os famosos manuscritos são assim denominados, tendo em vista terem sido encontrados, em 1930, num cartório de registro da antiga capital da Escócia, Edinburgh.
Esses dois documentos são talvez, os que possuem as mais fortes evidências sobre a existência de apenas dois graus11 (Aprendiz & Companheiro).
Embora, esses dois documentos não estabeleçam a data original, estudos e pesquisas feitos em laboratórios da Inglaterra, estima que o mesmo é do ano de 1596, para o “Edinburgh Register” e 1700 para o “Chetwode Crawley”.
Nesses documentos estão a origem das obrigações, inclusive o texto naquela época utilizado. Além da Obrigação, aparece também, pela primeira vez, o sistema de catecismo,, isto é, pergunta e resposta. Eles são marcos históricos atual e muito importantes na definição, na estruturação da Maçonaria atual.
O MANUSCRITO DE BOYDEN – 1700
Uma cópia do Manuscrito de Boyden, faz parte das Constituições Góticas.
O MANUSCRITO DA LOJA DE ALNWICK – 1701
Essa Loja da pequena Vila de Alnwick, em Newcastle, no norte da Inglaterra, é notável por ser uma Loja, entre as muitas da Inglaterra, conhecida por ter tido uma existência, por um considerável tempo, antes da organização da Grande Loja de Londres.
E para sorte dos historiadores, suas atas foram preservadas.
OS MANUSCRITOS DE YORK – (I, II, III, IV, V e VI) – 1704
Esses documentos são considerados como cópias básicas das Constituições Góticas.
São seis documentos originais, todavia, o de nº III, foi perdido e nunca mais encontrado. O de nº II e datado de 1704. O de nº IV é datado de 1693. O de nº V é datado de 1670. O de nº VI não é datado.
Os de nº II e VI foram descobertos pelo Irmão W. T. Hughan, nos arquivos da Grande Loja de Londres. Todos eles, inclusive o de nº III, foram publicados por Hughan, num livro intitulado: “Ancient York Masonic Rolls” - (Antiga Relação Maçônica de York), em 1894.
O manuscrito de nº IV tem provocado muita curiosidade tanto pela forma como pelo conteúdo. A exemplo do Poema Régio, ele foi escrito em latim. E estabelecia como se tomava o compromisso do candidato.
Afirma o referido manuscrito em uma arte de seu texto que tanto “Ele ou Ela, colocavam suas mãos sobre o Livro Sagrado”. Ele ou Ela? Então, mulheres também participavam ou participaram dos trabalhos maçônicos, em pé de igualdade, em algum momento da história da Maçonaria?
O pranteado e saudoso Irmão Assis Carvalho, o “Chico Trolha” afirma em um dos seus livros que a palavra em latim “ILLA” significa “Ela”. Porém, muitos autores inimigos da mulher na Maçonaria, afirmam que o termo está absolutamente epigrafado errado. Porque, afirmam eles, o autor, com certeza, quis escrever “ILLI”, que quer dizer “Eles”, como foi usado em outros manuscrito12s. Somos de parecer que esse assunto não foi devidamente esclarecido.
O MANUSCRITO DE PAPWORTH – 1714
O Manuscrito de Papworth, foi um dos últimos componentes das Constituições Góticas, a serem descobertas.
Estudos realizados a firmam que esse documento, devido o papel(pesquisado) não pode ser anterior ao ano de 1714, pois foi quando esse tipo de papel foi lançado no mercado inglês. O papel linha dágua, onde o documentos foi escrito, levava a marca G. H. (George Rex). Esse manuscrito, assim como os outros publicados por Hughan.
O MANUSCRITO DE BRISCOE – 1724
Foi o primeiro panfleto publicado em 1724 – a segunda edição foi publicada em 1725 – continha uma explanação de como o “Grande Segredo” da Maçonaria havia sido descobertos uma versão das Constituições Góticas e uma crítica a Constituição de James Anderson e ensinando numerosos sinais secretos, supostamente utilizados na Maçonaria daqueles tempos idos.
O panfleto manuscrito revelava uma descoberta acidental das cerimônias praticadas em diversas Lojas inglesas de então, sobre a admissão de um novo Irmão, como Maçom Livre e Aceito. Nele constavam ainda, as Obrigações, o Compromisso, o Estatuto, que eram oferecidos aos “Aceitos”, no dia de seu ingresso na Ordem.
O MANUSCRITO DE RAWLINSON13 – 1725
Esse manuscrito, como o de Papworth, foi um dos últimos a se incorporar as Constituições Góticas”
O MANUSCRITO DE COLE – 1726
O Manuscrito de Cole, também conhecido, atualmente, como Manuscrito de Spencer, consta que foi escrito ou copiado de outro documento, em 1725. Foi nesse documento que Benjamin Cole baseou-se para compilar o texto de sua Constituição entre 1728 e 1731.
Esse é mais um documento que enfatiza a maçonaria antidiluviana, especialmente sobre Lamec, suas esposas e seus filhos.
O MANUSCRITO DO REVERENDO DODD14 – 1739
Esse documento que não é bem um manuscrito é simplesmente uma Constituição publicada em um panfleto de vinte folhas, com o título de “The Beginning and the First Fundation of the most Worthy Craft Masonry; with the Charges there unto Belonging, by a Deceased Brother, for the Benefit of his Window, London; Printend for Mr’s Dodd at the Peacock Without Temple Bar, 1739, Price Six Perse”. - (O inicio da primeira e mais antiga Fundação da ordem Maçônica, com as Obrigações a ela inerentes, por motivo da norte do Irmão, em dar os Benefícios à Viúva. Impresso em Londres pelos Senhores Dodd e Peacock, em 1739, pelo preço de seis Perse.).
sexta-feira, 21 de agosto de 2009
Silêncio
SILÊNCIO
Platão disse uma vez aos seus discípulos: “Os homens e os vasos de terracota se conhecem do mesmo modo: os vasos, quando tocados, têm sons diferentes; os homens se distinguem facilmente pelo seu modo de falar”.
Na etimologia da palavra, silêncio vem de silentium, de silens (silere) que significa estar em repouso, tranqüilidade, descanso.
O pensamento do filósofo Iniciado oferece-nos uma excelente oportunidade para uma profunda reflexão. Nem sempre nos damos conta de como nos tornamos prisioneiros das palavras que proferimos. Por serem expressão do nosso pensamento, por traduzirem as idéias e os sentimentos, as palavras se tornam um centro emissor de vibrações, tanto positivas quanto negativas. A palavra é o elemento que identifica o Homem e é a síntese de todas as forças vitais; é o elemento que interliga todos os planos, do mais denso ao mais sutil. A palavra está intimamente ligada ao silêncio, outra sublime expressão da psique humana. No mundo profano a palavra - falada ou escrita - é usada indiscriminada e abusivamente. O Homem Utiliza a palavra por vezes como uma lança. A as palavras ofendem , humilham, magoam e denigrem a honra do próximo. Infelizmente por vezes “abusa-se” do uso das palavras, não só no mundo profano como também no Mundo Maçônico. Tal situação é inconcebível em um Irmão Maçom, pois no estudo dos símbolos ele aprende a refletir sobre o conteúdo oculto das palavras que, em última análise, refletem a essência interior do ser humano. Não é por acaso que a Ordem Maçônica reserva o silêncio aos seus membros, de acordo, aliás, com uma tradição Messiânica e mais recentemente Pitagórica. A Escola Iniciática de Pitágoras tinha um sistema de três graus: o de Preparação, o de Purificação e o de Perfeição. O neófito no grau de Preparação, equivalente ao grau maçônico de Aprendiz, era proibido de falar; era só ouvinte e cumpria um período de observação de três anos, durante o qual a regra era calar e meditar (pensar) no que ouvia. No grau de Purificação, equivalente ao de Companheiro Maçom, o silêncio prolongava-se por mais dois anos, adquirindo este Irmão o direito de ouvir as palestras do Mestre. Assim, para atingir o grau de Perfeição, equivalente ao de Mestre Maçom, quando então os Irmãos podiam fazer uso da palavra, era necessário praticar o silêncio durante cinco anos. Nas reuniões maçônicas, sem dúvida, constitui uma prova de sabedoria saber ouvir e manter o silêncio. Chílon, um sábio da Grécia Antiga, quando questionado sobre qual a virtude mais difícil de praticar, respondia: “calar”. No mundo maçônico, a dimensão da palavra falada e escrita não é diferente. Ao entrar em nossa Sublime Instituição encontramos, na ritualística, referências à sacralidade da palavra que, como meio de expressão dos pensamentos e dos sentimentos, deve ser sempre doseada, moderada, e deve espelhar o equilíbrio interno do orador. Em nossa Ordem, a palavra deve ser usada com ponderação e cautela empregada com um sentido de ensinamento e orientada apenas aquele que a consegue escutar. O silêncio, a meditação e o raciocínio, são a única via que leva à libertação das paixões. Além de exercitar a autodisciplina, em seu silêncio o Maçom apreende com muito maior intensidade tudo o que ouve e tudo o que vê. Assim, a voz do Irmão que se mantém em silêncio é a sua voz interior, quando ele dialoga consigo mesmo e, neste diálogo, analisa, critica, tira suas próprias conclusões e aprimora o seu caráter. Em suma, pelo silêncio, a Maçonaria estimula os Irmãos a desenvolver a arte de pensar, a verdadeira e nobre Arte Real...
O silêncio absoluto já não está conectado ao tempo; está para além dele.
A música nasce do silêncio e retorna ao mesmo. Existe um silêncio antes e depois, como o nascimento e a morte. O silêncio inicial é uma promessa ou ameaça. O silêncio terminal designa talvez o nada ao qual a vida retorna. O silêncio é ele mesmo Iniciação .
O silêncio é indispensável e decisivo no processo de lapidação da Pedra Bruta e no aperfeiçoamento do seu Templo Interior. Ao Bater três vezes á porta do Templo , trazendo consigo a liberdade total de expressão, sem as restrições que lhe impõem a moral e a razão, o novo Maçom aprende a controlar os seus impulsos, pela prática Messiânica do silêncio. Assim ele aprimora o seu caráter e prepara-se para ser um líder, numa sociedade na qual prevaleçam a Liberdade responsável, a Igualdade de oportunidades e a Fraternidade solidária.
Para os egípcios o poder do silêncio vai mais longe, personificando este em um Deus – Harpocrates, tornando assim a omissão da “palavra” num acto Poderoso de veneração poder e respeito.
Harpocrates è retratado sendo amamentado por Ísis ou por Hátor. Ambas amamentaram-no e criaram-no justamente para que pudesse vingar-se de seu tio Seth, o rei mau do Alto Egito que matara seu pai Osíris.
Também podia ser identificado com o deus-Sol que renascia a cada manhã, dissipando as trevas, sendo, então, mostrado a emergir de uma flor de lótus que flutua sobre as águas celestiais. Ele simbolizava o incessante renovar da vida, a eterna juventude, tudo aquilo que perpetuamente renasce devido às alternâncias da vida e da morte.
Num período mais tardio (c. 712 a 332 a.C.), essa divindade tornou-se bastante popular e aparecia representada como uma criança nua em pé sobre um crocodilo, tendo nas mãos cobras e escorpiões. Ficou, então, conhecido como um deus com poder de curar as pessoas que tivessem sido mordidas por cobras ou picadas por escorpiões. Ainda podia personificar segundo alguns autores, os germens que começam a brotar, já que seu pai era uma divindade agrária, ou o Sol debilitado do inverno. Entretanto, Plutarco afirma: Não se deve imaginar que Harpócrates seja um deus imperfeito em estado de infância, nem grão que germina. Assenta melhor considerá-lo como o que retifica e corrige as opiniões irreflexivas, imperfeitas e truncadas no concernente aos deuses, e tão difundidas entre os homens. Por isso, e como símbolo de discrição e silêncio, esse deus aplica o dedo sobre os lábios.
Se usares da palavra, faz com o coração, em silêncio...
Desaprendemos o valor do silêncio e fazemos de tudo para preenchê-lo – nem que seja com discursos vazios. Ter discernimento ao falar e aprender a calar são,mais que uma meta, um caminho para a paz interior.
Tenho dito
Platão disse uma vez aos seus discípulos: “Os homens e os vasos de terracota se conhecem do mesmo modo: os vasos, quando tocados, têm sons diferentes; os homens se distinguem facilmente pelo seu modo de falar”.
Na etimologia da palavra, silêncio vem de silentium, de silens (silere) que significa estar em repouso, tranqüilidade, descanso.
O pensamento do filósofo Iniciado oferece-nos uma excelente oportunidade para uma profunda reflexão. Nem sempre nos damos conta de como nos tornamos prisioneiros das palavras que proferimos. Por serem expressão do nosso pensamento, por traduzirem as idéias e os sentimentos, as palavras se tornam um centro emissor de vibrações, tanto positivas quanto negativas. A palavra é o elemento que identifica o Homem e é a síntese de todas as forças vitais; é o elemento que interliga todos os planos, do mais denso ao mais sutil. A palavra está intimamente ligada ao silêncio, outra sublime expressão da psique humana. No mundo profano a palavra - falada ou escrita - é usada indiscriminada e abusivamente. O Homem Utiliza a palavra por vezes como uma lança. A as palavras ofendem , humilham, magoam e denigrem a honra do próximo. Infelizmente por vezes “abusa-se” do uso das palavras, não só no mundo profano como também no Mundo Maçônico. Tal situação é inconcebível em um Irmão Maçom, pois no estudo dos símbolos ele aprende a refletir sobre o conteúdo oculto das palavras que, em última análise, refletem a essência interior do ser humano. Não é por acaso que a Ordem Maçônica reserva o silêncio aos seus membros, de acordo, aliás, com uma tradição Messiânica e mais recentemente Pitagórica. A Escola Iniciática de Pitágoras tinha um sistema de três graus: o de Preparação, o de Purificação e o de Perfeição. O neófito no grau de Preparação, equivalente ao grau maçônico de Aprendiz, era proibido de falar; era só ouvinte e cumpria um período de observação de três anos, durante o qual a regra era calar e meditar (pensar) no que ouvia. No grau de Purificação, equivalente ao de Companheiro Maçom, o silêncio prolongava-se por mais dois anos, adquirindo este Irmão o direito de ouvir as palestras do Mestre. Assim, para atingir o grau de Perfeição, equivalente ao de Mestre Maçom, quando então os Irmãos podiam fazer uso da palavra, era necessário praticar o silêncio durante cinco anos. Nas reuniões maçônicas, sem dúvida, constitui uma prova de sabedoria saber ouvir e manter o silêncio. Chílon, um sábio da Grécia Antiga, quando questionado sobre qual a virtude mais difícil de praticar, respondia: “calar”. No mundo maçônico, a dimensão da palavra falada e escrita não é diferente. Ao entrar em nossa Sublime Instituição encontramos, na ritualística, referências à sacralidade da palavra que, como meio de expressão dos pensamentos e dos sentimentos, deve ser sempre doseada, moderada, e deve espelhar o equilíbrio interno do orador. Em nossa Ordem, a palavra deve ser usada com ponderação e cautela empregada com um sentido de ensinamento e orientada apenas aquele que a consegue escutar. O silêncio, a meditação e o raciocínio, são a única via que leva à libertação das paixões. Além de exercitar a autodisciplina, em seu silêncio o Maçom apreende com muito maior intensidade tudo o que ouve e tudo o que vê. Assim, a voz do Irmão que se mantém em silêncio é a sua voz interior, quando ele dialoga consigo mesmo e, neste diálogo, analisa, critica, tira suas próprias conclusões e aprimora o seu caráter. Em suma, pelo silêncio, a Maçonaria estimula os Irmãos a desenvolver a arte de pensar, a verdadeira e nobre Arte Real...
O silêncio absoluto já não está conectado ao tempo; está para além dele.
A música nasce do silêncio e retorna ao mesmo. Existe um silêncio antes e depois, como o nascimento e a morte. O silêncio inicial é uma promessa ou ameaça. O silêncio terminal designa talvez o nada ao qual a vida retorna. O silêncio é ele mesmo Iniciação .
O silêncio é indispensável e decisivo no processo de lapidação da Pedra Bruta e no aperfeiçoamento do seu Templo Interior. Ao Bater três vezes á porta do Templo , trazendo consigo a liberdade total de expressão, sem as restrições que lhe impõem a moral e a razão, o novo Maçom aprende a controlar os seus impulsos, pela prática Messiânica do silêncio. Assim ele aprimora o seu caráter e prepara-se para ser um líder, numa sociedade na qual prevaleçam a Liberdade responsável, a Igualdade de oportunidades e a Fraternidade solidária.
Para os egípcios o poder do silêncio vai mais longe, personificando este em um Deus – Harpocrates, tornando assim a omissão da “palavra” num acto Poderoso de veneração poder e respeito.
Harpocrates è retratado sendo amamentado por Ísis ou por Hátor. Ambas amamentaram-no e criaram-no justamente para que pudesse vingar-se de seu tio Seth, o rei mau do Alto Egito que matara seu pai Osíris.
Também podia ser identificado com o deus-Sol que renascia a cada manhã, dissipando as trevas, sendo, então, mostrado a emergir de uma flor de lótus que flutua sobre as águas celestiais. Ele simbolizava o incessante renovar da vida, a eterna juventude, tudo aquilo que perpetuamente renasce devido às alternâncias da vida e da morte.
Num período mais tardio (c. 712 a 332 a.C.), essa divindade tornou-se bastante popular e aparecia representada como uma criança nua em pé sobre um crocodilo, tendo nas mãos cobras e escorpiões. Ficou, então, conhecido como um deus com poder de curar as pessoas que tivessem sido mordidas por cobras ou picadas por escorpiões. Ainda podia personificar segundo alguns autores, os germens que começam a brotar, já que seu pai era uma divindade agrária, ou o Sol debilitado do inverno. Entretanto, Plutarco afirma: Não se deve imaginar que Harpócrates seja um deus imperfeito em estado de infância, nem grão que germina. Assenta melhor considerá-lo como o que retifica e corrige as opiniões irreflexivas, imperfeitas e truncadas no concernente aos deuses, e tão difundidas entre os homens. Por isso, e como símbolo de discrição e silêncio, esse deus aplica o dedo sobre os lábios.
Se usares da palavra, faz com o coração, em silêncio...
Desaprendemos o valor do silêncio e fazemos de tudo para preenchê-lo – nem que seja com discursos vazios. Ter discernimento ao falar e aprender a calar são,mais que uma meta, um caminho para a paz interior.
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